Fique atento: 7 sinais de diabetes que podem surgir na sua boca

Descobrir os primeiros sinais do diabetes pode ser desafiador, mas as mudanças na boca oferecem pistas importantes. A condição, que afeta milhões de pessoas, interfere no controle da glicemia e, muitas vezes, manifesta sintomas orais antes de outros sinais.

A seguir, veja como identificar possíveis sintomas bucais e saiba quando é o momento certo de procurar um dentista, focando na prevenção e na sua saúde integral.

7 sinais na boca que podem indicar diabetes

Pequenas alterações na sua rotina de higiene ou no aspecto da sua boca, se persistentes, podem ser um sinal de alerta de que a glicemia (nível de açúcar no sangue) não está bem controlada.

1. Boca seca (Xerostomia): Sentir a boca seca constantemente pode ser um reflexo direto das alterações na glicose. A diminuição da produção de saliva remove a proteção natural do esmalte dos dentes e das gengivas, deixando-os mais vulneráveis a problemas.
2. Gengiva vermelha e sensível: Gengivas que sangram facilmente ao escovar ou que apresentam vermelhidão podem indicar o crescimento de bactérias, facilitado pela alta concentração de açúcar no sangue. Esta é a fase inicial de inflamação, chamada gengivite.
3. Perda de dentes: Pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver doenças periodontais e infecções frequentes. Essas condições, se não tratadas, podem levar à perda de dentes, mesmo com bons hábitos de higiene.
4. Aumento de açúcar na saliva: Níveis altos de glicose salivar alimentam bactérias, o que eleva o risco de cáries e agrava infecções bucais.
5. Mau hálito: O hálito cetônico, com odor adocicado ou semelhante a frutas passadas, é um sinal de glicemia descontrolada e deve ser um alerta importante para investigar o diabetes.
6. Demora na cicatrização: Feridas, aftas ou cortes na boca que demoram a cicatrizar podem estar ligados ao comprometimento do sistema circulatório e imunológico provocado pelo diabetes descontrolado.
7. Aftas e lesões bucais recorrentes: O aparecimento frequente de aftas e machucados é mais comum em pessoas diabéticas, especialmente em momentos de instabilidade do quadro.

Outros sinais que merecem atenção incluem retração gengival precoce, infecções fúngicas (como candidíase oral) e sensação de queimação ou gosto metálico na boca.

Gengivite e controle do diabetes

Manter a boca saudável não apenas previne complicações orais, mas também ajuda a estabilizar os níveis de glicose. Isso ocorre porque infecções bucais geram pequenas inflamações crônicas no corpo, o que pode dificultar o controle da glicemia.

A gengivite e o diabetes estão diretamente relacionados. O excesso de açúcar no sangue alimenta as bactérias, inflamando o tecido gengival. Se a inflamação não for tratada, ela pode evoluir para problemas periodontais mais graves e resultar na perda dentária.

Prevenção e cuidados na rotina

Pessoas que convivem com o diabetes ou que identificam esses sinais devem redobrar a atenção com a higiene bucal:

• Escovação: Mantenha a escovação rigorosa após cada refeição.
• Fio dental: Use-o diariamente.
• Hidratação: Mantenha-se bem hidratado para combater a boca seca. Enxaguantes bucais sem álcool também podem ajudar.
• Dieta: Evite o consumo de alimentos e bebidas açucaradas.
• Glicemia: Mantenha a glicemia controlada com o acompanhamento médico e nutricional.

Quando procurar um dentista

O dentista é um profissional fundamental para o diagnóstico precoce. Procure um sempre que notar mudanças persistentes na sua boca, como sangramentos espontâneos, lesões que não cicatrizam, dor sem motivo claro ou sinais de perda dentária.

O profissional de odontologia pode investigar sintomas iniciais, diagnosticar infecções bucais e, se necessário, encaminhar para o diagnóstico médico da condição. Observar a boca pode ser o primeiro passo para um diagnóstico precoce e para evitar complicações em todo o organismo.

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