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INSS: Aprenda a transformar auxílio-doença em aposentadoria por invalidez

Aumente sua renda convertendo auxílio-doença em aposentadoria.

O sistema previdenciário brasileiro oferece diversos benefícios aos trabalhadores que enfrentam problemas de saúde, sendo o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez dois dos mais relevantes. Em 2025, muitos segurados do INSS podem se beneficiar da conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez, potencialmente aumentando sua renda mensal.

O auxílio-doença, formalmente denominado Benefício por Incapacidade Temporária, é concedido aos trabalhadores que ficam temporariamente impossibilitados de exercer suas funções devido a problemas de saúde. Por outro lado, a aposentadoria por invalidez é destinada àqueles cuja incapacidade para o trabalho é considerada permanente. Compreender as nuances entre esses dois benefícios é muito importante para quem busca maximizar seu suporte financeiro junto ao INSS.

Entendendo o auxílio-doença do INSS

O auxílio-doença é um benefício temporário concedido pelo INSS aos trabalhadores que se encontram incapacitados de exercer suas atividades laborais por motivos de saúde. Este suporte financeiro é fundamental para garantir a subsistência do segurado durante o período de recuperação.

Para ter acesso ao auxílio-doença, o empregado precisa atender a alguns critérios fundamentais:

  • Ser incapaz de trabalhar por mais de 15 dias seguidos.
  • Ter qualidade de segurado do INSS
  • Cumprir o período de carência, que geralmente é de 12 meses de contribuição

O valor do auxílio-doença é calculado com base na média dos salários de contribuição do segurado, sendo que o benefício corresponde a 91% dessa média. É importante ressaltar que existe um teto máximo para o valor do benefício, estabelecido anualmente pelo INSS.

Critérios para conversão em aposentadoria por invalidez

A transformação do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez não é um processo automático. Ela depende de uma avaliação realizada pelos peritos médicos do INSS, que analisam diversos fatores para determinar se o segurado preenche os requisitos necessários para a concessão do benefício permanente.

Os principais critérios considerados para a conversão incluem:

  1. Incapacidade total e permanente para o trabalho
  2. Impossibilidade de reabilitação profissional
  3. Condição de saúde irreversível ou com prognóstico desfavorável

Processo de solicitação da conversão

O processo de solicitação para converter o auxílio-doença em aposentadoria por invalidez pode ser iniciado pelo próprio segurado ou por seu representante legal. Com o avanço da tecnologia, o INSS tem simplificado os procedimentos, permitindo que grande parte do processo seja realizada de forma digital.

Para dar início ao pedido de conversão, siga estes passos:

  1. Acesse o portal ou aplicativo “Meu INSS
  2. Faça login com suas credenciais
  3. Busque pelo serviço “Solicitar Aposentadoria por Invalidez”
  4. Preencha o formulário online com as informações solicitadas
  5. Anexe os documentos médicos e pessoais necessários
  6. Agende uma perícia médica, se necessário

Após a submissão do pedido, o INSS analisará a documentação e, se necessário, agendará uma perícia médica para avaliação presencial. O resultado da solicitação pode ser acompanhado pelo próprio portal ou aplicativo do INSS.

Diferenças financeiras entre os benefícios

Um dos principais motivos pelos quais os segurados buscam a conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez é a potencial vantagem financeira. Embora ambos os benefícios visem garantir o sustento do trabalhador incapacitado, existem diferenças significativas no cálculo e no valor final de cada um.

A média de todos os salários de contribuição do segurado desde julho de 1994 é usada para calcular o auxílio-doença. Já a aposentadoria por invalidez utiliza um cálculo mais complexo, que pode resultar em um valor maior para o beneficiário.

Para a aposentadoria por invalidez, o cálculo é feito da seguinte forma:

  • 60% da média de todos os salários de contribuição
  • Acréscimo de 2% para cada ano que exceder 20 anos de contribuição (homens) ou 15 anos (mulheres)

Essa fórmula pode ser especialmente vantajosa para trabalhadores com longos históricos contributivos, pois o acréscimo percentual pode elevar significativamente o valor do benefício.

Além disso, a aposentadoria por invalidez oferece algumas vantagens adicionais:

  • Isenção de imposto de renda em casos de doenças graves especificadas em lei
  • Possibilidade de recebimento de adicional de 25% sobre o valor do benefício para segurados que necessitam de assistência permanente

É importante ressaltar que, embora a aposentadoria por invalidez possa oferecer um valor maior, cada caso é único e deve ser analisado individualmente para determinar a melhor opção para o segurado.

Guia 2025: De Auxílio-Doença a Aposentadoria por Invalidez com Renda Ampliada
Guia 2025: de Auxílio-Doença a aposentadoria por invalidez com renda ampliada. Imagem: Idosos Brasil.

Condições médicas que justificam a conversão

Certas condições médicas são mais propensas a justificar a conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez. O INSS mantém uma lista de doenças graves que, quando devidamente comprovadas, podem facilitar o processo de concessão do benefício permanente.

Algumas das condições que frequentemente levam à aposentadoria por invalidez incluem:

  1. Neoplasia maligna (câncer)
  2. HIV/AIDS em estágio avançado
  3. Cardiopatias graves
  4. Doenças neurológicas degenerativas (Alzheimer, Parkinson)
  5. Esclerose múltipla
  6. Doenças psiquiátricas severas
  7. Cegueira bilateral
  8. Paralisia irreversível e incapacitante

É importante notar que a presença de uma dessas condições não garante automaticamente a concessão da aposentadoria por invalidez. Cada caso é avaliado individualmente, considerando a gravidade da doença, o impacto na capacidade laboral e as possibilidades de reabilitação.

Isabelli Ferreira

Graduanda em LETRAS Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Redatora do Grupo Sena Online

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