O novo modelo de crédito habitacional em análise pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugere a definição de um prazo mais flexível para a utilização dos recursos da poupança pelas instituições financeiras.
A mudança estabelece que os bancos terão um prazo de cerca de cinco anos para usar livremente os recursos da poupança, mas precisarão manter um volume equivalente de financiamentos habitacionais concedidos.
A proposta deve ser oficializada até o final de agosto de 2025 durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). O novo sistema promete aumentar a oferta de crédito para compra de imóveis e facilitar o acesso dos brasileiros à casa própria.
Hoje, os bancos são obrigados a direcionar pelo menos 65% dos recursos da poupança para financiamentos imobiliários. Além disso, precisam deixar 20% do valor depositado no Banco Central como depósito compulsório. Esse modelo existe há décadas e criou uma dependência direta entre o dinheiro guardado na poupança e a oferta de crédito para compra de imóveis.
Essa obrigação limita a atuação dos bancos, que não podem aplicar esses recursos em outras operações mais rentáveis. O resultado é que o volume de crédito disponível fica amarrado ao saldo existente nas cadernetas de poupança dos brasileiros.
No novo modelo, a poupança não será mais direcionada exclusivamente para o crédito imobiliário, nem haverá exigência de depósito compulsório. O dinheiro da caderneta ficará sem restrições, permitindo que os bancos o utilizem em outras aplicações com maior rentabilidade, desde que tenham liberado financiamentos habitacionais no valor equivalente.
O período de cinco anos é o tempo que os bancos terão para usar os recursos da poupança livremente. Depois desse período, para manter esse benefício, as instituições deverão oferecer novos financiamentos imobiliários. Se não cumprirem essa exigência, perdem o direito de usar a poupança de forma livre.
Esse mecanismo cria um incentivo permanente para que os bancos aumentem a oferta de crédito habitacional. Ao final do prazo de cinco anos, os bancos precisarão financiar novos imóveis não apenas para acessar recursos adicionais, mas também para continuar utilizando aqueles que já foram aplicados.
Um exemplo simples ajuda a entender o mecanismo: o banco empresta R$ 100 em crédito imobiliário usando recursos captados no mercado através de LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Ao fazer esse financiamento, o banco ganha o direito de usar R$ 100 dos depósitos de poupança em recursos livres.
O governo espera que o novo modelo faça o crédito imobiliário crescer. Atualmente, o estoque de crédito habitacional representa apenas 10% do PIB brasileiro (Produto Interno Bruto), bem menor do que países como Chile, Colômbia e África do Sul, onde o percentual varia entre 20% e 30% do PIB.
Segundo estimativas do governo, o Brasil pode duplicar o volume de crédito habitacional em um período de dez anos. Isso significa muito mais dinheiro disponível para financiamentos e mais brasileiros conseguindo comprar a casa própria.
Os lucros que os bancos obterão ao investir a poupança em operações mais rentáveis serão destinados a manter os juros do crédito habitacional em níveis mais baixos. Dessa forma, mesmo com as mudanças no mercado, as taxas de financiamento devem permanecer atrativas para os consumidores.
O aumento na oferta de crédito também deve resultar em mais opções de financiamento. Os bancos poderão criar novos produtos adaptados às diferentes necessidades dos clientes, com prazos e condições variadas.
A mudança não acontecerá de uma vez. A transição será gradual, acompanhando o ritmo de quitação dos contratos atuais. Hoje, o estoque de crédito com recursos da poupança soma cerca de R$ 800 bilhões. Desse total, aproximadamente R$ 40 bilhões são pagos e emprestados novamente todos os anos.
Os últimos detalhes estão sendo ajustados pela Casa Civil, pelos ministérios da Fazenda e das Cidades, pelo Banco Central e pela Caixa Econômica Federal. Todos os contratos de financiamento já existentes continuarão seguindo as regras antigas até o final.
As regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), responsável pelo financiamento de imóveis de até R$ 1,5 milhão, não sofrerão alterações. Os limites de valor, condições de taxas, prazos e garantias continuam os mesmos. A mudança afeta apenas a forma como os bancos usam os recursos da poupança.
Segundo Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que o novo sistema tem capacidade de tornar o Brasil mais parecido com outros países no mercado de crédito imobiliário. A modernização do sistema deve beneficiar milhões de famílias brasileiras nos próximos anos.
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