Saúde

Pressão Alta em Idosos: Sintomas que Você Não Pode Ignorar

A pressão alta, ou hipertensão, é uma condição comum em idosos e pode ser perigosa se não for tratada adequadamente.

A pressão arterial tende a aumentar com o avançar da idade, tornando a hipertensão arterial uma condição prevalente entre os idosos. Embora muitas vezes assintomática, a pressão alta não deve ser negligenciada, pois eleva consideravelmente os riscos de complicações graves, como ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Portanto, é importante que os idosos estejam atentos aos sinais e busquem tratamento adequado.

Sinais e Sintomas da Hipertensão em Idosos

Apesar de a pressão alta ser frequentemente silenciosa, alguns sintomas podem surgir quando os níveis pressóricos estão excessivamente elevados. Eis alguns dos principais sinais a serem observados:

  • Tonturas frequentes
  • Dores de cabeça persistentes ou dores na região da nuca
  • Sensação de fraqueza ou fadiga constante
  • Zumbidos nos ouvidos
  • Desconforto ou dor no peito
  • Náuseas e vômitos recorrentes
  • Visão embaçada ou turva
  • Formigamentos em partes do corpo

Se esses sintomas se manifestarem, é recomendado procurar atendimento médico imediato, pois podem indicar uma crise hipertensiva que requer tratamento urgente.

Como Identificar a Hipertensão em Idosos

O diagnóstico da hipertensão arterial em idosos é realizado por médicos especialistas, como geriatras ou cardiologistas. Eles avaliam a pressão arterial por meio de medições repetidas em consultas diferentes. Quando os valores atingem ou excedem 140/90 mmHg, considera-se que o paciente tem pressão alta.

Em casos de dúvida, o médico pode solicitar exames adicionais, como:

  • Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA): O paciente realiza múltiplas medições semanais em casa, farmácia ou posto de saúde.
  • Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA): Um dispositivo portátil é utilizado para registrar a pressão arterial em intervalos regulares durante 24 horas, fornecendo uma visão mais abrangente dos níveis pressóricos.

É importante seguir as orientações do médico para obter medições precisas e um diagnóstico confiável.

Classificação da Pressão Arterial em Idosos

De acordo com as medições realizadas em consultório pelo médico, a pressão arterial em idosos pode ser classificada nas seguintes categorias:

  • Normal: Inferior a 120/80 mmHg
  • Pré-hipertensão: 120-139/80-89 mmHg
  • Hipertensão Estágio 1: 140-159/90-99 mmHg
  • Hipertensão Estágio 2: 160-179/100-109 mmHg
  • Hipertensão Estágio 3: Igual ou superior a 180/110 mmHg

Quanto mais elevados os níveis pressóricos, maior o risco de complicações graves de saúde. Indivíduos com pré-hipertensão podem melhorar seus níveis por meio de mudanças no estilo de vida, enquanto aqueles com hipertensão nos estágios 2 e 3 geralmente necessitam de medicação prescrita pelo médico.

Causas da Hipertensão Arterial em Idosos

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da hipertensão arterial em idosos, incluindo:

  • Idade avançada (acima de 65 anos)
  • Histórico familiar de hipertensão
  • Excesso de peso ou obesidade
  • Diabetes mellitus ou níveis elevados de colesterol e triglicerídeos
  • Consumo excessivo de álcool e tabagismo

Com o envelhecimento, o corpo sofre alterações que podem afetar a pressão arterial, como o enrijecimento e a formação de microlesões nas paredes dos vasos sanguíneos, além de mudanças hormonais na menopausa e possível comprometimento da função de órgãos vitais, como coração e rins.

Tratamento da Hipertensão Arterial em Idosos

O tratamento da hipertensão arterial em idosos é uma abordagem multimodal, envolvendo mudanças no estilo de vida, dieta adequada e, em muitos casos, o uso de medicamentos prescritos pelo médico.

Pressão Alta em Idosos: Mudanças no Estilo de Vida

Algumas das principais mudanças nos hábitos de vida recomendadas para idosos com hipertensão incluem:

  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
  • Cessar o hábito de fumar
  • Praticar atividade física regular, pelo menos três vezes por semana, com exercícios adequados para a faixa etária
  • Adotar uma dieta rica em potássio, magnésio, cálcio e fibras
  • Incorporar técnicas de relaxamento, como ioga, meditação ou pilates

Além disso, é fundamental realizar consultas médicas regulares a cada três meses para monitorar a pressão arterial e ajustar o tratamento conforme necessário.

Pressão Alta em Idosos: Dieta para Hipertensão

Uma dieta equilibrada desempenha um papel importante no controle da pressão arterial em idosos. Algumas recomendações alimentares incluem:

  • Reduzir o consumo de sal e açúcar
  • Evitar alimentos ricos em gorduras, como embutidos, salgadinhos e refeições prontas
  • Optar por uma alimentação rica em vegetais, frutas, cereais integrais e proteínas magras

Complementarmente, podem ser incluídos chás e sucos naturais que auxiliam no tratamento, como o chá de alho, suco de berinjela com laranja ou suco de beterraba com maracujá, os quais melhoram a circulação sanguínea e possuem propriedades diuréticas, ajudando a controlar a pressão arterial.

Pressão Alta em Idosos: Medicamentos para Hipertensão

Quando as mudanças no estilo de vida e na dieta não são suficientes para reduzir a pressão arterial aos níveis desejados ou quando os níveis estão muito elevados, o médico pode prescrever medicamentos. Alguns dos medicamentos comumente utilizados no tratamento da hipertensão em idosos incluem:

  • Diuréticos
  • Antagonistas do canal de cálcio
  • Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA)
  • Bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRAs)
  • Betabloqueadores

É importante seguir rigorosamente as orientações médicas quanto à dosagem e horários de administração dos medicamentos prescritos.

Pressão Alta em Idosos: Sintomas que Você Não Pode Ignorar
Pressão Alta em Idosos: Sintomas que Você Não Pode Ignorar. Imagem: frrepik

O tratamento da hipertensão arterial em idosos requer uma abordagem cuidadosa e individualizada, levando em consideração fatores como a presença de outras condições de saúde, como doenças cardíacas, incontinência urinária e risco de tonturas ao levantar-se. Um acompanhamento médico regular é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário e prevenir complicações potencialmente graves.

Leandro Macedo

Graduando em Marketing. Especialista de conteúdos de Tecnologia, Trânsito e Benefícios Sociais

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