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Você vai se surpreender: atores que morreram durante as gravações de filmes e séries

Veja as histórias dos atores que deixaram cedo as filmagens!

O universo do cinema e da televisão é repleto de magia, mas por trás das câmeras, a vida real segue seu curso, muitas vezes de forma inesperada. A partida de atores que morreram durante as filmagens deixou um vazio e impõe aos produtores e diretores decisões difíceis sobre o destino de seus personagens e da obra como um todo.

Cada caso é único e revela diferentes formas de lidar com o luto e homenagear o legado deixado pelo artista. Confira alguns nomes dos atores que morreram durante a gravação seus últimos filmes.

Paul Walker e a emocionante despedida em Velozes e Furiosos

Um dos casos mais conhecidos é o de Paul Walker, o eterno Brian O’Conner da franquia “Velozes e Furiosos”. Em 2013, o ator faleceu em um trágico acidente de carro, fora do set, enquanto as gravações de “Velozes e Furiosos 7” ainda estavam em andamento. A produção foi paralisada para que todos pudessem lidar com a perda.

Para concluir o filme, a equipe recorreu a uma combinação de tecnologia de CGI e a participação dos irmãos de Paul, Caleb e Cody Walker, como dublês de corpo. O resultado foi uma despedida emocionante para o personagem, que se tornou um dos momentos mais marcantes da saga, selado pela canção “See You Again”.

Paul Walker, como Brian O'Conner, em uma das cenas mais emocionantes de Velozes e Furiosos.
Paul Walker em ‘Velozes e Furiosos’, simbolizando a despedida de seu personagem, Brian O’Conner.
Imagem: Adoro cinema

Philip Seymour Hoffman e a adaptação em Jogos Vorazes

O aclamado ator Philip Seymour Hoffman faleceu em 2014, vítima de uma overdose, quando ainda gravava “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1”. Ele interpretava Plutarch Heavensbee, uma figura central na trama. Faltando poucas cenas para concluir sua participação, o diretor Francis Lawrence optou por não recriar o ator digitalmente.

Em vez disso, o roteiro foi ajustado, e as falas que seriam de Hoffman foram atribuídas a outros personagens. Em cenas secundárias, o enquadramento foi alterado para que sua ausência não fosse sentida, uma solução respeitosa que manteve a integridade de sua atuação.

Philip Seymour Hoffman como Plutarch Heavensbee em Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1, uma cena de seu último trabalho antes de sua morte.
Philip Seymour Hoffman no papel de Plutarch Heavensbee, durante as gravações de ‘Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1’.
Imagem: Adoro cinema

Helen McCrory e o adeus a Polly Gray em Peaky Blinders

Helen McCrory, conhecida por seus papéis como Narcisa Malfoy em “Harry Potter” e a icônica Polly Gray em “Peaky Blinders”, faleceu em 2021 após uma batalha contra o câncer. Sua morte ocorreu entre a quinta e a sexta temporada da série. Em respeito à sua memória e ao seu imenso talento, a produção decidiu que a personagem não seria substituída nem recriada.

Na temporada final, a ausência de Polly é um elemento central da trama: a personagem é assassinada fora de cena, e o luto de sua família, especialmente de Tommy Shelby, move grande parte da narrativa, prestando uma homenagem poderosa tanto à personagem quanto à atriz.

Helen McCrory como Polly Gray em Peaky Blinders.
Helen McCrory interpreta Polly Gray em Peaky Blinders, deixando um legado marcante com sua performance inesquecível.
Imagem: Pinterest

River Phoenix e o filme lançado duas décadas depois

Considerado uma das maiores promessas de sua geração, River Phoenix teve a carreira interrompida aos 23 anos por uma overdose em 1993. Na época, ele protagonizava o filme “Dark Blood”. Com cenas importantes ainda por gravar, o diretor George Sluizer decidiu arquivar o projeto.

Quase 20 anos depois, ele retomou o material e finalizou o longa de uma maneira única: nos trechos em que Phoenix não aparece, o próprio diretor narra as cenas que faltaram, sobrepondo sua voz a imagens estáticas e trechos do roteiro. O filme foi exibido em festivais, tornando-se um registro histórico do último trabalho do ator.

River Phoenix em cena de 'Dark Blood'.
River Phoenix, protagonista de ‘Dark Blood’, filme lançado duas décadas após sua morte.
Imagem: Adoro cinema

Tragédias que marcaram a teledramaturgia brasileira

A produção nacional também foi marcada por perdas durante as gravações. Um dos casos mais chocantes foi o de Daniella Perez, assassinada em 1992 enquanto atuava na novela “De Corpo e Alma”. A autora da trama, sua mãe Gloria Perez, teve que reescrever a história para dar um destino à personagem Yasmin.

Cena da gravação da novela 'De Corpo e Alma', mostrando Daniella Perez e Guilherme de Pádua
Daniella Perez, atriz da novela ‘De Corpo e Alma’, ao lado de seu par romântico na trama, Guilherme de Pádua, antes de seu trágico assassinato.
Imagem: Reprodução/ Ricardo Chvaicer / Agência O Globo

Em 2016, o Brasil se comoveu com a morte de Domingos Montagner, que se afogou no Rio São Francisco durante um intervalo das gravações de “Velho Chico”. A solução da produção foi poética: a câmera passou a representar o olhar do personagem Santo dos Anjos, que continuou presente na história até o final.

Domingos Montagner, ator da novela 'Velho Chico'.
Domingos Montagner, eterno Santo dos Anjos.
Imagem: Reprodução/ Tv Globo

Outros nomes como Sérgio Cardoso (“O Primeiro Amor”) e Jardel Filho (“Champagne”) também faleceram antes de concluir seus trabalhos em novelas, exigindo adaptações criativas dos autores para dar continuidade às tramas.

Confira mais curiosidades sobre a teledramaturgia brasileira e turca em outros conteúdos do Idosos Brasil.

Quezia Andrade

Biomédica CRBM2 nº 17394. Redatora especialista de conteúdos de Estética e Nutrição do grupo Sena Online.

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