Aposentadoria

INSS em 2025: O que pode mudar no seu benefício e como se proteger

INSS já anunciou que vai aplicar uma série de revisões neste ano de 2025. Veja como se proteger

O ano de 2025 mal começou, mas muitos aposentados por invalidez do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já estão preocupados. Isso porque autarquia já anunciou que vai realizar revisões em benefícios previdenciários no decorrer dos próximos meses.

De acordo com essas informações, a expectativa é de que cerca de 82 mil aposentadorias por invalidez, atualmente chamadas de aposentadoria por incapacidade permanente, sejam alvo da revisão. O início previsto para essas análises será no mês de março

A ideia da revisão é aplicar um esforço central para cortar benefícios que estariam sendo recebidos de maneira indevida, e economizar algo em torno de R$ 10 bilhões para os cofres públicos.

Qual aposentado do INSS será afetado pela revisão 

Nem todos os segurados do INSS precisam se preocupar com essa revisão. De acordo com as informações do governo federal, a medida vai afetar apenas os beneficiários que não passaram por perícia médica nos últimos dois anos, ou seja, aqueles que estão aposentados por invalidez há mais de 24 meses.

A ideia central é verificar se esse aposentado ainda tem direito ao benefício, ou se ele já está em condições de voltar ao trabalho. Nesse caso, ele deixa de receber o benefício, e volta a ter que trabalhar para suprir as suas necessidades mais básicas.

As formas de convocação

Como dito, a previsão é de que as convocações comecem a ser feitas apenas a partir de março. Mas desde já, os segurados podem começar a se programar.

Para não cair em golpes, é importante lembrar que o INSS só vai entrar em contato com o segurado através de canais oficiais como:

  • Rede bancária: Quando o aposentado for receber o seu benefício mensal, pode ser informado sobre a necessidade de agendar uma perícia.
  • Aplicativo ou site Meu INSS: O beneficiário pode ser informado diretamente por meio dessa plataforma.
  • Carta e SMS: Também pode ser enviada uma comunicação direta.
  • Edital no Diário Oficial da União: Em alguns casos, a convocação será publicada oficialmente.

O que fazer se eu for convocado?

Se você for convocado para revisão, não se assuste. Nesse caso, será preciso apenas agendar uma nova perícia médica, que será realizada por um médico perito da própria Previdência Social

Esse agendamento pode ser feito de maneira simples sem sair de casa, através do aplicativo ou site do Meu INSS. 

E se cortarem o meu INSS

Se, depois dessa revisão, o INSS entender que você não se enquadra mais nos requisitos para aposentadoria por invalidez, o benefício será sumariamente cortado.

Entretanto, o beneficiário terá o direito de recorrer da decisão, seja dentro do próprio INSS ou mesmo da justiça comum.

No caso do recurso, é muito importante que o segurado tenha em mãos documentos que comprovem a sua incapacidade ou o direito ao benefício. Quanto mais documento você tiver, melhor.

INSS em 2025: O que pode mudar no seu benefício e como se proteger
Recurso pode ser apresentado dentro do próprio INSS. Imagem: rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

Como não perder a aposentadoria do INSS

Como estamos falando de um benefício que está atrelado à condição da saúde do trabalhador, a principal dica dada pelos especialistas é manter os documentos que comprovem a manutenção dessa doença. Mas lembre-se: esses documentos precisam estar atualizados.

Como atualizar os documentos? Para os especialistas, é importante que o segurado mantenha uma rotina de consultas médicas para reavaliação. Assim, ele vai conseguir se manter provando que realmente precisa do dinheiro.

Imagine, por exemplo, que você é convocado para perícia, e o último laudo médico que você tem é de dois anos atrás. Nesse caso, é possível que surja uma desconfiança por parte do INSS.

Segundo representantes da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP), atestados desatualizados normalmente têm sido levados às agências pelos segurados, mas não são aceitos na grande maioria dos casos.

Aecio de Paula

Formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em Direitos Humanos com foco em discurso de defesa das minorias sociais em processos eleitorais internacionais.

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