Surpresa no Prato: Estudo revela alimentos inofensivos que são perigosos para sua saúde!
O consumidor mais comum desses produtos são mulheres com idade média de 52 anos
Um novo estudo revela que certos alimentos e suplementos botânicos, muitas vezes considerados saudáveis, podem na verdade representar riscos significativos à saúde, especialmente para os idosos. A pesquisa sugere que milhões de americanos estão consumindo produtos botânicos, como cúrcuma e extrato de chá verde, sem supervisão adequada, o que pode levar a consequências graves, incluindo toxicidade hepática.
O Uso Generalizado de Produtos Botânicos
De acordo com os dados analisados pela equipe de pesquisadores liderada pela Dra. Alisa Likhitsup, da Universidade de Michigan, aproximadamente 7% dos adultos nos Estados Unidos, o equivalente a 15,6 milhões de pessoas, estão usando pelo menos um dos seis principais produtos botânicos.
1.Cúrcuma: Benefícios Questionáveis, Riscos Reais
A cúrcuma é um dos suplementos botânicos mais populares, com mais de 11 milhões de adultos americanos consumindo-a regularmente. Muitos acreditam que a cúrcuma pode aliviar a dor ou a artrite, mas vários ensaios clínicos randomizados não conseguiram demonstrar qualquer eficácia desses produtos na osteoartrite.
No entanto, o exagero no consumo de cúrcuma tem sido associado a toxicidade hepática grave. Esse risco é particularmente preocupante, pois os consumidores tendem a tratar esses produtos como inofensivos, sem considerar os possíveis efeitos colaterais.
2.Extrato de Chá Verde: Promessas Não Cumpridas
Outro produto botânico amplamente consumido é o extrato de chá verde, com mais de 3 milhões de adultos tomando-o, geralmente com o objetivo de aumentar a energia e auxiliar na perda de peso. No entanto, assim como no caso da cúrcuma, vários estudos não conseguiram demonstrar qualquer evidência objetiva de perda de peso sustentada ou melhoria nos níveis de energia com o uso desses produtos.
Além disso, o extrato de chá verde também está associado a riscos de toxicidade hepática, o que torna seu consumo ainda mais preocupante, dadas as promessas não cumpridas em relação aos benefícios alegados.
Outros Produtos Botânicos Populares
A pesquisa também examinou o uso de outros produtos botânicos populares, como Garcinia cambogia, cohosh preto, arroz com fermento vermelho e ashwagandha (também conhecido como ginseng indiano). Esses produtos são frequentemente promovidos para fins como perda de peso, alívio de ondas de calor e construção de músculos, mas muitas dessas alegações carecem de fundamento científico sólido.
Riscos Ocultos: Rótulos Enganosos e Falta de Regulamentação
Um dos principais problemas destacados pelo estudo é a falta de supervisão regulatória sobre os produtos botânicos. Os pesquisadores descobriram que os testes químicos de produtos ligados a crises hepáticas “mostraram discrepâncias frequentes entre os rótulos dos produtos e os ingredientes detectados”.
Essa falta de transparência e regulamentação adequada pode resultar em consumidores sendo enganados por rótulos que não refletem os ingredientes reais de seus suplementos, aumentando o risco de overdose ou exposição a substâncias potencialmente prejudiciais.
Aumento de Casos de Toxicidade Hepática
Os dados alarmantes revelam que os casos de toxicidade hepática ligados ao uso de produtos botânicos quase triplicaram entre 2004 e 2014, passando de 7% para 20% dos casos registrados. Alguns desses casos foram graves ou até mesmo fatais, destacando a importância de uma maior conscientização sobre os riscos associados a esses suplementos.
Quem são os consumidores mais comuns dos produtos botânicos?
De acordo com o estudo, o consumidor mais comum desses produtos são mulheres com idade média de 52 anos, correspondendo a quase 75% dos usuários. Além disso, as pessoas que tomam os produtos são mais propensas a lutar contra algum tipo de doença crônica, como artrite, distúrbios da tireóide ou câncer, em comparação com as pessoas que não usavam os suplementos.
Necessidade de Melhor Regulamentação e Conscientização
Diante desses resultados preocupantes, a equipe de Michigan acredita que é necessária melhor regulamentação e supervisão para proteger os consumidores. Além disso, é crucial aumentar a conscientização sobre os riscos potenciais associados ao uso indiscriminado de produtos botânicos, especialmente para as populações mais vulneráveis, como os idosos.
Cautela e Orientação Médica
Embora muitos produtos botânicos sejam comercializados como saudáveis e naturais, é importante lembrar que eles não são isentos de riscos. O estudo serve como um lembrete de que os consumidores devem exercer cautela ao considerar o uso desses suplementos e sempre buscar orientação médica adequada.
A saúde e o bem-estar devem ser priorizados, e os benefícios alegados de qualquer produto devem ser avaliados criticamente com base em evidências científicas sólidas. Apenas com uma abordagem informada e responsável podemos garantir que os alimentos e suplementos sejam realmente benéficos e não representem ameaças ocultas à nossa saúde.
