A identidade do cidadão brasileiro está passando por uma transformação com a substituição do tradicional Registro Geral (RG) pela nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), através do Decreto nº 10.977/2022. Esta mudança representa um avanço importante na identificação civil brasileira, trazendo mais segurança e praticidade para todos os cidadãos. Mas qual a diferença entre os dois documentos? Veja!
Entendendo as principais diferenças entre RG e CIN
Número de identificação único
A principal diferença entre o antigo RG e o novo CIN está na padronização nacional. O antigo RG tinha numerações diferentes dependendo do estado de emissão, enquanto o CIN usa o CPF como número único de identificação.
Emissão e padronização
A Carteira de Identidade Nacional (CIN) vai transformar a identificação do cidadão. A emissão do documento de identidade agora segue um modelo padronizado em todo o Brasil, utilizando um número único, que corresponde ao CPF. Essa alteração visa otimizar os cadastros administrativos, fortalecer as medidas de segurança pública e combater as fraudes no país.
Por muito tempo, o RG foi o principal documento de identidade para os brasileiros. Emitido pelas Secretarias de Segurança Pública de cada estado, o RG apresentava características únicas de acordo com o estado emissor, como layout, numeração e até mesmo medidas de segurança.
Segurança e tecnologia
Um dos principais objetivos da nova CIN é combater fraudes, prevenindo registros duplicados. Ela é considerada um dos documentos mais seguros do mundo, garantindo a proteção dos dados dos cidadãos. Além disso, conta com um QR Code, que permite verificar a autenticidade da identidade, identificando se o documento é legítimo ou foi furtado ou extraviado. Esse QR Code possibilita a leitura dos dados do cidadão por meio de um celular, permitindo que qualquer pessoa consulte a veracidade do documento.
Formato físico e digital
A nova CIN traz diversas inovações, incluindo o QR Code, que permite uma verificação rápida e segura por órgãos de Segurança Pública, além de unidades de atendimento tanto públicas quanto privadas. O documento também conta com a Machine Readable Zone (MRZ), que possibilita seu uso como documento de viagem, caso haja acordos internacionais entre os países. Adicionalmente, a CIN é agora digital e pode ser acessada pelo aplicativo Gov.br, tornando o processo mais ágil e prático.
Imagem: Idosos Brasil
Prazo de validade e transição entre os documentos
Não há necessidade de se preocupar em trocar o documento imediatamente. O RG ainda será válido até 2032, portanto ainda há tempo de vida útil para o documento, exceto para crianças de 0 a 12 anos incompletos, em que o prazo será de 5 anos, de 12 a 60 anos incompletos até 10 anos e pessoas com mais de 60 anos, as quais têm prazo indeterminado. Sendo assim, caso precise renovar ou emitir o RG ou CPF, é a nova carteira de identidade que receberá, sendo a primeira via totalmente gratuita
Como obter a nova Carteira de Identidade Nacional?
Para obter a CIN, é necessário fazer um agendamento pelo site oficial ou aplicativo governamental disponível em seu estado. Após o agendamento, você deverá comparecer na unidade escolhida com os documentos obrigatórios como CPF, certidão de nascimento ou casamento. Após o processo, você poderá receber a CIN pelos Correios ou retirar na unidade escolhida, além de acessar a versão digital no aplicativo do Gov.br.
Veja no portal do Idosos Brasil o passo a passo completo de como acessar a versão digital da CNI.
Custo e isenções
O valor do novo RG (Carteira de Identidade Nacional – CIN) pode variar de acordo com o estado e o tipo de solicitação (primeira via ou segunda via). Em muitos estados, a primeira via do novo RG é gratuita. No entanto, para a segunda via ou em casos de perda ou roubo, alguns estados podem cobrar uma taxa, que geralmente varia entre R$ 30,00 a R$ 60,00.
Perguntas frequentes
É obrigatório trocar o RG pela CIN agora?
Não é obrigatório fazer a troca imediatamente. O RG tradicional continuará válido até março de 2032, exceto para casos específicos como crianças até 12 anos e idosos acima de 60 anos, que têm prazos diferenciados.
A CIN substitui outros documentos?
A CIN não substitui completamente outros documentos, mas pode incluir informações de documentos como CNH, título de eleitor, e carteira de trabalho na sua versão digital, centralizando as informações.
Como verifico a autenticidade de uma CIN?
A autenticidade da CIN pode ser verificada através do QR Code presente no documento, que pode ser lido por qualquer smartphone e permite confirmar se o documento é verdadeiro ou se foi reportado como perdido ou roubado.
Posso usar a CIN em viagens internacionais?
A CIN possui o código MRZ, o mesmo utilizado em passaportes, podendo ser usada como documento de viagem para países com acordo bilateral com o Brasil, como os do Mercosul, dispensando o passaporte nestes casos.
Como incluir informações adicionais na CIN?
Informações adicionais como tipo sanguíneo, condições especiais de saúde ou disposição para doação de órgãos podem ser incluídas apresentando documentos comprobatórios no momento da emissão da CIN.
