Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, se celebra pela primeira vez este feriado nacional, instituído pelo Presidente Lula em 2024. A data reforça a importância de se refletir sobre desigualdades e injustiças que ainda persistem na sociedade brasileira. Um exemplo gritante dessa realidade é a violência contra idosos, especialmente contra idosos negros.
Estudo recente do Atlas da Violência 2023, divulgado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), trouxe dados alarmantes: idosos negros sofrem mais agressões e têm maior risco de morte do que idosos não negros. Essa situação exige atenção urgente e ações efetivas para reverter o cenário.
A violência contra idosos é um problema crescente no Brasil. Porém, o impacto dessa violência não é uniforme. Segundo o estudo, idosos negros são as principais vítimas. Este dado evidencia a vulnerabilidade de uma população que, ao longo da vida, enfrenta maiores desafios devido à desigualdade racial.
Em 2021, a expectativa de vida de homens negros era de apenas 59 anos, enquanto a de homens não negros ultrapassava os 65 anos. Entre as mulheres, negras vivem em média quatro anos a menos que as não negras. Essas diferenças mostram que as condições de vida são determinantes na longevidade e na qualidade de vida dos idosos negros.
Além disso, os índices de violência mortal, como assassinatos, acidentes e agressões, são muito mais altos para homens e mulheres negros. Essa realidade é agravada por fatores estruturais, como o racismo, a pobreza e o acesso limitado a serviços básicos.
A desigualdade racial é uma das principais causas desse cenário. Idosos negros, em sua maioria, vêm de contextos socioeconômicos mais vulneráveis. Durante a vida, enfrentaram dificuldades no acesso à educação, saúde e oportunidades de trabalho. Essas condições resultam em uma velhice mais precária, com menos recursos para se protegerem de situações de violência.
Além disso, o racismo estrutural ainda é um problema no Brasil. Ele contribui para a invisibilização de idosos negros, que frequentemente não recebem o mesmo suporte ou atenção que outros grupos. O próprio Atlas da Violência descreve essa situação como “negligenciada”, destacando que o recorte racial nas análises é frequentemente ignorado.
Outro fator relevante é a dificuldade em denunciar casos de violência. Muitos idosos negros vivem em isolamento, sem redes de apoio, o que dificulta o acesso a canais de denúncia, como o Disque 100. O medo de represálias ou a dependência financeira de agressores também contribuem para o silêncio das vítimas.
O Estatuto da Pessoa Idosa estabelece que envelhecer é um direito social e individual. No entanto, a realidade de idosos negros mostra que esses direitos estão longe de ser cumpridos. As políticas públicas ainda são insuficientes para proteger essa população vulnerável.
A violência contra idosos é complexa e envolve desde agressões físicas até negligência, abandono e violência psicológica. Em comunidades periféricas, onde a maioria dos idosos negros vive, o problema é ainda mais grave devido à falta de acesso a serviços de saúde, segurança e apoio social.
A luta contra a violência aos idosos negros exige ações coordenadas e políticas públicas efetivas. Algumas medidas importantes incluem:
O Dia da Consciência Negra é um momento para refletir sobre o impacto do racismo em todas as fases da vida, incluindo a velhice. Em um país tão desigual como o Brasil, o racismo estrutural perpetua a violência e dificulta o acesso de idosos negros a uma vida digna.
Por isso, não se pode ignorar os dados alarmantes apresentados pelo Atlas da Violência. Eles são um chamado à ação para que o envelhecimento seja de fato um direito para todos, independentemente da cor da pele.
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