A espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) é amplamente reconhecida por suas propriedades benéficas para o sistema digestivo, especialmente no alívio de gastrite, azia e úlceras. Rica em flavonoides, taninos e triterpenos, esta planta medicinal oferece uma ação protetora gástrica notável.
No entanto, seus benefícios vão muito além do estômago. Existem diversas outras aplicações e propriedades desta planta que permanecem menos conhecidas pelo público geral. A seguir, veja cinco funções surpreendentes que demonstram a versatilidade desta planta.
1. Ação antibacteriana específica contra o H. Pylori
Muitas pessoas sabem que a planta ajuda em problemas de estômago, mas poucas conhecem sua ação direta contra um dos principais causadores desses problemas. Estudos indicam que a Maytenus ilicifolia possui uma potente ação antibacteriana, sendo eficaz no combate à bactéria Helicobacter pylori (H. pylori).
Essa bactéria é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento de gastrite crônica, úlceras pépticas e até mesmo certos tipos de câncer gástrico.
2. Potencial na diminuição da proliferação de células cancerosas
Uma das descobertas mais promissoras sobre a espinheira santa está no campo da oncologia. Pesquisas em laboratório, utilizando células de câncer de pulmão, mama e fígado, mostraram que a planta pode ajudar a diminuir a proliferação de células cancerosas.
É fundamental ressaltar que estes são estudos preliminares e ainda são necessárias mais pesquisas em humanos para comprovar tal benefício.
3. Ação diurética e saúde do trato urinário
Para além do sistema digestivo, a planta demonstra ter uma leve ação diurética. Isso significa que ela auxilia na eliminação do excesso de líquidos e toxinas do corpo, o que pode ser útil para pessoas que sofrem com retenção de líquidos.
Essa propriedade também beneficia a saúde do trato urinário. Ao aumentar o fluxo de urina, ajuda a “limpar” as vias urinárias, podendo ser um suporte em casos de infecções urinárias de repetição, pois dificulta a fixação e proliferação de bactérias.
4. Contribuição para a cicatrização da pele
Os benefícios da planta não são apenas internos. Suas propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e analgésicas a tornam uma aliada para a saúde da pele. Quando utilizada de forma tópica, como em compressas feitas com seu chá, pode auxiliar no tratamento de condições como acne, eczema e outras dermatites.
Ela ajuda a acalmar a irritação, reduzir a inflamação e acelerar o processo de regeneração da pele, sendo uma opção natural para cuidar de pequenas lesões e feridas cutâneas.
5. Melhora do funcionamento intestinal
Frequentemente associada ao estômago, seu efeito positivo se estende ao intestino. A planta possui uma leve ação laxativa, que pode ajudar a regular o trânsito intestinal. Para pessoas que sofrem de prisão de ventre leve a moderada, o consumo do chá pode estimular os movimentos peristálticos de forma suave, sem causar os desconfortos de laxantes mais agressivos.
Essa função ajuda a manter a saúde intestinal em dia e a promover uma digestão mais completa e eficiente.
Como utilizar de forma segura?

Imagem: Pinterest
A espinheira-santa pode ser encontrada em diferentes formas, cada uma adequada para um propósito específico. As formas mais comuns incluem:
- Chá: Preparado com uma colher de chá de folhas secas para uma xícara de água fervente. Recomenda-se beber até três vezes ao dia, preferencialmente 30 minutos antes das refeições.
- Cápsulas: Geralmente encontradas na dose de 380 mg, a posologia usual é de uma a duas cápsulas, três vezes ao dia, conforme orientação profissional.
- Compressas: Para uso tópico, o chá mais concentrado pode ser aplicado com um pano limpo sobre a área afetada da pele.
Efeitos colaterais e contraindicações
Embora seja uma planta segura para a maioria das pessoas, o uso excessivo ou prolongado pode causar boca seca e náuseas. O uso da espinheira-santa é contraindicado para gestantes, pois pode provocar contrações uterinas.
Também não é recomendada para mulheres em fase de amamentação, pois pode diminuir a produção de leite, e para crianças menores de 12 anos. É sempre importante consultar um médico ou fitoterapeuta antes de iniciar o uso de qualquer planta medicinal.
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