Saúde

Revelação Científica: Saiba quando realmente começa a Velhice! Você vai se surpreender

Veja como é possível celebrar a diversidade do envelhecimento

Nos dias atuais, a obsessão por uma aparência jovem perpassa todos os aspectos da vida. Desde a aplicação de cremes antirrugas até a ingestão de suplementos alimentares, o mercado antienvelhecimento, atualmente avaliado em US$ 40 bilhões, está projetado para atingir US$ 60 bilhões até 2032. Contudo, a ciência mais recente sugere que o envelhecimento é um processo muito mais fluido do que imaginamos.

Você Já ouviu falar em  Idade Biológica?

Segundo Eric Verdin, presidente e CEO do Buck Institute for Research on Aging, não existe um marco biológico claro que defina a transição da meia-idade para a velhice. Em vez disso, ele advoga pelo uso da “idade biológica” de uma pessoa, que se refere à idade real de suas células e tecidos, em contraste com a idade cronológica, que é simplesmente o número de anos vividos.

Essa perspectiva reflete a tremenda variabilidade entre indivíduos no processo de envelhecimento. Enquanto alguns podem exibir sinais de declínio precoce, outros prosperam mesmo em idades avançadas, desafiando os estereótipos tradicionais sobre a velhice.

A Percepção sobre a Velhice tem evoluido muito

Um estudo recente publicado na revista Psychology and Aging revelou uma tendência intrigante: a idade em que alguém é considerado velho está aumentando progressivamente. Adultos de meia-idade e idosos de hoje se sentem mais jovens do que seus pares de uma ou duas décadas atrás.

Essa mudança pode ser parcialmente atribuída ao aumento da expectativa de vida, mas também reflete uma visão mais sombria em relação ao envelhecimento, especialmente no Hemisfério Ocidental. As pessoas tendem a adiar a velhice, pois a consideram uma fase indesejável da vida.

A História da Velhice: Uma Jornada através dos Tempos

Ao longo da história da humanidade, a percepção da velhice foi moldada pela capacidade de um indivíduo de realizar tarefas e contribuir para sua família e comunidade. No entanto, no final do século 19 e início do século 20, a aposentadoria passou a marcar o momento em que o foco se voltou para a idade cronológica, em vez das habilidades individuais.

Embora a faixa etária de 60 a 65 anos tenha permanecido relativamente consistente ao longo do tempo, mesmo com o aumento da expectativa de vida e as mudanças sociais e econômicas, a idade cronológica pode não ser um bom indicador para definir a velhice.

Um Preconceito Silencioso chamado ETARISMO, confira

Infelizmente, os estereótipos negativos sobre o envelhecimento se tornaram mais prevalentes nos últimos 200 anos, alimentando o que alguns denominam “crise mundial de discriminação por idade”. O etarismo, ou preconceito contra a idade, pode se manifestar de maneiras sutis, como a contratação de candidatos mais jovens, ou de formas mais flagrantes, como o desrespeito aberto.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o etarismo leva ao isolamento social, à saúde precária e até mesmo à morte precoce. Becca Levy, professora de epidemiologia e psicologia na Universidade de Yale, estima que o custo de um ano de discriminação por idade nos Estados Unidos totaliza US$ 63 bilhões.

A Influência Cultural no Envelhecimento

Verdin ressalta que o envelhecimento é influenciado pela cultura. No mundo ocidental, a juventude é altamente valorizada, enquanto em culturas orientais, como China, Japão e Coreia do Sul, o envelhecimento está associado à sabedoria e é considerado uma virtude.

Essa perspectiva cultural pode moldar profundamente a forma como as pessoas percebem e vivenciam o processo de envelhecimento, destacando a importância de abordar o tema de maneira holística e inclusiva.

O Avanço da Pesquisa sobre a Longevidade

Nos últimos anos, o interesse científico no envelhecimento tem aumentado consideravelmente, impulsionado por investimentos bilionários em pesquisas sobre longevidade. Essas investigações têm gerado novas percepções sobre o processo de envelhecimento, como a capacidade de reprogramar células para restaurar a função juvenil e o desenvolvimento de novos medicamentos para eliminar células senescentes que causam inflamação.

A Complexidade de Medir o Envelhecimento

Não existe uma maneira definitiva de medir o envelhecimento, pois nossos corpos podem envelhecer em ritmos diferentes, dependendo de fatores como estresse, doenças crônicas e eventos significativos ao longo da vida. Embora certos fenômenos fisiológicos, como a puberdade e a menopausa, marquem marcos importantes, a velhice não é definida por marcadores universais.

O envelhecimento é um processo multifatorial caracterizado pelo acúmulo de danos e degeneração nas vias fisiológicas, levando à interrupção da função normal das células e tecidos. Nos últimos 30 anos, os cientistas têm buscado métricas distintas, como capacidade física, perfis lipídicos e danos ao DNA, para representar com precisão a idade biológica de uma pessoa, mas ainda não há uma ferramenta padrão ouro para avaliar o envelhecimento saudável.

Desvendando os Segredos da Longevidade
Desvendando os Segredos da Longevidade. Imagem: Freepik

Os Superidosos: Desvendando os Segredos da Longevidade

Apesar da complexidade do envelhecimento, alguns indivíduos, conhecidos como “superidosos”, permanecem relativamente jovens e saudáveis muito depois dos 70 anos, fascinando os cientistas. Ao estudá-los, os pesquisadores esperam aumentar o tempo de vida saudável dos não-superidosos, ou seja, o tempo que eles vivem sem doenças crônicas.

Com o aumento da população idosa global, previsto para atingir uma em cada três pessoas com 60 anos ou mais até 2050, essa pesquisa se torna mais urgente do que nunca. O objetivo final é proporcionar anos extras de vida saudável e mudar as percepções negativas em relação ao envelhecimento.

Uma  experiência única para cada idoso

O envelhecimento não é um evento que acontece imediatamente, mas sim um processo contínuo, o que torna sua definição desafiadora. No entanto, à medida que nossa compreensão sobre esse fenômeno evolui, torna-se cada vez mais claro que a velhice não é uma fase fixa da vida, mas uma experiência única para cada indivíduo.

Ao abraçar essa perspectiva, podemos desafiar os estereótipos negativos e celebrar a diversidade do envelhecimento, promovendo uma sociedade mais inclusiva e respeitosa para todas as idades.

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Elis Ferreira

Graduada em Pedagogia e especialista de conteúdos relacionados a empregos , concursos e benefícios sociais.

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