Se você acha que só os jovens têm playlists para todas as ocasiões, está na hora de rever seus conceitos. Os idosos, que viveram os tempos dourados do rádio, do vinil e das serestas, também têm suas trilhas sonoras favoritas.
Estamos falando de músicas que atravessaram décadas, embalaram amores, marcaram festas de São João, carnavais e até viagens inesquecíveis.
Hoje, essas canções continuam despertando emoções, seja no aparelho de som antigo, no rádio do carro ou no celular conectado ao streaming.
Conversamos com idosos e familiares para descobrir quais são os sons que não podem faltar no repertório da longevidade. Prepare-se para uma viagem musical que mistura nostalgia e atualidade.
Os clássicos que nunca saem de moda
Se existe algo capaz de unir diferentes gerações, é a música. E na lista dos maiores sucessos que ainda vivem no coração dos idosos, alguns nomes aparecem com destaque:
- Luiz Gonzaga – O Rei do Baião segue imbatível. Asa Branca, A Vida do Viajante e Respeita Januário são hinos que muitos ainda sabem de cor.
- Nelson Gonçalves – Com sua voz marcante, músicas como A Volta do Boêmio evocam memórias de antigos bailes e serenatas.
- Roberto Carlos (anos 60 e 70) – É difícil encontrar quem não se emocione ao ouvir Detalhes ou Como É Grande o Meu Amor Por Você.
- Ângela Maria e Dalva de Oliveira – Estão no repertório afetivo de muitas mulheres que cresceram ouvindo suas canções nas rádios.
Das vitrolas ao app
Os tempos mudaram, e os discos de vinil deram lugar às playlists digitais. Mas os idosos também se adaptaram. Muitos contam com ajuda dos filhos e netos para criar listas no Spotify, Deezer e outros serviços.
E o repertório não se limita ao passado. Alguns idosos se apaixonaram por regravações e novos artistas que homenageiam os clássicos. Dominguinhos, Elba Ramalho, Zé Ramalho e até versões de forró universitário ajudam a manter viva essa conexão.
A música como ponte
Estudos apontam que ouvir músicas do passado pode ativar memórias e sentimentos positivos, ajudando na saúde mental e emocional dos idosos. As canções são gatilhos para recordar momentos felizes e manter o vínculo com suas raízes culturais.
Por isso, especialistas em gerontologia indicam: criar playlists personalizadas para os mais velhos é um ato de carinho. Vale reunir músicas que fizeram parte dos momentos marcantes da vida deles, como festas juninas, casamentos e até canções que embalaram amores da juventude.
Montando a playlist
Se você se animou para montar uma playlist para um familiar ou projeto, anote algumas sugestões que apareceram nas nossas conversas:
- Asa Branca (Luiz Gonzaga)
- A Volta do Boêmio (Nelson Gonçalves)
- Detalhes (Roberto Carlos)
- Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro)
- Olhos nos Olhos (Chico Buarque)
- Último Desejo (Noel Rosa)
- Eu Só Quero Um Xodó (Dominguinhos)
Dicas para aproveitar
Não é só no coração que a música bate forte. Para muitos idosos, ela é sinônimo de movimento. As festas de São João, os bailes de carnaval e os forrós de antigamente eram oportunidades de socializar e se manter ativo.
Hoje, academias e centros de convivência aproveitam essas trilhas sonoras para estimular a prática de dança e exercícios.
Uma dica para quem quer criar uma playlist especial é reunir a família e transformar o momento em uma roda de conversa.
Pergunte sobre os bailes que eles frequentaram, os programas de rádio que ouviam e as primeiras músicas de amor. O resultado pode ser surpreendente, e cheio de histórias para contar.
Você também pode pegar essas dicas para montar uma festa surpresa para os seus avós e os amigos deles. Assim, você pode ajudá-los na tarefa de voltar no tempo e reviver bons momentos juntos. Para tanto, pergunte quais músicas marcaram as suas infâncias.


















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