SaĂșde

Lista de remĂ©dios para dormir que podem aumentar risco de demĂȘncia; fique atento!

Entenda a relação entre os medicamentos e o aumento do perigo.

A insĂŽnia Ă© um problema que afeta muitos idosos, levando-os a recorrer a remĂ©dios para dormir na esperança de encontrar alĂ­vio. No entanto, um crescente nĂșmero de estudos sugere que esses remĂ©dios podem trazer consequĂȘncias inesperadas e danos Ă  saĂșde mental dos idosos. 

Entendendo o Impacto dos Remédios para Dormir no Cérebro

Os remĂ©dios para dormir, tambĂ©m conhecidos como sonĂ­feros, atuam no sistema nervoso central, alterando os padrĂ”es de atividade cerebral e induzindo o sono. No entanto, essa interferĂȘncia quĂ­mica pode ter efeitos colaterais significativos, especialmente em idosos, cuja capacidade de metabolizar e eliminar essas substĂąncias Ă© frequentemente comprometida.

Estudos recentes revelam que o uso prolongado de sonĂ­feros pode contrariar uma cascata de eventos neurolĂłgicos que impedem o declĂ­nio cognitivo e aumentam o risco de demĂȘncia. Esses medicamentos podem interferir nos processos de consolidação da memĂłria, prejudicar a plasticidade sinĂĄptica e atĂ© mesmo acelerar a perda neuronal.

O Estudo da Universidade da Califórnia: Um Alerta Importante sobre os Remédios

Um estudo da Universidade da CalifĂłrnia revelou dados perturbadores sobre a ligação entre o uso de medicamentos para dormir e o risco de demĂȘncia em pessoas brancas mais velhas. A pesquisa acompanhou aproximadamente 3.000 idosos sem demĂȘncia durante nove anos em mĂ©dia.

Os resultados mostraram que os participantes brancos que “frequentemente” ou “quase sempre” tomavam comprimidos para dormir tinham um risco 79% maior de desenvolver demĂȘncia em comparação com aqueles que “nunca” ou “raramente” os usavam. No entanto, entre os participantes negros, cujo consumo de sonĂ­feros era notavelmente menor, nĂŁo houve uma associação significativa entre o uso desses medicamentos e o risco de demĂȘncia.

Diferenças Étnicas no Consumo dos RemĂ©dios

O estudo da Universidade da CalifĂłrnia tambĂ©m revelou disparidades Ă©tnicas no consumo de remĂ©dios para dormir. Os participantes brancos tinham trĂȘs vezes mais probabilidade do que os participantes negros de tomar comprimidos para dormir “frequentemente” ou “quase sempre”.

AlĂ©m disso, os brancos tinham quase duas vezes mais probabilidade de usar benzodiazepĂ­nicos, como Halcion (triazolam), Dalmadorm (flurazepam) e Restoril (temazepam), prescritos para insĂŽnia crĂŽnica. TambĂ©m eram dez vezes mais diabĂ©ticos a tomar trazodona, um antidepressivo comumente prescrito como sonĂ­fero, e sete vezes mais diabĂ©ticos a usar as chamadas “drogas Z”, como o zolpidem.

Embora os resultados do estudo da Universidade da CalifĂłrnia sejam preocupantes, os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais investigaçÔes para esclarecer melhor os riscos cognitivos relacionados ao uso de medicamentos para dormir. É possĂ­vel que alguns sonĂ­feros estejam associados a um risco maior de demĂȘncia do que outros, e fatores como duração do tratamento, dosagem e interaçÔes medicamentosas tambĂ©m podem desempenhar um papel importante.

Lista de remĂ©dios para dormir pode colocar sua saĂșde cerebral em risco, cuidado!
Lista de remĂ©dios para dormir pode colocar sua saĂșde cerebral em risco, cuidado!

Abordagens Alternativas para Lidar com a InsĂŽnia em Idosos

Diante dos riscos potenciais dos remédios para dormir, é importante explorar abordagens alternativas mais seguras para lidar com a insÎnia em idosos. Algumas estratégias eficazes:

  • Higiene do Sono: É fundamental estabelecer um horĂĄrio de sono consistente, indo para a cama e acordando sempre no mesmo horĂĄrio. AlĂ©m disso, Ă© importante criar um ambiente propĂ­cio para dormir, mantendo o quarto escuro, silencioso e com temperatura confortĂĄvel.
  • Evitar Estimulantes: Evitar o consumo de cafeĂ­na e grandes refeiçÔes prĂłximas Ă  hora de dormir pode ajudar a promover um sono mais tranquilo e restaurador.
  • TĂ©cnicas de Relaxamento: A prĂĄtica de tĂ©cnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda ou ioga, antes de deixĂĄ-lo pode reduzir o estresse e a ansiedade, facilitando o sono.
  • Limitar o Uso de Dispositivos EletrĂŽnicos: Limitar o uso de dispositivos eletrĂŽnicos pelo menos uma hora antes de dormir Ă© recomendado, pois a luz azul liberada por telas pode interferir na produção de melatonina, hormĂŽnios do sono.
  • ExercĂ­cios FĂ­sicos: O exercĂ­cio regular pode melhorar a qualidade do sono, desde que nĂŁo seja feito muito perto da hora de dormir.
  • Terapia Cognitivo Comportamental para InsĂŽnia (TCC-I): A Terapia Cognitivo Comportamental para InsĂŽnia (TCC-I) Ă© uma abordagem terapĂȘutica comprovada que combina tĂ©cnicas cognitivas e comportamentais para reeducar o cĂ©rebro e promover hĂĄbitos saudĂĄveis ​​de sono.

Karolayne Santos

Graduada em Pedagogia - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Especialista em Alfabetização e Letramento - Faculdade Metropolitana

Artigos relacionados

Deixe um comentĂĄrio

O seu endereço de e-mail não serå publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

BotĂŁo Voltar ao topo