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Energia elétrica gratuita para 60 milhões via Tarifa Social; saiba como funciona

Além dos descontos e gratuidade, o programa Luz do Povo traz outros avanços! Confira.

Milhões de brasileiros já sentem, no bolso e no dia a dia, os efeitos da energia elétrica gratuita, resultado da ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica, promovida pelo programa Luz do Povo. Desde julho de 2025, cerca de 60 milhões de pessoas passaram a ter direito ao benefício, que isenta do pagamento da energia quem mais precisa, aliviando as despesas fixas em lares de todas as regiões do país.

Segundo as novas regras, famílias de baixa renda podem consumir até 80 kWh por mês sem custos na conta de luz, desde que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais e atendam aos critérios de renda. O benefício contempla também idosos, pessoas com deficiência, comunidades indígenas e quilombolas.

O que é e quem pode receber a energia elétrica gratuita?

A Tarifa Social de Energia Elétrica do programa Luz do Povo, é uma política pública que democratiza o acesso à energia. Ela isenta do pagamento da energia as famílias inscritas no CadÚnico que tenham renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa e que consumam até 80 kWh/mês. A proposta prioriza lares em situação de vulnerabilidade, ampliando a rede de proteção social e combatendo desigualdades.

Idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também entram no universo de beneficiários. Além deles, populações indígenas, quilombolas cadastradas e famílias de sistemas isolados com geração por energia solar e baterias são contempladas.

Como funciona a Tarifa Social de Energia Elétrica?

O funcionamento é simples: ao se cadastrar corretamente no CadÚnico e atender ao limite de consumo mensal, a família recebe automaticamente a isenção na conta de luz. O desconto será aplicado pela própria distribuidora de energia. Importante lembrar que a gratuidade se refere apenas ao consumo de energia elétrica – taxas de iluminação pública e ICMS, que variam de acordo com a legislação local, seguem sendo cobradas à parte.

A partir de janeiro de 2026, a novidade será a ampliação do desconto médio de 12% para outras 55 milhões de pessoas, através do novo Desconto Social de Energia Elétrica, que isenta o pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em consumos de até 120 kWh/mês para famílias no CadÚnico com renda até um salário-mínimo por pessoa.

Mão apagando interruptor de luz próximo à placa com aviso sobre economia de energia
Em 2026 o programa visa ampliar o desconto para quem consome até 120 kwh/mês. Imagem: Agência Brasil.

Quais documentos e critérios para ter direito?

Para conquistar o benefício, é necessário estar com os dados atualizados no CadÚnico. Será preciso comprovar a renda familiar de até meio salário-mínimo por pessoa, além de portar RG, CPF e comprovante de residência. Em casos de idosos e pessoas com deficiência, o recebimento do BPC também valida o acesso à energia elétrica gratuita.

Para populações indígenas ou quilombolas, as regras seguem a mesma lógica, bastando a inscrição correta e ativa no sistema. O cadastro feito regularmente garante que a identificação seja automática pela concessionária, sem a necessidade de solicitações constantes.

Abertura do mercado e liberdade de escolha

Além dos descontos e gratuidade, o programa Luz do Povo traz outro avanço: a liberdade para o consumidor escolher de quem comprar a energia. Essa abertura ocorrerá em fases, começando pela indústria e comércio em agosto de 2026 e alcançando os consumidores residenciais até dezembro de 2027. O objetivo é promover competitividade e transparência nos preços, garantindo negociação direta e estímulo à melhoria dos serviços.

Pilares, equilíbrio e estabilidade para o setor elétrico

O novo modelo regulatório busca justiça tarifária, proteção do consumidor e sustentabilidade do setor. Todos os contratos de fornecimento atuais serão preservados, e as mudanças ocorrerão de maneira gradual e planejada. Assim, evita-se impactos abruptos e se assegura estabilidade para empresas e para a população.

A MP nº 1300/2025, que regulamenta essas ações, ainda está em tramitação no Congresso Nacional, mas já sinaliza um futuro mais justo no acesso à energia para todos os brasileiros. Questões como custos, subsídios e gradualismo nas mudanças estão detalhadas nessa medida provisória, preservando o equilíbrio entre interesses coletivos e do setor privado.

Os próximos anos reservam novidades, como a expansão dos descontos e a liberdade de compra, mas o grande objetivo permanece: garantir energia de qualidade como direito e não privilégio.

Perguntas Frequentes

  • Quem tem direito à energia elétrica gratuita? Beneficiários do CadÚnico com renda familiar até meio salário-mínimo por pessoa, idosos, pessoas com deficiência (BPC), indígenas e quilombolas cadastrados.
  • Para famílias com consumo acima de 80 kWh, há desconto? Sim, a partir de janeiro de 2026, famílias do CadÚnico poderão ter descontos médios de 12% no consumo até 120 kWh.
  • Preciso solicitar a Tarifa Social? Se o cadastro no CadÚnico estiver atualizado, o benefício é concedido automaticamente pela distribuidora de energia.
  • Quais custos podem ser cobrados mesmo com a isenção? Taxas de iluminação pública e ICMS, conforme leis estaduais e municipais, continuam sendo cobradas.
  • Indígenas e quilombolas têm regras diferentes? As regras de renda e cadastro são as mesmas; o benefício é garantido pela condição social e inclusão no CadÚnico.
  • E quem mora em áreas isoladas com geração solar? Famílias atendidas por sistemas isolados também são contempladas pela Tarifa Social, desde que estejam no CadÚnico.
  • Há risco de perder o benefício? Se houver descadastro, atualização incorreta ou consumo acima do limite, o benefício pode ser suspenso.
  • O benefício vale para consumidores rurais e urbanos? Sim, basta estar dentro do critério de renda, consumo e cadastro.
  • Quais documentos são obrigatórios para cadastro? RG, CPF, comprovante de residência e informações sobre composição familiar e renda.
  • A política é permanente? A medida depende de legislação e orçamento anual, mas está prevista para continuidade e aprimoramentos futuros.

Giovanna Costa

Graduanda em Letras pela UNEB. Redatora grupo Sena Online

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