Nos últimos dias, uma onda de desinformação sobre uma suposta taxação de transações via Pix e a aplicação de uma multa tomou conta das redes sociais, gerando pânico e incerteza. Diante da rápida disseminação de notícias falsas, a Receita Federal veio a público para esclarecer os fatos, negando a existência de qualquer imposto sobre o Pix ou de uma multa de 150% para quem não declarasse tais valores.
A verdade por trás dos boatos envolve a distorção de medidas governamentais legítimas, que foram misturadas para criar uma narrativa alarmista e sem fundamento. Saiba mais!
Como está circulando a Fake News?
A confusão teve início com a circulação de conteúdos que mesclavam duas ações distintas do governo, apresentando-as como uma única medida punitiva. De um lado, uma normativa que aprimora o monitoramento de transações suspeitas para combater crimes financeiros; do outro, a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Vídeos antigos de políticos, como o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Nikolas Ferreira, foram retirados de contexto e voltaram a circular, potencializando a narrativa falsa de que o governo estaria criando um novo imposto sobre o Pix para valores acima de R$ 5 mil.
A verdade é que as medidas são independentes e possuem objetivos completamente diferentes: uma visa a segurança e o combate à lavagem de dinheiro, enquanto a outra representa um alívio fiscal para milhões de brasileiros.
Posicionamento da Receita Federal
Em comunicado oficial, a Receita Federal desmentiu os boatos. A nota esclarece que a própria Constituição Federal proíbe a criação de tributos sobre movimentações financeiras. Portanto, qualquer alegação de um novo imposto sobre transferências é constitucionalmente inviável no cenário atual.
O órgão reforçou os seguintes pontos para não deixar dúvidas:
- Não há nenhuma tributação de 27,5% sobre transações financeiras.
- A multa de 150% por falta de declaração de movimentações via Pix é mentira.
- O Imposto de Renda incide sobre a renda auferida, não sobre transferências ou meios de pagamento.
- A Constituição proíbe a tributação de movimentações financeiras.

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Monitoramento do Pix
A normativa que serviu de base para a fake news, na verdade, tornou mais rígidas as regras para que as instituições financeiras e fintechs monitorem transações suspeitas, com o objetivo de coibir atividades ilícitas como lavagem de dinheiro e financiamento ao crime organizado. A medida atualizou os valores mínimos para esse monitoramento, passando de R$ 2 mil para R$ 5 mil para pessoas físicas, e de R$ 6 mil para R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
É fundamental entender que monitorar não é o mesmo que tributar. Essa ação apenas equipara as obrigações das fintechs às dos bancos tradicionais, fortalecendo o sistema financeiro contra fraudes e crimes, sem qualquer impacto no bolso do cidadão comum que utiliza o Pix para suas transações diárias.
Isenção do Imposto de Renda ampliada
A Receita Federal fez questão de destacar que, a partir de janeiro de 2026, quem ganha até R$ 5 mil por mês estará completamente isento do pagamento de Imposto de Renda. Além disso, quem recebe até R$ 7.350 terá um desconto no imposto devido. Essa é a informação que os criadores de notícias falsas tentam esconder, trocando um benefício real por um medo infundado.
“Disseminar mentiras, fake news e pânico financeiro interessa apenas a criminosos”, disse a Receita Federal em nota.
Perguntas frequentes
1. Por que a Receita Federal está monitorando o Pix?
O monitoramento não é feito diretamente pela Receita, mas pelas instituições financeiras. O objetivo é identificar e prevenir crimes como lavagem de dinheiro, e não tributar os cidadãos. A medida visa aumentar a segurança do sistema financeiro.
2. Qual é o novo valor para isenção do Imposto de Renda?
A partir de janeiro de 2026, quem recebe até R$ 5.000 por mês estará totalmente isento do Imposto de Renda. Haverá também um desconto para rendimentos de até R$ 7.350.
















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