O Governo Federal deu início a uma extensa revisão cadastral com foco no Benefício de Prestação Continuada (BPC), um auxílio monetário concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a indivíduos idosos acima de 65 anos ou com deficiência, pertencentes a famílias de baixa renda. Esta iniciativa visa identificar e eliminar eventuais irregularidades na concessão desses benefícios.
Duas portarias conjuntas, publicadas no Diário Oficial da União pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), INSS e Ministério da Previdência Social (MPS), estabelecem as diretrizes para esta revisão abrangente. O propósito central é corrigir a concessão indevida de benefícios, visando uma melhor alocação dos recursos públicos.
A primeira portaria detalha os prazos para suspensão e corte do BPC nos casos em que as informações cadastrais no Cadastro Único dos Benefícios Sociais (CadÚnico) estejam desatualizadas há mais de 48 meses, ou seja, quatro anos.
A segunda norma estabelece diretrizes particulares acerca da autorização, requerimento, conservação e análise do BPC. A principal novidade é que, a partir de 1º de setembro, os beneficiários deverão ter a biometria registrada nos cadastros do governo federal para continuar recebendo o auxílio.
Serão aceitas biometrias provenientes de documentos oficiais, como a Carteira de Identidade Nacional (CIN), o novo Registro Geral (RG), o título eleitoral ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Esta revisão rigorosa nos benefícios previdenciários está ligada a um aumento significativo nos gastos com benefícios em 2023, especialmente com o BPC, cuja concessão “explodiu”, conforme afirma a advogada previdenciarista Adriane Bramante, do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).
Segundo Adriane, “O número de BPC desde o ano passado aumentou demais. De fato, essa iniciativa visa verificar se esse aumento está relacionado às pessoas em situação de vulnerabilidade ou se há uma atividade fraudulenta em curso, por isso a medida urgente para verificar.
A especialista ressalta que a legislação previdenciária já previa esse tipo de revisão a cada dois anos. Assim sendo, é fundamental que os indivíduos sempre possuam evidências de suas circunstâncias para garantir o acesso à remuneração. Contudo, ela ressalta que a exigência de biometria pode tornar mais complicado o recebimento do benefício em determinadas situações.
As chamadas para os indivíduos que possuem registros desatualizados no CadÚnico tiveram início na última sexta-feira (26). Aqueles que estão fora do CadÚnico há mais de 48 meses receberão um aviso por meio do banco onde sacam o benefício, pela Central 135 do INSS, pelo aplicativo Meu INSS e por SMS.
É necessário que o receptor se dirija a um Cras ou a um ponto de atendimento do Cadastro Único em sua cidade. Os residentes de cidades com população inferior a 50 mil habitantes têm um período de 45 dias para realizar a atualização de seus dados após serem convocados, enquanto aqueles que residem em municípios maiores têm até 90 dias para realizar o mesmo procedimento.
Inicialmente, não haverá corte imediato do benefício, mas uma suspensão ou bloqueio. Aqueles que não realizarem a atualização das informações dentro do prazo de um mês podem acabar perdendo de forma permanente o benefício financeiro.
Caso o cidadão faça a atualização e continue atendendo às regras que dão direito ao benefício, ele receberá os valores que foram bloqueados e terá o benefício mensal restabelecido.
Os dados de quem recebe o BPC serão cruzados pelo INSS, Previdência Social e Ministério do Desenvolvimento Social com o CadÚnico e outras bases de dados para verificar se o cidadão ainda tem direito ao auxílio. Se o segurado ou alguém da família conseguiu um emprego que ampliou a renda ou houve melhora na condição de deficiência, o benefício pode ser cortado.
Se houver suspeitas de irregularidades, a convocação será realizada através dos meios oficiais, como o app Meu INSS, o telefone 135 e os bancos autorizados. A revisão do INSS, que enviará dados ao MDS, deverá ser feita mensalmente, de acordo com uma das portarias.
Adriane Bramante destaca que essa análise dos registros não é uma inovação e já está estabelecida na legislação. É importante ressaltar que a lei prevê a suspensão do pagamento se o registro não for atualizado por mais de dois anos. Portanto, é fundamental que os beneficiários procurem um Cras e atualizem o CadÚnico regularmente.
É possível solicitar através do app ou página do Meu INSS. Para acessar o celular e o site, é preciso se cadastrar no Portal Gov.br. É viável solicitar o serviço através do Call Center 135.
Essa revisão abrangente do BPC é uma iniciativa importante do Governo Federal para garantir que os recursos públicos sejam destinados de forma correta e eficiente, beneficiando aqueles que realmente necessitam do auxílio.
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