Diabéticos terão direito a bolsa-alimentação? Entenda projeto de lei
O objetivo é facilitar o acesso a uma alimentação adequada.
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O bolsa-alimentação para diabéticos, projeto de lei apresentado pelo deputado Leo Prates (PDT-BA), pretende facilitar o acesso a uma alimentação adequada para pessoas diagnosticadas com diabetes, essencial no controle da doença. A implementação do programa será administrada em conjunto pelos ministérios da Saúde e da Agricultura. A proposta inclui a distribuição mensal de cestas básicas que conterão alimentos essenciais para uma dieta equilibrada para pacientes em vulnerabilidade social que estão cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS).
Promoção da agricultura familiar: O projeto prioriza a aquisição de produtos provenientes da agricultura familiar, o que pode beneficiar pequenos produtores e fortalecer as comunidades rurais e a economia local.
Prevenção de complicações: Ao garantir uma alimentação adequada, espera-se reduzir a incidência de complicações associadas à diabetes, como problemas cardiovasculares.
Conteúdo das cestas
Legumes e Verduras: Essenciais para uma alimentação rica em fibras e nutrientes.
Frutas selecionadas: Importantes para o fornecimento de vitaminas e minerais.
Grãos Integrais: Contribuem para a saciedade e controle glicêmico.
Proteínas Magras: Como peixes e aves, que são benéficas para a saúde geral.
Adoçantes Naturais ou Artificiais: Para que os diabéticos possam adoçar suas refeições sem comprometer a saúde.
A alimentação saudável é essencial para diabéticos no controle da doença. Freepik.
Orçamento do bolsa-alimentação
O projeto estabelece que o programa será financiado com recursos orçamentários próprios, além de poder
receber doações e firmar parcerias com entidades privadas e organizações não governamentais que apoiam a saúde pública e a agricultura familiar.
Melhora na qualidade de vida
Ter acesso e consumir os alimentos certos ajuda a estabilizar os níveis de glicose no sangue, melhora a qualidade de vida e reduz o risco de doenças associadas. Entre os benefícios estão:
Controle da glicemia: Uma dieta equilibrada ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue dentro da faixa saudável.
Prevenção de complicações: Alimentação adequada reduz o risco de doenças cardiovasculares, neuropatias e outras complicações do diabetes.
Manutenção do peso: Controlar o peso corporal é essencial para evitar resistência à insulina e agravamento da condição.
Regulação do metabolismo: Nutrientes adequados auxiliam na função da insulina e no equilíbrio energético do organismo.
Melhora da qualidade de vida: Dieta saudável proporciona mais disposição, bem-estar e reduz sintomas associados ao descontrole glicêmico.
Evita picos de glicose: O consumo balanceado de carboidratos de baixo índice glicêmico previne oscilações bruscas nos níveis de açúcar.
Redução da necessidade de medicamentos: Uma alimentação adequada pode diminuir a dependência de insulina e outros medicamentos.
Fortalecimento do sistema imunológico: Nutrientes essenciais contribuem para a defesa do organismo contra infecções e inflamações.
Consequências da má alimentação em diabéticos
Quando a dieta não é adequada, seja pela falta de cuidado ou recursos, os níveis de glicose no sangue podem ficar descontrolados, aumentando o risco de complicações graves:
Descontrole da glicemia: Oscilações nos níveis de açúcar no sangue, elevando o risco de hipoglicemia ou hiperglicemia.
Doenças cardiovasculares: Maior chance de infarto, AVC e hipertensão devido ao excesso de açúcar e gordura no organismo.
Neuropatia diabética: Danos nos nervos que podem causar dor, formigamento e perda de sensibilidade, especialmente nos pés.
Retinopatia diabética: Problemas na visão que podem levar à cegueira devido ao comprometimento dos vasos sanguíneos dos olhos.
Nefropatia diabética: Prejuízo ao funcionamento dos rins, podendo evoluir para insuficiência renal.
Pé diabético: Feridas de difícil cicatrização nos pés, que podem levar a infecções graves e até amputação.
Maior suscetibilidade a infecções: Sistema imunológico enfraquecido, aumentando o risco de infecções na pele, gengivas e trato urinário.
Complicações digestivas: Problemas como constipação, diarreia ou gastroparesia (retardo no esvaziamento do estômago).
Dificuldade na cicatrização: Feridas e cortes demoram mais para cicatrizar, aumentando o risco de infecções.
Alterações cognitivas: A longo prazo, o descontrole da glicose pode contribuir para problemas de memória e aumentar o risco de demência.
E quando se tornará lei?
O projeto será avaliado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Saúde; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania e, para se tornar lei, precisa ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.