Sono na terceira idade: Descubra os segredos para dormir melhor depois dos 60
Problemas com o sono são comuns entre os idosos, mas algumas mudanças simples podem transformar suas noites e garantir mais saúde

Dormir bem é um dos pilares da saúde em qualquer fase da vida, mas na terceira idade isso se torna ainda mais essencial. Com o avanço da idade, é comum que o sono sofra alterações, e nem sempre de forma positiva.
Dificuldade para pegar no sono, despertares durante a madrugada e um despertar muito cedo são queixas frequentes entre os idosos. Mas será que isso é inevitável? A resposta é: não! Algumas mudanças de hábitos e cuidados simples podem fazer toda a diferença.
Por que perdemos o sono na terceira idade?
À medida que envelhecemos, o ciclo do sono passa por transformações naturais. Entre os fatores mais comuns, estão:
- Diminuição da produção de melatonina (hormônio responsável por regular o sono);
- Maior sensibilidade a ruídos e desconfortos;
- Maior incidência de doenças crônicas, como dores articulares e problemas respiratórios, que podem atrapalhar o descanso;
- Uso de medicamentos que interferem na qualidade do sono.
Além disso, algumas alterações no estilo de vida após a aposentadoria, como menor exposição ao sol e redução das atividades físicas, podem desregular o relógio biológico.
O que fazer para garantir noites mais tranquilas?
A boa notícia é que, na maioria dos casos, pequenos ajustes no dia a dia podem melhorar a qualidade do sono. Veja algumas dicas práticas:
- Mantenha horários regulares
Tente dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos finais de semana. Isso ajuda a reforçar o ritmo natural do organismo.
- Exponha-se ao sol
Acredite, a luz solar é um dos maiores reguladores do relógio biológico. Passe pelo menos 20 minutos ao ar livre durante o dia, preferencialmente pela manhã.
- Movimente-se
A prática de exercícios físicos, como caminhadas leves, dança ou hidroginástica, ajuda a gastar energia e favorece o sono. Só evite atividades muito intensas no período noturno.
- Cuide do ambiente
Deixe o quarto o mais confortável possível: escuro, silencioso e com temperatura agradável. Cortinas blackout e protetores auriculares podem ser bons aliados.
- Evite estimulantes
Café, chá preto, refrigerantes com cafeína e chocolate em excesso podem prejudicar o sono, especialmente no fim da tarde e à noite.
- Crie um ritual relaxante
Antes de dormir, adote um hábito que ajude a sinalizar para o corpo que está na hora de desacelerar: pode ser um banho morno, ouvir uma música suave ou ler um livro.
Cuidando da mente
Além das questões físicas e das mudanças naturais do organismo, o lado emocional também pesa na qualidade do sono.
Muitos idosos relatam que, na hora de deitar, a mente parece não desligar: surgem lembranças, medos, preocupações com a saúde, com a família ou com questões financeiras. Esse “turbilhão mental” é um grande inimigo do descanso.
Práticas como a meditação guiada, exercícios de respiração profunda e até escrever num caderno os pensamentos antes de deitar podem ajudar a aliviar essa carga emocional. Buscar apoio psicológico também é uma opção poderosa para quem sente que a ansiedade está roubando suas noites.
Quando procurar ajuda médica para regular o sono?
Se as dificuldades para dormir persistirem por várias semanas, ou se o sono ruim estiver prejudicando as atividades do dia a dia (como causar sonolência excessiva ou aumentar o risco de quedas), é importante buscar orientação médica.
Existem distúrbios específicos do sono, como apneia e síndrome das pernas inquietas, que precisam de diagnóstico e tratamento adequados.
Além disso, um médico pode revisar o uso de medicamentos e verificar se eles estão interferindo no sono.
Ter uma boa noite de sono não é apenas um luxo. Estamos falando de uma necessidade vital. Para os idosos, um sono reparador está diretamente ligado à memória, ao humor, à disposição e até ao fortalecimento do sistema imunológico.
Por isso, vale a pena investir em mudanças no dia a dia para conquistar noites mais tranquilas e dias mais felizes.