A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou em 26 de novembro de 2025 a suspensão e o recolhimento de cinco produtos distintos em uma recente ação de fiscalização. As medidas, publicadas no Diário Oficial da União, afetam desde suplementos alimentares até alimentos de consumo comum, visando proteger a saúde dos consumidores contra irregularidades como ingredientes não autorizados, falta de informação no rótulo e até mesmo casos de falsificação.
Entre os itens afetados está um suplemento alimentar que utiliza extrato de Aloe Vera, popularmente conhecida como babosa. A decisão reforça a importância da fiscalização para garantir que apenas produtos seguros e devidamente regulamentados cheguem ao mercado. A seguir, confira cada um dos casos e os motivos que levaram à proibição.
Suplemento com babosa (Aloe Vera) é suspenso
O Suplemento Alimentar de Vitaminas C e E com Extrato Natural de Aloe Vera, da empresa NS Produtos Naturais Ltda., teve sua comercialização, distribuição, fabricação e divulgação interrompidas. A agência também ordenou a apreensão do produto.
A principal razão para a medida é que a Aloe Vera não consta na lista de ingredientes permitidos para uso em suplementos alimentares no Brasil. A ingestão da substância nessa forma industrializada não possui autorização sanitária. Além disso, a fiscalização apontou que o rótulo do produto omitia a origem do extrato, uma falha grave que impede a rastreabilidade e a verificação da segurança do ingrediente.
Recolhimento de vinagre de maçã por ingrediente não declarado
Outro produto de grande circulação que entrou na lista foi o vinagre de maçã da marca Castelo. A agência determinou o recolhimento de todos os lotes do produto após uma análise laboratorial identificar a presença de dióxido de enxofre em uma concentração de 340,65 mg/L, substância que não era declarada na embalagem.
O dióxido de enxofre é um conservante que pode causar reações adversas em pessoas sensíveis, como tosse e falta de ar. A ausência dessa informação no rótulo impede que consumidores com histórico de alergia ao composto façam uma escolha segura. A empresa Castelo Alimentos S/A comunicou que irá adequar suas embalagens para cumprir as exigências.
Outros produtos alimentícios retirados do mercado
A ação de fiscalização da agência sanitária abrangeu outros itens com irregularidades distintas. Veja a lista:
- Picolé com creatina: O Picolé Naturalle Ice, com açaí, guaraná e canela, foi suspenso por conter creatina em sua fórmula. A Anvisa esclarece que a creatina só é permitida em suplementos para adultos, sendo vedado seu uso como ingrediente em alimentos industrializados comuns.
- Bebida vegetal: O pó para preparo de bebida vegetal da marca Livestrong/Essential Nutrition foi recolhido por conter proteína de fava hidrolisada. Este ingrediente ainda não passou por uma avaliação completa de segurança para ser utilizado em alimentos no país.
- Óleo de Avestruz Falsificado: O produto Óleo de Avestruz Gold Green teve sua apreensão decretada após a empresa indicada no rótulo como fabricante, a Alemed Nutracêutica, denunciar que se tratava de uma falsificação e que não produziu o item. A origem do óleo está sendo investigada.
Qual a importância da fiscalização?

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
As ações de vigilância sanitária são fundamentais para assegurar que os alimentos e suplementos disponíveis para o consumidor atendam aos padrões de qualidade e segurança. A verificação de rótulos, ingredientes e processos de fabricação protege a população de riscos que vão desde reações alérgicas até o consumo de substâncias não avaliadas ou proibidas.
É recomendado que os consumidores verifiquem sempre as informações dos produtos e acompanhem os comunicados oficiais dos órgãos de saúde.
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Perguntas frequentes
1. Por que o suplemento de babosa foi proibido?
O suplemento foi proibido porque a Aloe Vera (babosa) não é um ingrediente autorizado para uso em suplementos alimentares no Brasil, além de o produto não informar a origem do extrato em seu rótulo.
2. O que devo fazer se tiver um dos produtos mencionados?
A recomendação é suspender o consumo imediatamente e descartar o produto. Em casos de recolhimento, pode-se verificar junto ao ponto de venda ou fabricante os procedimentos para devolução.
3. O vinagre de maçã de outras marcas é seguro?
A medida foi específica para os lotes do vinagre de maçã da marca Castelo que não declaravam a presença de dióxido de enxofre. Produtos de outras marcas, devidamente regularizados, não foram afetados por esta decisão.
4. Como posso saber se um produto é regularizado?
Geralmente, produtos regularizados possuem número de registro no Ministério da Saúde ou na Anvisa estampado na embalagem. Consultas também podem ser feitas no portal da agência.













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