CNH

Dirigir é um Prazer: Mas Até Quando? A Ciência Responde

A decisão de parar de dirigir por causa da idade nem sempre é fácil. Veja o que dizem os especialistas

Para muitos brasileiros, dirigir é um ato de prazer,  de lazer, ou mesmo um meio de subsistência. Até mesmo por isso, é natural que a decisão de parar de dirigir por causa da idade seja tão difícil de ser tomada.

Essa decisão é complexa, justamente porque envolve uma série de fatores, como as condições de saúde, as habilidades motoras, e claro, a legislação vigente no Brasil.

No nosso país, não existe uma idade limite estabelecida por lei para que o idoso deixe de dirigir. Mas é preciso lembrar que a legislação brasileira prioriza a avaliação individual das condições físicas e metais do condutor, independente da idade.

Como funciona a renovação da CNH

A cada renovação da CNH, os motoristas, sobretudo os mais idosos, são submetidos a exames médicos e psicológicos.

O objetivo desses exames é justamente avaliar a capacidade do condutor de operar um veículo de forma segura. Por isso, é muito importante que o idoso seja sincero ao responder perguntas e ao realizar os testes.

São justamente essas avaliações que vão definir se você está apto a seguir dirigindo, e se não vai colocar em risco a vida de outras pessoas.

Sinais de que você precisa parar de dirigir

Como dito, não existe na legislação brasileira uma regra de data limite para que o cidadão deixe de dirigir. Mesmo porque os sinais podem aparecer para diferentes pessoas em diferentes momentos da vida.

Abaixo, você pode conferir alguns detalhes importantes que devem ligar o sinal amarelo para todos os motoristas, independente da idade:

  • Dificuldade de visão: Problemas de visão, como catarata, glaucoma ou presbiopia, podem comprometer a capacidade de enxergar com clareza, especialmente à noite ou em condições de baixa luminosidade.
  • Diminuição da audição: A perda auditiva pode dificultar a percepção de sons importantes, como buzinas, sirenes e outros avisos sonoros.
  • Redução dos reflexos: Com o avançar da idade, os reflexos tendem a diminuir, o que pode comprometer a capacidade de reagir rapidamente a situações inesperadas no trânsito.
  • Doenças crônicas: Doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos podem causar tonturas, desmaios ou outros sintomas que podem afetar a capacidade de dirigir.
  • Uso de medicamentos: Alguns medicamentos podem causar sonolência, tontura ou outros efeitos colaterais que comprometem a capacidade de dirigir.
  • Dificuldade de concentração: A dificuldade de concentração, comum em algumas doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, pode levar a erros de direção.
Dirigir é um Prazer: Mas Até Quando? A Ciência Responde
É importante manter os exames de vista sempre atualizados. Imagem: Tânia Rego/ Agência Brasil

A decisão familiar

A decisão de parar de dirigir não é das mais fáceis e pode gerar até mesmo conflitos familiares. Nesse sentido, é muito importante que a família converse abertamente sobre o assunto, e ofereça apoio ao idoso de forma incondicional.

Ao idoso, é fundamental compreender que a sua segurança é a prioridade e que existem outras formas de se locomover.

Alternativas ao ato de dirigir

Em um primeiro momento, parar de dirigir pode até soar como uma perda de liberdade para muitas pessoas. Mas o fato, é que existem várias maneiras de se locomover para onde você quiser sem que você precise ser o condutor do veículo.

Abaixo, você pode conferir algumas alternativas que podem garantir a sua mobilidade:

  • Transporte público: Ônibus, metrô e trem são opções acessíveis e eficientes para se locomover em grandes cidades.
  • Táxi: Os aplicativos de táxi facilitam a solicitação de um veículo e oferecem segurança e comodidade.
  • Caronas: Amigos e familiares podem oferecer caronas para o idoso realizar suas atividades do dia a dia.
  • Serviços de transporte para idosos: Algumas cidades oferecem serviços de transporte específicos para idosos, com veículos adaptados e horários flexíveis.

Caso o ato de parar de dirigir deixe o idoso triste a ponto de atrapalhar a sua vivência dentro da família, a dica é procurar um profissional de saúde que vai oferecer apoio e orientação nesse processo.

Aecio de Paula

Formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em Direitos Humanos com foco em discurso de defesa das minorias sociais em processos eleitorais internacionais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo