Pesquisa aponta que adoçantes podem aumentar risco de diabetes
Refrigerante zero: solução ou armadilha?

Uma nova pesquisa publicada em julho de 2025 pela Universidade Monash, na Austrália, trouxe um alerta importante para quem busca alternativas ao açúcar: o consumo diário de adoçantes artificiais, especialmente em bebidas como o refrigerante zero, pode aumentar em até 38% o risco de desenvolver diabetes tipo 2. O dado surpreende, pois supera até mesmo o risco associado ao consumo de bebidas adoçadas com açúcar, que ficou em 23%. Essa descoberta acende um sinal de alerta para quem acredita que trocar o açúcar por adoçantes é sempre uma escolha mais saudável. Afinal, será que os riscos dos adoçantes são realmente menores? E como isso pode impactar a saúde metabólica da população nos próximos anos?
O que são adoçantes e como funcionam?
Adoçantes são substâncias utilizadas para substituir o açúcar, proporcionando sabor doce sem adicionar tantas calorias. Eles podem ser naturais ou artificiais e são amplamente usados em produtos diet, light e bebidas como o refrigerante zero. O objetivo principal é reduzir o consumo calórico e o impacto glicêmico, mas os efeitos a longo prazo ainda são motivo de debate entre especialistas.
Principais tipos de adoçantes usados em refrigerantes
Entre os adoçantes mais comuns em refrigerantes estão o aspartame, a sucralose e a sacarina. Cada um possui características próprias, mas todos têm em comum o fato de serem muito mais doces que o açúcar comum. O aspartame, por exemplo, é cerca de 200 vezes mais doce que a sacarose. Já a sucralose e a sacarina também são muito utilizadas pela indústria de bebidas e alimentos ultraprocessados.
Estudos recentes sobre adoçantes e diabetes
O estudo da Universidade Monash, publicado na revista Diabetes & Metabolism, analisou dados de milhares de pessoas e concluiu que o consumo diário de uma lata de refrigerante adoçado artificialmente pode aumentar significativamente o risco de diabetes tipo 2. Os pesquisadores observaram que o aspartame altera a resposta de insulina e que o consumo habitual de sacarina e sucralose pode prejudicar o microbioma intestinal, afetando a tolerância à glicose.
Apesar dos resultados, especialistas como Simone van de Sande Lee, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, alertam que ainda não há consenso sobre a relação direta entre adoçantes e doenças metabólicas. Muitos estudos são observacionais e não conseguem estabelecer causa e efeito, pois pessoas com maior risco de diabetes tendem a consumir mais adoçantes como medida preventiva.
Alternativas saudáveis ao refrigerante zero
Para quem busca reduzir o consumo de bebidas adoçadas, opções como água com gás, chá gelado caseiro, kombucha e água aromatizada são alternativas refrescantes e naturais. Investir em uma alimentação baseada em alimentos in natura, fibras e proteínas também ajuda a diminuir a dependência do sabor doce e contribui para uma melhor saúde metabólica.
Impactos do consumo prolongado de adoçantes
O uso frequente de adoçantes pode afetar a saciedade, aumentar o desejo por alimentos calóricos e alterar a microbiota intestinal. Além disso, produtos diet e bebidas adoçadas artificialmente continuam sendo ultraprocessados, pobres em nutrientes e podem manter o paladar condicionado ao sabor doce, dificultando a reeducação alimentar.
Como reduzir o consumo de bebidas adoçadas
Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer diferença: substituir refrigerantes por bebidas naturais, optar por iogurte natural com frutas, smoothies ou panquecas de banana são formas práticas de diminuir o consumo de adoçantes e açúcar. Priorizar alimentos frescos e evitar ultraprocessados é uma estratégia recomendada por especialistas.
Dicas práticas para o dia a dia
- Prefira água, chás e sucos naturais sem adição de açúcar ou adoçantes.
- Inclua mais frutas frescas na alimentação para satisfazer a vontade de doce.
- Evite o consumo frequente de refrigerantes, mesmo os zero açúcar.
- Leia os rótulos dos produtos e fique atento à presença de adoçantes artificiais.
A pesquisa da Universidade Monash acende um alerta sobre os riscos associados ao consumo de adoçantes artificiais, mostrando que a simples substituição do açúcar pode não ser a solução ideal para a saúde metabólica. É essencial buscar um equilíbrio, priorizando alimentos naturais e diminuindo a dependência do sabor doce. Para mais informações sobre saúde, bem-estar e o impacto de hábitos alimentares na terceira idade, continue acompanhando o portal Idosos Brasil!
Perguntas Frequentes
- O consumo de adoçantes é seguro para crianças? O uso deve ser orientado por um profissional de saúde, pois os efeitos em crianças ainda são pouco estudados.
- Qual a diferença entre adoçantes naturais e artificiais? Adoçantes naturais, como stevia, são extraídos de plantas, enquanto os artificiais são produzidos em laboratório.
- Posso consumir adoçantes durante a gravidez? Alguns adoçantes são considerados seguros, mas é importante consultar o médico antes de consumir.
- Adoçantes causam câncer? Até o momento, não há evidências conclusivas que associem adoçantes ao câncer em humanos.
- Qual a quantidade máxima recomendada de adoçantes por dia? As recomendações variam conforme o tipo de adoçante, mas o consumo deve ser moderado.