O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou nesta terça-feira (11) um aumento no valor máximo para imóveis financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida. A medida, que beneficia famílias de baixa renda, ajusta os limites de financiamento aos custos atuais da construção civil e visa ampliar o acesso à moradia em todo o país.
A decisão, tomada por unanimidade em reunião do conselho, impacta diretamente as famílias enquadradas nas faixas 1 e 2 do programa habitacional. Essas faixas são destinadas a grupos com renda mensal de até R$ 4,7 mil em áreas urbanas e renda anual de até R$ 66 mil em áreas rurais. A atualização era uma demanda do setor para manter o dinamismo das construções e das contratações.
Novos limites de valor do imóvel
O reajuste no teto do valor dos imóveis não é uniforme e varia conforme a população do município, buscando refletir as diferenças de custo no mercado imobiliário regional. A proposta aprovada beneficia um total de 263 municípios. Os novos valores foram definidos da seguinte forma:
- Municípios com mais de 750 mil habitantes: O teto subiu de R$ 264 mil para R$ 275 mil.
- Municípios entre 300 mil e 750 mil habitantes: O valor passou de R$ 250 mil para R$ 270 mil.
- Municípios entre 100 mil e 300 mil habitantes: O limite foi ajustado de R$ 230 mil para R$ 245 mil.
Essa alteração permite que as famílias de menor renda tenham acesso a um leque maior de opções de moradia, incluindo imóveis mais bem localizados ou com melhor infraestrutura, que antes poderiam exceder o limite de financiamento.

Imagem: Idosos Brasil
Orçamento reforçado para habitação
Além do reajuste nos valores dos imóveis, o Conselho Curador também aprovou o orçamento do FGTS para 2026, totalizando R$ 160,5 bilhões. Desse montante, uma parcela relevante será direcionada para o setor habitacional, o que demonstra a continuidade dos investimentos na área.
A distribuição dos recursos prevê:
- R$ 144,5 bilhões para programas de habitação, um aumento de 5,6% em relação a 2025.
- R$ 8 bilhões para saneamento básico.
- R$ 8 bilhões para infraestrutura urbana.
O reforço orçamentário é um sinal positivo para o mercado da construção civil, indicando um ambiente favorável para o lançamento de novos empreendimentos e a geração de empregos no setor.
Contexto das medidas de estímulo
A elevação do teto para imóveis populares faz parte de um conjunto de ações do governo para estimular o setor imobiliário. Recentemente, outras medidas foram implementadas, como a elevação do valor máximo de imóveis financiados no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
Contudo, é fundamental distinguir que a mudança no SFH atende a um público de renda mais alta, enquanto a decisão do CCFGTS foca exclusivamente nas famílias de baixa renda, principal público do programa habitacional do governo federal.
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Perguntas frequentes
1. Como posso saber em qual faixa do programa minha família se encaixa?
O enquadramento é feito com base na renda familiar mensal bruta. A Faixa 1 é para renda de até R$ 2.850 e a Faixa 2 para renda entre R$ 2.850 e R$ 4.700 (valores para áreas urbanas).
2. O aumento no valor do imóvel também significa um aumento no subsídio?
A decisão do CCFGTS se concentrou no teto do valor do imóvel. As regras de subsídio permanecem as mesmas, sendo calculadas com base na renda familiar e na localização do imóvel.
3. A taxa de juros do financiamento foi alterada?
Não, a medida aprovada não altera as taxas de juros do programa, que continuam sendo as mais baixas do mercado, variando conforme a faixa de renda do beneficiário.













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