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Estudo aponta que Ozempic e Wegovy podem reduzir risco de demência

A pesquisa abriu novas perspectivas para o tratamento de doenças neurodegenerativas

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A semaglutida, princípio ativo presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy, mostrou ter mais benefícios do que apenas o controle da diabetes tipo 2 e a perda de peso. Uma pesquisa recente realizada pela Universidade Case Western Reserve Of Medicine, nos Estados Unidos, apontou que o medicamento pode ajudar a reduzir a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer e outras formas de demência. A pesquisa, que envolveu 1,7 milhão de pacientes, abriu novas possibilidades para o tratamento de doenças neurodegenerativas.

A nova pesquisa sobre Ozempic e Wegovy

O estudo, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease em 24 de junho, analisou dados de pacientes com diabetes tipo 2 ao longo de três anos. Os resultados indicaram que aqueles que usaram semaglutida apresentaram um risco menor de desenvolver demência quando comparados a pacientes que utilizaram outros medicamentos para o controle da diabetes. Esse achado é importante, pois a diabetes tipo 2 é conhecida por estar associada ao aumento do risco de declínio cognitivo e demência, devido à neurodegeneração causada pela doença.

O impacto da diabetes tipo 2 na função cognitiva

A diabetes tipo 2 provoca mudanças na função vascular e no metabolismo da glicose, afetando diretamente a sinalização celular da insulina, o que contribui para o desgaste do cérebro ao longo do tempo. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta que, com o agravamento da doença, a probabilidade de deterioração cognitiva aumenta, o que pode culminar em demência.

Mas intervenções no estilo de vida, como uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas, são capazes de minimizar esse risco, ao lado de medicamentos como a semaglutida.

O papel da Semaglutida

Semaglutida é um medicamento utilizado no controle da diabetes tipo 2 e na perda de peso. Mas, como mostrado pela pesquisa, ele pode ser mais eficiente do que outras opções de tratamento no que se refere à proteção do cérebro. A semaglutida age de forma a regular a produção de insulina e controlar os níveis de glicose no sangue.

Resultados do estudo

Os pesquisadores compararam os efeitos da semaglutida com sete outros medicamentos utilizados no tratamento da diabetes tipo 2. A pesquisa demonstrou que a semaglutida apresentou os melhores resultados, especialmente entre mulheres e idosos.

Pacientes que fizeram uso semanal da semaglutida tiveram uma redução importante no risco de desenvolver demência. Isso demonstra que, além de controlar a diabetes, o medicamento tem um impacto positivo sobre a saúde do cérebro.

A importância do diagnóstico precoce

O Alzheimer e outras formas de demência são doenças progressivas, cujos sintomas podem ser mais evidentes a partir dos 70 anos. Mas é possível que sinais da doença apareçam em pessoas mais jovens, por volta dos 30 anos. O diagnóstico precoce é importante para retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Entre os sintomas mais comuns estão a perda de memória, desorientação, dificuldade para tomar decisões e mudanças no comportamento. Em casos mais avançados, pode haver também agressividade e dificuldades para realizar tarefas cotidianas.

Novos caminhos para a prevenção de demência

Embora os resultados do estudo sejam promissores, os cientistas enfatizam que ainda é cedo para afirmar que a semaglutida pode prevenir completamente a demência. O estudo conduzido foi observacional e baseado em dados de pacientes, porém, mais ensaios clínicos controlados são necessários para confirmar esses achados.

A professora Rong Xu, líder da pesquisa, destacou a importância do estudo, pois ele apresenta uma nova perspectiva sobre a possível ação neuroprotetora da semaglutida, algo importante, uma vez que não há tratamento eficaz para a demência.

A pesquisa sobre semaglutida oferece novas perspectivas para o tratamento de doenças neurodegenerativas.
Imagem: Freepik

A possibilidade de a semaglutida, presente no Ozempic e Wegovy, oferecer uma proteção adicional ao cérebro abre um caminho interessante para o tratamento de doenças neurodegenerativas, especialmente entre pessoas com diabetes tipo 2. Porém, como com qualquer novo tratamento, é importante a cautela e mais investigações para garantir sua real eficácia.

Quezia Andrade

Biomédica CRBM2 nº 17394. Redatora especialista de conteúdos de Estética e Nutrição do grupo Sena Online.

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