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Fim do Bolsa Família e BPC? Descubra o Impacto das Novas Mudanças do Governo

Alterações propostas pelo Projeto de Lei n.º 3.619/2023, confira

Uma nova legislação aprovada recentemente pelo Senado Federal pode desencadear transformações profundas no cenário dos programas de assistência social no Brasil. O Projeto de Lei n.º 3.619/2023, que recebeu aval dos legisladores, promove ajustes cruciais no cálculo da renda familiar, impactando diretamente o acesso a iniciativas como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Repercussões para o Bolsa Família

De acordo com as novas diretrizes, os valores auferidos por meio do BPC serão excluídos do cômputo da renda familiar durante o processo de avaliação para ingresso no Bolsa Família. Essa medida visa ampliar as possibilidades de famílias beneficiárias do BPC serem contempladas pelo programa de transferência de renda condicionada.

Benefício de Prestação Continuada (BPC) em Destaque

O BPC, gerenciado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é um recurso destinado a idosos e indivíduos com deficiência em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Com a aprovação do projeto de lei, espera-se que o benefício cumpra seu papel de assistência sem prejudicar o acesso ao Bolsa Família, mesmo em casos de precariedade financeira.

Entendendo os Critérios do Bolsa Família

Para compreender plenamente os impactos das mudanças propostas, é essencial revisar os requisitos atuais do Bolsa Família. O programa visa atender famílias cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse R$ 218. Isso significa que a renda total da família, dividida pelo número de integrantes, deve ser inferior a esse valor.

Um exemplo prático pode ilustrar melhor essa situação. Considere o caso de uma mãe sozinha, responsável por três filhos pequenos, que trabalha como diarista e aufere uma remuneração mensal de R$ 800. Como os filhos não possuem renda, esse montante de R$ 800 representa a renda total da família. Ao dividir essa quantia pelo número de pessoas na residência (quatro), obtém-se uma renda per capita de R$ 200. Como esse valor é inferior a R$ 218, essa família atenderia ao critério de renda e teria direito ao Bolsa Família.

No entanto, é importante ressaltar que as famílias beneficiárias também devem cumprir compromissos nas áreas de saúde e educação, como:

  • Realização do acompanhamento pré-natal;
  • Cumprimento do calendário nacional de vacinação;
  • Acompanhamento do estado nutricional de crianças menores de 7 anos;
  • Garantia de frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 5 anos e 75% para beneficiários de 6 a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;
  • Manutenção atualizada do Cadastro Único (pelo menos a cada 24 meses).

Valores e Regras do Bolsa Família em 2024

Com o reajuste anual do salário mínimo, espera-se que o valor máximo do Bolsa Família também seja ajustado. Caso o salário mínimo de 2024 seja confirmado em R$ 1.412, as famílias poderão receber até esse montante por meio do programa, desde que atendam aos critérios estabelecidos.

Saiba mais sobre o  BPC e suas Regras

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um recurso essencial para idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para ter acesso ao BPC em 2024, os interessados devem respeitar o limite de renda familiar per capita mensal de R$ 353, caso o salário mínimo seja realmente fixado em R$ 1.412.

Além disso, é imprescindível estar registrado no Cadastro Único (CadÚnico), que avalia diversos aspectos, como:

  • Situações de vulnerabilidade nas relações familiares;
  • Nível de oferta de serviços comunitários e sua adaptação;
  • Carência econômica e gastos relacionados à condição;
  • Idade;
  • Análise da história da deficiência;
  • Aspectos relativos à ocupação e potencial para o trabalho.
o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
                                                                   o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Imagem: Freepik

Veja as Regras e as Possibilidades para Acumulação do BPC e Bolsa Família

Uma das questões mais relevantes diante das mudanças propostas é a possibilidade de acumular os benefícios do BPC e do Bolsa Família. De acordo com as regras atuais, os beneficiários do BPC podem receber o Bolsa Família, desde que a renda familiar por pessoa seja inferior ao limite estabelecido pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) para o BPC.

Além disso, duas pessoas da mesma família podem receber o BPC simultaneamente, uma vez que o benefício não é contabilizado no cálculo da renda per capita familiar nessa situação específica.

Existem ainda casos em que o BPC tem sido concedido mesmo quando a renda familiar ultrapassa o limite de ¼ do salário mínimo por integrante. Isso ocorre quando há comprovação de gastos elevados com saúde, como medicamentos de alto custo não fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fraldas geriátricas, alimentação parenteral e equipamentos médicos.

Em resumo, desde que os critérios de renda e regras de ambos os benefícios sejam respeitados, é possível receber o BPC e o Bolsa Família simultaneamente.

Impactos das Mudanças para os Beneficiários do Bolsa Família e BPC

As alterações propostas pelo Projeto de Lei n.º 3.619/2023 têm o potencial de gerar impactos significativos para os beneficiários do Bolsa Família e do BPC. Ao excluir os valores recebidos do BPC do cálculo da renda familiar, espera-se que mais famílias em situação de vulnerabilidade possam ser contempladas pelo Bolsa Família.

Essa medida visa garantir que o BPC cumpra seu papel de assistência sem prejudicar o acesso a outros programas sociais, mesmo em casos de precariedade financeira. No entanto, é crucial que os beneficiários estejam cientes das novas regras e requisitos para garantir a continuidade do recebimento dos benefícios.

Mudanças para o Bolsa Família e o BPC: um passo importante enova eficiente no Brasil

As mudanças propostas para o Bolsa Família e o BPC representam um passo importante na busca por um sistema de assistência social mais abrangente e eficiente no Brasil. No entanto, é crucial que essas alterações sejam implementadas de forma cuidadosa e transparente, levando em consideração as necessidades e desafios enfrentados pelas famílias em situação de vulnerabilidade.

É essencial que as autoridades responsáveis, em parceria com a sociedade civil e outras organizações, trabalhem em conjunto para garantir o acesso contínuo aos benefícios, a comunicação clara das novas regras e o monitoramento constante dos impactos dessas mudanças.

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Elis Ferreira

Graduada em Pedagogia e especialista de conteúdos relacionados a empregos , concursos e benefícios sociais.

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