Movimento contra a tristeza: o exercício que alivia a depressão em idosos

Pesquisadores brasileiros começaram a discutir a possibilidade de usar exercício físico como mais uma ferramenta de combate à depressão. De acordo com as informações de pesquisas, movimentar o corpo pode ajudar a combater essa doença, sobretudo em idosos.

Essa conclusão vem de uma extensa revisão publicada recentemente pela revista Psychiatry Research. A publicação analisou mais de 200 estudos sobre o tema. 

Os resultados finais reforçam a importância da realização de exercícios de resistência não apenas para ajudar no condicionamento físico, mas também para combater a depressão na terceira idade.

Os benefícios da musculação para idosos

Segundo pesquisadores do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (Iiepae),  praticar musculação ao longo dos anos pode ser um ato fundamental para o envelhecimento mais saudável.

Afinal de contas, é natural que tenhamos uma perda da massa e da força muscular, mas esse movimento pode estar associado ao aumento de problemas de saúde mental, já que a doença interfere em mecanismos fisiológicos controlados pelo cérebro

Esses estudos são unânimes em afirmar que a musculação não apenas reduz os sintomas da ansiedade e da depressão da população em geral, mas pode ter um efeito ainda mais expressivo, sobretudo em indivíduos diagnosticados com esses transtornos.

Qual a maneira correta de praticar

Agora que você já sabe que a musculação pode ajudar a combater a depressão, o próximo passo é colocar esse sistema em prática. Mas é preciso lembrar que você vai precisar da ajuda de um profissional da educação física para não sofrer qualquer tipo de lesão.

De todo modo, fique sabendo de antemão que as recomendações gerais dos especialistas é praticar a musculação a partir dessas informações:

• Frequência: três vezes por semana.
• Intensidade: três séries de cada exercício.
• Duração: treinos não muito longos.
• Equipamentos: o uso de aparelhos de musculação se mostrou mais eficiente do que métodos com bandas elásticas ou peso corporal, pois permite um controle mais preciso da carga e do volume de treino.

Outro ponto muito importante normalmente apontado pelos pesquisadores é o impacto positivo da prática em grupo. Se você puder realizar a musculação ao lado de amigos, parentes ou conhecidos, esse pode ser mais um passo na melhora da sua saúde mental.

Outros estudos

De fato, todos os estudos que já foram publicados sobre o tema até agora são animadores. De todo modo, ainda existem alguns pontos que precisam ser compreendidos pelo cientistas.

Vale lembrar que a grande maioria das pesquisas realizadas envolveu um número reduzido de participantes, o que pode gerar uma discrepância no resultado final.

Outras dicas para exercitar a mente

Não existe apenas um jogo específico que pode fazer a diferença e lhe ajudar no processo de exercitar a mente. Você pode escolher outros aplicativos disponíveis em plataformas digitais para smartphones. Você pode pesquisar, por exemplo, por opções gratuitas ou pagas que tenham boas avaliações.

Uma outra opção é buscar encontros com grupos locais de idosos. Várias dessas comunidades oferecem encontros para a prática conjunta de jogos cognitivos. Essa é uma forma muito positiva de exercitar a mente e de socializar ao mesmo tempo.

Parte dos idosos não tem muita familiaridade com o mundo digital, e isso não é um grande problema. Se preferir algo offline, a dica é procurar por livros ou cartas com desafios cognitivos baseados em narrativas. Eles também são uma ótima opção para quem gosta de algo mais tradicional.

Por fim, mas não menos importante, a dica é investir na consistência. A ideia é dedicar pelo menos algo entre 20 a 30 minutos por dia para que esses jogos possam obter os melhores resultados na sua vida.

Mas lembre-se: caso você sinta que está  tendo algum tipo de problema do ponto de vista mental, não hesite em procurar ajuda profissional. O médico vai saber como lhe ajudar da melhor maneira possível.