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Eles deram o play: as músicas que embalaram a juventude dos idosos e ainda tocam o coração

Do rádio ao streaming: conheça as canções que marcaram época e continuam emocionando quem já viu muita sanfona, vinil e amor pela estrada

Se você acha que só os jovens têm playlists para todas as ocasiões, está na hora de rever seus conceitos. Os idosos, que viveram os tempos dourados do rádio, do vinil e das serestas, também têm suas trilhas sonoras favoritas. 

Estamos falando de músicas que atravessaram décadas, embalaram amores, marcaram festas de São João, carnavais e até viagens inesquecíveis. 

Hoje, essas canções continuam despertando emoções, seja no aparelho de som antigo, no rádio do carro ou no celular conectado ao streaming.

Conversamos com idosos e familiares para descobrir quais são os sons que não podem faltar no repertório da longevidade. Prepare-se para uma viagem musical que mistura nostalgia e atualidade.

Os clássicos que nunca saem de moda

Se existe algo capaz de unir diferentes gerações, é a música. E na lista dos maiores sucessos que ainda vivem no coração dos idosos, alguns nomes aparecem com destaque:

  • Luiz Gonzaga – O Rei do Baião segue imbatível. Asa Branca, A Vida do Viajante e Respeita Januário são hinos que muitos ainda sabem de cor.
  • Nelson Gonçalves – Com sua voz marcante, músicas como A Volta do Boêmio evocam memórias de antigos bailes e serenatas.
  • Roberto Carlos (anos 60 e 70) – É difícil encontrar quem não se emocione ao ouvir Detalhes ou Como É Grande o Meu Amor Por Você.
  • Ângela Maria e Dalva de Oliveira – Estão no repertório afetivo de muitas mulheres que cresceram ouvindo suas canções nas rádios.
Eles deram o play: as músicas que embalaram a juventude dos idosos e ainda tocam o coração
Ângela Maria e Dalva de Oliveira marcaram gerações. Imagem: YouTube

Das vitrolas ao app

Os tempos mudaram, e os discos de vinil deram lugar às playlists digitais. Mas os idosos também se adaptaram. Muitos contam com ajuda dos filhos e netos para criar listas no Spotify, Deezer e outros serviços.

E o repertório não se limita ao passado. Alguns idosos se apaixonaram por regravações e novos artistas que homenageiam os clássicos. Dominguinhos, Elba Ramalho, Zé Ramalho e até versões de forró universitário ajudam a manter viva essa conexão.

A música como ponte

Estudos apontam que ouvir músicas do passado pode ativar memórias e sentimentos positivos, ajudando na saúde mental e emocional dos idosos. As canções são gatilhos para recordar momentos felizes e manter o vínculo com suas raízes culturais.

Por isso, especialistas em gerontologia indicam: criar playlists personalizadas para os mais velhos é um ato de carinho. Vale reunir músicas que fizeram parte dos momentos marcantes da vida deles, como festas juninas, casamentos e até canções que embalaram amores da juventude.

Montando a playlist

Se você se animou para montar uma playlist para um familiar ou projeto, anote algumas sugestões que apareceram nas nossas conversas:

  • Asa Branca (Luiz Gonzaga)
  • A Volta do Boêmio (Nelson Gonçalves)
  • Detalhes (Roberto Carlos)
  • Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro)
  • Olhos nos Olhos (Chico Buarque)
  • Último Desejo (Noel Rosa)
  • Eu Só Quero Um Xodó (Dominguinhos)

Dicas para aproveitar

Não é só no coração que a música bate forte. Para muitos idosos, ela é sinônimo de movimento. As festas de São João, os bailes de carnaval e os forrós de antigamente eram oportunidades de socializar e se manter ativo. 

Hoje, academias e centros de convivência aproveitam essas trilhas sonoras para estimular a prática de dança e exercícios. 

Uma dica para quem quer criar uma playlist especial é reunir a família e transformar o momento em uma roda de conversa.

Pergunte sobre os bailes que eles frequentaram, os programas de rádio que ouviam e as primeiras músicas de amor. O resultado pode ser surpreendente, e cheio de histórias para contar.

Você também pode pegar essas dicas para montar uma festa surpresa para os seus avós e os amigos deles. Assim, você pode ajudá-los na tarefa de voltar no tempo e reviver bons momentos juntos. Para tanto, pergunte quais músicas marcaram as suas infâncias.

Aecio de Paula

Formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em Direitos Humanos com foco em discurso de defesa das minorias sociais em processos eleitorais internacionais.

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