À medida que a população envelhece, um número crescente de idosos enfrenta dificuldades financeiras e se vê sobrecarregado por dívidas. Essa situação alarmante compromete significativamente a qualidade de vida dessa parcela da sociedade, impedindo que muitos desfrutem plenamente de sua aposentadoria.
Frequentemente, os sinais de endividamento passam despercebidos pelos familiares, que nem sempre conseguem identificar que algo não vai bem. Por isso, é crucial estar atento a alguns indícios que impactam a vida dos idosos ao seu redor. A insônia ou alterações no padrão de sono, quando acompanhadas de depressão ou ansiedade, podem ser um sinal de alerta.
Durante essa jornada, o apoio de amigos e familiares é muito importante, seja ao oferecer suporte emocional, orientações práticas ou ao conectar os idosos a recursos apropriados. Veja algumas dicas e orientações para uma vida financeira mais estável:
Colocar as contas no papel é o primeiro passo para organizar as finanças. É importante anotar tudo: os gastos fixos, como aluguel, água, luz e gás, despesas com remédios, outras despesas médicas, parcelas de dívidas contratadas, alimentação e até mesmo as contas pequenas. Também é necessário anotar as entradas de dinheiro, como aposentadoria, auxílios, aluguel recebido ou qualquer outra fonte de renda. Assim, é possível ter uma visão completa da vida financeira do idoso.
Quando as pessoas acumulam várias dívidas, é importante fazer uma lista detalhada de todas elas, incluindo o valor total, quanto falta para quitar, valor e data de vencimento de cada parcela. Com tudo organizado, fica mais fácil priorizar o pagamento das dívidas.
As necessidades básicas vêm sempre em primeiro lugar, portanto, é importante pagar antes o aluguel, o condomínio e as contas de consumo (luz, água, gás, telefone). Se a pessoa tiver um financiamento de casa ou carro, essas contas vêm logo em seguida, pois a falta de pagamento pode levar à perda do bem. A seguir, vêm as dívidas com juros mais altos, que pesam mais no orçamento.
Com tudo organizado, o próximo passo é orientar o idoso a começar a poupar algum dinheiro. Olhando o orçamento pessoal, você pode ajudá-lo a identificar gastos que podem ser reavaliados. Também pode ser o momento de se desfazer de alguns bens, como um carro, para conseguir mais fôlego financeiro e começar a construir uma reserva de emergência.
A boa notícia é que, desde 2021, a Lei 14.181, conhecida como Lei do Superendividamento, alterou o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto do Idoso, regulamentando a oferta de crédito, a prevenção e o tratamento às pessoas superendividadas. Além de ter alterado os limites de descontos automáticos de empréstimos consignados de aposentados e pensionistas, a Lei permite que o idoso superendividado faça a negociação das dívidas com o apoio de um juiz.
Em alguns casos, isso inclui a isenção total de juros, o que pode diminuir consideravelmente o compromisso financeiro de muitos idosos.
O abuso financeiro ou patrimonial contra idosos é outro problema comum. Em boa parte das vezes, esses abusos acontecem dentro de casa, por pessoas próximas, e os sinais de que algo não está indo bem surgem em conversas informais. Fique atento se o idoso comentar sobre empréstimos inesperados, diminuição da aposentadoria ou dificuldade de pagar as contas. Mudanças inesperadas de comportamento, como irritabilidade, piora na saúde, agitação ou preocupação excessiva também podem ser um sinal.
A Autorregulação Bancária, criada pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) em parceria com as instituições financeiras, estabelece regras para combater o assédio comercial na oferta de crédito consignado. Essa prática ocorre quando empresas ou vendedores usam táticas agressivas ou coercitivas para pressionar o idoso a realizar compras, adquirir produtos ou serviços ou até mesmo contratar empréstimos.
A autorregulação criou um sistema de bloqueio de ligações para quem não deseja receber ofertas de crédito consignado, um banco de dados para monitoramento das reclamações recebidas em razão de ofertas inadequadas e, ainda, a implementação de medidas de transparência e combate ao assédio comercial.
Enfrentar o endividamento é um desafio complexo, mas com o apoio adequado, é possível auxiliar os idosos a reconquistar sua saúde financeira e desfrutar de uma aposentadoria tranquila. Ao estar atento aos sinais, oferecer suporte emocional e orientações práticas, você pode fazer a diferença na vida dessas pessoas. Lembre-se de que a informação é a chave para prevenir abusos e fraudes contra os idosos, e não hesite em buscar ajuda profissional quando necessário.
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