Sono do idoso, é um fenômeno comumente observado: muitas pessoas de idade avançada tendem a relatar noites mal dormidas e dificuldades em obter um sono reparador. De acordo com um estudo completo denominado SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia em fevereiro, estima-se que 45% dos idosos brasileiros enfrentam desordens relacionadas ao sono. Essas perturbações são mais prevalentes entre mulheres e na faixa etária de 75 a 79 anos.
No entanto, é importante ressaltar que grande parte dos idosos que adotam um estilo de vida saudável não apresentam problemas significativos com o sono. A solução está em compreender as alterações naturais que ocorrem com o envelhecimento e ajustar as expectativas em relação a uma noite de descanso ideal.
Com o avanço da idade, o processo de adormecer tende a se prolongar um pouco mais. Além disso, o sono dos idosos torna-se mais superficial, com uma redução no tempo dedicado às fases mais profundas do ciclo de sono. Consequentemente, pessoas acima de 65 anos despertam com mais facilidade, mesmo diante de estímulos leves.
Outra mudança notável é a diminuição da necessidade de sono na velhice. Enquanto oito horas de sono são recomendadas para adultos, muitos idosos se sentem descansados com apenas seis ou sete horas de repouso noturno.
Além das alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento, diversos outros fatores podem contribuir para a piora da qualidade do sono entre os idosos. Os transtornos do sono nessa faixa etária são multifatoriais, podendo estar associados a:
Quando esses fatores se combinam, é comum observar a pessoa idosa apresentando dificuldades em se manter alerta durante o dia, sono extremamente leve, irritabilidade e múltiplos despertares noturnos.
Com o sono naturalmente mais leve ou devido a distúrbios específicos, muitos idosos relatam ter o seu período de descanso noturno fracionado, ou seja, um sono “picadinho”. Essa condição pode ser prejudicial, pois no dia seguinte, o idoso pode não conseguir desempenhar suas atividades normais devido ao cansaço excessivo. Eventualmente, isso pode levar a cochilos diurnos, perpetuando o ciclo de sono inadequado.
Também é comum ouvir idosos se queixando de acordar às 4 horas da manhã. No entanto, se a pessoa idosa foi dormir por volta das 21 horas e acordou entre 3 e 4 da manhã, é provável que ela tenha obtido a quantidade necessária de sono. Nesse caso, a questão pode ser simplesmente uma questão de ajustar as expectativas e modificar a programação das atividades diárias.
Alguns idosos podem enfrentar dificuldades ao aceitar as mudanças relacionadas ao envelhecimento e podem insistir em obter oito horas de sono profundo. Nessas situações, existe o risco de recorrer a medicações inapropriadas, como os benzodiazepínicos. Embora esses medicamentos possam ser eficazes nos primeiros dias de uso, com o tempo, eles perdem seu efeito, levando a pessoa a necessitar de doses cada vez mais altas e correndo o risco de desenvolver dependência.
Além disso, os idosos que utilizam benzodiazepínicos apresentam um risco aumentado de quedas e, a longo prazo, podem enfrentar problemas de memória. É essencial buscar alternativas mais saudáveis e sustentáveis para lidar com as dificuldades de sono.
O ronco é mais comum entre os idosos, especialmente nos homens. Além da idade e do gênero, é importante destacar que o ronco está relacionado a condições potencialmente modificáveis, como a obesidade.
Embora algumas pessoas associem o ronco a um “sono profundo”, essa é uma visão equivocada. O ronco é frequentemente associado a uma qualidade de sono inferior. Além disso, esse distúrbio pode perturbar o sono do parceiro ou até mesmo de outras pessoas que compartilham o ambiente.
O ronco é frequentemente associado a uma qualidade de sono inferior. Além disso, esse distúrbio pode perturbar o sono do parceiro ou até mesmo de outras pessoas que compartilham o ambiente. É importante que um profissional da saúde, como um geriatra ou um otorrinolaringologista, avalie o caso e recomende o tratamento adequado
Para promover um sono saudável na terceira idade, é fundamental limitar o consumo de substâncias estimulantes, como cafeína, chá preto e refrigerantes. Essas bebidas têm um efeito estimulante no organismo e podem dificultar o adormecer.
Além disso, é recomendado evitar refeições pesadas e alimentos gordurosos no período noturno, pois eles dificultam a digestão e podem aumentar os sintomas de refluxo, prejudicando a qualidade do sono.
O sedentarismo também é um fator a ser considerado, pois aumenta a sonolência diurna e o risco de obesidade, que, por sua vez, pode prejudicar o sono noturno.
Vários distúrbios de sono são comuns entre a população idosa, sendo os mais prevalentes:
A insônia é o transtorno do sono mais prevalente, ocorrendo entre 20% a 40% dos idosos. Caracteriza-se pela dificuldade em iniciar o sono ou em se manter dormindo, resultando em uma diminuição da quantidade ou qualidade do sono. Pode estar associada a doenças crônicas, como:
Além disso, a insônia também pode ser um efeito colateral de alguns medicamentos, como certos antihipertensivos, diuréticos, antidepressivos ou corticoides.
Essa síndrome é caracterizada pela interrupção do fluxo de ar entre o nariz e a boca durante o sono, o que resulta em queda da saturação de oxigênio no sangue e frequentes despertares noturnos. É mais comum em idosos do sexo masculino que são obesos.
A suspeita da síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAOS) deve ser considerada quando há sonolência diurna excessiva, ronco alto, pausas respiratórias durante o sono e episódios de despertar ofegante. A presença de ronco alto e pausas respiratórias, geralmente observadas pelo companheiro de quarto, também pode indicar essa síndrome. É importante buscar avaliação médica para diagnóstico e tratamento adequados.
Essa condição é caracterizada pela necessidade incontrolável de movimentar os membros inferiores, associada a sensações de cansaço e dor, resultando em despertares noturnos, sono não reparador e sonolência diurna.
Distúrbio está relacionado ao desalinhamento entre o período de sono e o ambiente social do qual vive. Por exemplo, o indivíduo pode adormecer às 20h assistindo televisão e acordar de madrugada, sendo incapaz de retomar o sono.
Durante a fase do sono denominada REM (Rapid Eye Movement), ocorre uma inibição dos neurônios motores espinhais para evitar movimentos durante o sonho. No entanto, nesse distúrbio, essa inibição neuronal é perdida. Consequentemente, a pessoa pode realizar movimentos como gesticular, falar, caminhar, dar socos ou chutar, colocando-se em risco ou causando danos ao companheiro de quarto. Distúrbio afeta principalmente os homens idosos e está associado a um maior risco de doença de Parkinson.
Para tratar problemas com o sono, podem ser utilizados recursos não farmacológicos, como:
Em alguns casos, a prescrição de medicamentos e a indicação de terapia cognitivo-comportamental também podem ser recomendadas.
Além dos métodos mencionadas, é interessante adotar práticas diárias para a higiene do sono, como:
Ao compreender e gerenciar adequadamente as mudanças no padrão de sono durante a terceira idade, os idosos podem desfrutar de um sono mais saudável e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida geral.
Em meio à correria do dia a dia, enviar frases de boa noite para amigos é uma forma simples e…
A busca por segurança financeira leva muitos brasileiros a questionar se a contribuição ao INSS será suficiente para manter o…
Nos últimos anos, as novelas turcas conhecidas como "dizis" se tornaram fenômenos de audiência no mundo todo. Com enredos envolventes,…
Setembro está chegando com novidades para quem depende do Bolsa Família! O calendário do Bolsa Família 2025 já está disponível…
penteado com lenço conquistou espaço definitivo entre as tendências de beleza em 2025. Prático, versátil e cheio de personalidade, o…
O Nubank trouxe uma novidade que promete facilitar a vida financeira de muitos brasileiros: o parcelamento de boletos diretamente pelo…