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Golpes digitais mais comuns contra idosos e como se proteger

Veja quais são os golpes digitais mais perigosos e como evitar prejuízos.

Com o avanço da tecnologia e o uso crescente de aplicativos bancários, redes sociais e celulares por pessoas acima dos 60 anos, um novo tipo de vulnerabilidade tem preocupado famílias e especialistas: os golpes digitais direcionados ao público idoso. Esse grupo, muitas vezes menos familiarizado com os riscos do mundo virtual, tornou-se alvo de criminosos que sabem exatamente como agir. E o mais alarmante: os prejuízos não são apenas financeiros.

Veja a seguir os principais golpes que andam circulando por aí e veja como se proteger.

O que você vai ver por aqui

  • Golpe do falso funcionário do banco
  • Golpe do parente em apuros
  • Links falsos e páginas clonadas
  • Clonagem do WhatsApp
  • Investimentos fraudulentos
  • Golpe do INSS
  • Falso motoboy
  • Golpe da selfie com documento
  • Boleto falso e golpe dos Correios
  • Sofreu um golpe? Veja o que fazer agora
  • Dúvidas frequentes

Golpe do falso funcionário do banco

É um dos mais comuns. O idoso recebe uma ligação de alguém se passando por atendente de banco. A desculpa? Uma compra suspeita. A voz do outro lado orienta a vítima a passar senhas, códigos ou até entregar o cartão para um suposto motoboy. O cenário é montado com sons de call center e tudo.

Atenção: Bancos nunca ligam pedindo senha ou código de validação. Nem enviam motoboy para recolher cartão. Se ouvir isso, desligue.

Golpe do parente em apuros

A história começa com um “Oi, vó! Troquei de número…”. A mensagem, muitas vezes no WhatsApp, vem com tom desesperado: o neto precisa de ajuda urgente para pagar uma conta ou sair de um problema.

Como evitar: confirme com outros familiares. Golpistas sabem manipular a emoção para criar um senso de urgência.

Links falsos e páginas clonadas

Promoções imperdíveis, alertas de segurança ou entrega nos Correios. Tudo falso. A mensagem traz um link, que ao ser clicado, leva a sites falsificados que imitam bancos, lojas e serviços públicos. Lá, a vítima digita seus dados sem saber que está entregando tudo ao criminoso.

Dica: jamais clique em links enviados por estranhos. Sites confiáveis começam com “https” e possuem selos de segurança.

Clonagem do WhatsApp

Funciona assim: o idoso recebe um código por SMS e, sem entender, repassa a informação. Esse código é justamente o que permite aos criminosos acessar a conta do WhatsApp e pedir dinheiro aos contatos fingindo ser a vítima.

Prevenção: ative a verificação em duas etapas. E nunca compartilhe códigos por mensagem.

Investimentos fraudulentos

Com promessas de lucros altos e rápidos, falsos consultores enganam idosos usando sites profissionais e linguagem técnica. O objetivo? Convencê-los a transferir quantias para “investimentos seguros”, que na prática não existem.

Alerta: nenhum investimento sério garante retorno elevado em pouco tempo. Se a proposta parece boa demais, desconfie.

Golpe do INSS

Criminosos entram em contato fingindo ser do INSS e dizem que a vítima precisa atualizar dados para não perder o benefício. Pedem fotos de documentos ou selfies com RG em mãos.

Fato: o INSS não pede dados por mensagem, ligação ou e-mail. Toda comunicação oficial é feita pelos canais autorizados, como o Meu INSS.

Teve descontos indevidos no pagamento do INSS? Acesse a página inicial do Idosos Brasil e veja como resolver.

Falso motoboy

O golpe se inicia com uma ligação informando que houve uma compra suspeita no cartão. A vítima é orientada a cortar o cartão e entregá-lo a um motoboy do “banco”. Golpe clássico. Mesmo cortado, o chip pode ser usado para compras.

Idosa preocupada durante ligação no celular.
Conheça os golpes digitais mais comuns entre idosos e saiba como evitar esse tipo de fraude.
Imagem: Freepik

Jamais entregue seu cartão a estranhos. Em caso de suspeita, vá pessoalmente à agência ou ligue para o número oficial.

Golpe da selfie com documento

Parece inofensivo, mas enviar uma selfie com o documento em mãos permite que o golpista abra contas em nome da vítima, solicite empréstimos e cause prejuízos enormes.

Importante: nunca envie selfies ou dados por e-mail ou WhatsApp, mesmo que o pedido pareça vir de uma fonte confiável.

Boleto falso e golpe dos Correios

Boletos falsificados enviados por e-mail, WhatsApp ou redes sociais direcionam o pagamento para contas dos criminosos. Já no golpe dos Correios, a vítima clica em links sobre uma encomenda fictícia e acaba informando dados sigilosos.

Sempre confira o nome do beneficiário antes de pagar um boleto. Use o app do banco para escanear o código.

Sofreu um golpe? Veja o que fazer agora

  1. Avise o banco imediatamente e bloqueie cartões ou senhas.
  2. Registre um boletim de ocorrência, mesmo que a perda tenha sido pequena.
  3. Junte provas: mensagens, links, nomes, prints — tudo pode ajudar a rastrear o golpe.
  4. Peça ajuda a familiares para lidar com o impacto emocional.
  5. Acompanhe o processo com o banco e, se necessário, acione o Procon ou Defensoria Pública.

Dúvidas frequentes

Quais são os golpes digitais mais comuns?

Os mais frequentes são: falso funcionário do banco, parente em apuros, links falsos, clonagem de WhatsApp, investimento fraudulento e golpe do INSS.

Como prevenir clonagem do WhatsApp?

Ative a verificação em duas etapas e nunca compartilhe códigos por SMS ou mensagens.

Bancos enviam motoboy para recolher cartão?

Não. Nenhum banco sério envia representantes para recolher cartões ou documentos em casa.

Como identificar um boleto falso?

Desconfie de nomes desconhecidos no beneficiário, erros de português e boletos enviados fora de canais oficiais.

Devo confiar em mensagens sobre o INSS?

Não. O INSS não pede dados por telefone, e-mail ou mensagem. Utilize apenas os canais oficiais.

É seguro clicar em links enviados por SMS?

Não. Mesmo que pareçam reais, é preciso confirmar a origem. Prefira sempre acessar o site oficial.

Posso denunciar um golpe à polícia?

Sim. Sempre que houver tentativa ou confirmação de golpe, registre um boletim de ocorrência.

Gabriela Machado

Graduada em Pedagogia pela UESC(Universidade Estadual de Santa Cruz). Redatora do grupo Sena Online.

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