Motoristas com mais de 50 anos precisam ficar atentos às mudanças na CNH
Entenda as novas regras da CNH e evite transtornos que podem comprometer sua rotina e seu orçamento.

Se você já passou dos 50 e depende da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para trabalhar, se locomover ou manter sua autonomia, é hora de redobrar a atenção. As regras para renovação mudaram, e essas mudanças podem ter impacto direto na sua rotina e no seu orçamento também.
A partir de agora, motoristas a partir dos 50 anos terão que renovar a CNH com mais frequência. Isso significa mais consultas, mais taxas e, claro, mais planejamento. Para quem vive na correria do dia a dia — como caminhoneiros, motoristas de aplicativo ou entregadores — é importante se preparar para não ser pego de surpresa.
Renovação mais frequente: entenda a nova regra
A principal alteração está no prazo de validade da CNH. Antes, quem tinha menos de 65 anos renovava a cada 10 anos. Agora, para quem tem entre 50 e 69 anos, a renovação passa a ser feita a cada 5 anos. Já para motoristas a partir dos 70 anos, a renovação permanece com intervalo de 3 anos.
Essa mudança já está em vigor e tem impacto direto na vida de milhões de brasileiros. Mesmo que a medida tenha como objetivo aumentar a segurança nas ruas, ela traz implicações práticas, especialmente para quem depende do documento para trabalhar.
Por que isso afeta o bolso?
Renovar a CNH com mais frequência significa colocar a mão no bolso mais vezes. Entre exames médicos, taxas de serviço e possíveis deslocamentos até o Detran, os custos se acumulam.
Só para ter uma ideia: o valor da renovação varia de estado para estado, mas, em média, gira entre R$ 150 e R$ 250. Para motoristas de categorias C, D e E, ainda é necessário fazer o exame toxicológico — que pode custar mais de R$ 150. Isso sem contar possíveis avaliações psicológicas exigidas em determinadas situações.
O valor total do processo, especialmente em estados como São Paulo, pode passar de R$ 300 ao considerar itens como:
- Consulta médica: varia de R$ 122 e R$ 125;
- Avaliação psicológica (quando solicitada): de R$ 142 a R$ 145;
- Taxa de emissão: R$ 133,17.
Esses valores pesam ainda mais em um cenário de inflação e orçamento apertado, principalmente para quem vive da renda gerada com o próprio veículo.
A importância de se planejar
Muita gente só percebe que a CNH está vencida na hora em que mais precisa dela. Para evitar contratempos, o ideal é verificar a validade com frequência e, se possível, programar um lembrete com alguns meses de antecedência.
E vale o alerta: dirigir com a CNH vencida por mais de 30 dias é infração gravíssima. Isso pode gerar multa, pontos na carteira e até apreensão do veículo. Se o documento estiver vencido há mais de cinco anos, o condutor poderá ser obrigado a fazer todo o processo novamente — com exames teóricos e práticos, como se fosse tirar a carteira pela primeira vez.
Além dos transtornos legais, há o impacto direto na vida profissional. Para quem depende da CNH para ganhar a vida, um atraso na renovação pode significar dias — ou semanas — sem trabalhar.
Há benefícios para os motoristas com mais de 50?
Imagem: Canva
A boa notícia é que o governo tem se movimentado para aliviar esse impacto. A partir de fevereiro de 2025, motoristas com 65 anos ou mais passaram a contar com 40% de desconto nas taxas de renovação da CNH. Além disso, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretende ampliar esse benefício para condutores entre 50 e 69 anos.
Veja como está previsto:
- Desconto de 50% nas taxas para condutores com idade entre 50 e 69 anos;
- Motoristas com 70 anos ou mais poderão ter até 70% de desconto nas taxas.
Se aprovado, o projeto pode trazer um importante alívio no orçamento de milhares de brasileiros — principalmente aqueles que continuam na ativa depois dos 50.
Se você tem mais de 50 anos ou conhece alguém nessa idade, vale passar essa informação adiante. Isso pode evitar dores de cabeça lá na frente e ajudar muita gente a se manter em dia com as novas regras.