Você já reparou como tem surgido nas redes sociais uma tendência diferente? São os bebês que não choram, não crescem e nem passam pela fase rebelde da adolescência. São os bebês reborn bonecos incrivelmente realistas que imitam recém-nascidos em cada detalhe, da textura da pele ao peso nos braços. Mas o que leva alguém a cuidar de uma boneca como se fosse um filho? E o que esse comportamento diz sobre desejos, emoções e necessidades humanas?
Essas bonecas são esculpidas e montadas de forma artesanal para parecerem o mais próximo possível de um bebê real. Os materiais utilizados principalmente silicone e vinil ajudam a reproduzir a maciez da pele e até mesmo as dobras e veias sutis dos pequenos. Alguns modelos possuem detalhes surpreendentes, como batimentos simulados, respiração suave e até a função de “urinar”. Tudo é feito para tornar a experiência o mais sensorial possível.
Criar um bebê reborn exige paciência e habilidade. Cada peça passa por várias etapas até ficar pronta. A pintura é aplicada em diversas camadas para recriar os tons da pele. Os cabelos, geralmente feitos de mohair, são implantados fio a fio, o que pode levar dias. E os olhos, unhas e até as dobrinhas são finalizados com um olhar quase cirúrgico.
Dependendo do grau de detalhe e da técnica do artista, os valores variam bastante de cerca de R$ 750 até mais de R$ 9.500.
Para muitas pessoas, especialmente adultos, o interesse por esses bebês ultrapassa o simples colecionismo. Há quem os veja como uma chance de experimentar o vínculo da maternidade ou paternidade de uma forma mais leve e controlada. Em vez de fraldas reais e noites em claro, existe a possibilidade de viver apenas o lado mais emocional e afetivo.
Mas por que alguém sentiria necessidade de cuidar de um boneco?
Algumas respostas podem estar no impacto emocional envolvido. Para quem enfrentou dificuldades para ter filhos, ou para quem vive sozinho, esses bebês oferecem algo que vai além do objeto físico:
Será que esse tipo de afeto pode preencher vazios que nem sempre conseguimos identificar?
Apesar de todos esses aspectos positivos, a prática também desperta olhares desconfiados. Há quem questione o envolvimento profundo com uma boneca e veja nisso um sinal de desequilíbrio emocional.
Quem critica costuma enxergar exagero no apego, especialmente quando ele começa a interferir na vida social ou nas relações familiares. Em contrapartida, os entusiastas defendem o direito de expressar seus sentimentos da forma que considerarem melhor seja por meio de arte, coleção ou simplesmente por prazer pessoal.
Será que julgar quem escolhe viver esse tipo de experiência não diz mais sobre quem julga do que sobre quem vive?
A exposição digital deu nova vida ao universo dos bebês reborn. Influenciadores compartilham o dia a dia com seus “filhos”, fazem vídeos realistas de cuidados e recebem milhões de visualizações. Isso contribui para quebrar estigmas, mas também acende debates acalorados.
Mas será que esse tipo de exposição ajuda a desmistificar o preconceito ou só alimenta o espetáculo?
O envolvimento com os bebês reborn vai além da decoração da estante. Muitos “pais” e “mães” incluem seus bonecos no dia a dia passeiam com eles, compram roupas, criam quartinhos decorados e até simulam mamadas e trocas de fralda.
Em que momento o carinho vira exagero?
Será que, no fundo, o que todos esses adultos buscam é uma forma de se sentirem menos sozinhos?
Ter um bebê reborn pode ser uma experiência rica em afeto, imaginação e conexão. Mas também convida a refletir sobre o que significa cuidar, amar e se sentir responsável por alguém mesmo que esse alguém não respire.
No final, talvez a pergunta mais importante não seja se cuidar de uma boneca é estranho ou saudável, mas sim: o que realmente nos faz sentir completos?
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