Dor nas costas pode ser sedentarismo? Veja o que dizem os especialistas
Especialistas se baseiam em estudos para traçar um paralelo entre dor nas costas e sedentarismo
Se você é idoso e sofre com dor nas costas, saiba que você não está sozinho. Especialmente a dor na lombar é uma das principais causas de incapacidade em todo o planeta, e vem se tornando um problema de saúde pública crescente especialmente no Brasil.
A prevalência desse quadro, que costuma impactar a mobilidade, a qualidade de vida e realização de tarefas diárias, gera uma grande preocupação diante do envelhecimento da população brasileira nos últimos anos.
Envelhecimento x aumento da dor nas costas
Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Brasil está vivenciando uma mudança no seu perfil demográfico. Há um inegável aumento da população com mais de 50 anos.
A consequência disso é que se espera que a incidência de dores nas costas também aumente com o passar dos anos, principalmente entre aqueles que mantém um estilo de vida mais sedentário.
O Ministério da Saúde indica que quase 37% dos brasileiros com mais de 50 anos enfrentam dores crônicas, com a dor lombar figurando entre as queixas mais recorrentes entre os idosos.
O sedentarismo é um fator de risco?
Sim. De acordo com os especialistas em saúde pública, o comportamento sedentário pode ser visto como um dos principais fatores que contribuem para a dor nas costas.
Muitos idosos costumam enfrentar dificuldades para adotar o estilo de vida ativo. A falta de espaços públicos adequados para a realização de atividades físicas, sobretudo para um público mais velho é comum em nossas cidades.
A verdade é que os estudos mostram que o sedentarismo enfraquece os músculos que sustentam a coluna vertebral. Por isso, os idosos acabam se tornando mas suscetíveis à dor.
Impactos econômicos
É importante analisar essa questão não apenas como um mero impacto para a saúde dos indivíduos. Isso porque existe também um impacto para a economia do país e para o bem-estar social.
Com mais idosos apresentando um quadro de dor muscular, existe uma redução da produtividade, além de um aumento dos custos com saúde pública para esse público.
A situação se torna ainda mais grave quando se considera o caso dos idosos de baixa renda, que devem enfrentar dificuldades no acesso a cuidados preventivos de fisioterapia, que são fundamentais para o manejo da dor crônica
Existe prevenção para dor nas costas?
Embora os especialistas sejam unânimes em dizer que o desafio é grande, existem vários caminhos para retardar os efeitos da dor nas costas.
A promoção de uma série de atividades físicas adequadas como caminhadas, alongamentos, e exercícios de força de baixa impacto, podem reduzir significativamente o risco de você desenvolver uma dor nas costas.
Além disso, você pode adotar hábitos diários como manter a postura correta, controlar o peso corporal e garantir a realização de atividades cotidianas. Tudo isso pode ser visto como estratégias eficazes contra a dor.
Do ponto de vista macro, cabe ao estado investir em políticas públicas que forneçam educação sobre a saúde, além do acesso ao programa de fisioterapia, e exercícios comunitários. Tudo isso pode fazer muita diferença.
Dor nas costas pode render aposentadoria?
Como dito, no Brasil a dor nas costas é uma das condições mais comuns entre os trabalhadores brasileiros. Portanto, é uma das principais causas de afastamento no trabalho.
Entretanto, para que essa condição seja reconhecida como motivo para aposentadoria por invalidez, é necessário que a dor seja considerada incapacitante e esteja documentada por uma série de laudos médicos.
Em regra geral, o INSS exige que a condição limite a capacidade de realizar atividades laborais de forma permanente. Por isso, por si só a dor nas costas não garante a aposentadoria. É necessário comprovar a gravidade e o impacto da mesma no dia a dia do indivíduo.