Estética

Cortar o cabelo faz ele crescer mais rápido? O que dizem os especialistas

Existe uma ideia largamente difundida de cortar o cabelo pode fazer com que ele cresça mais rápido. É verdade?

Quem nunca ouviu que “tem que cortar as pontas todo mês para o cabelo crescer”? Essa crença é passada de geração em geração, quase como uma verdade absoluta. Mas será que cortar o cabelo realmente faz ele crescer mais rápido? 

A resposta curta é: não, pelo menos não diretamente. Para entender melhor, é preciso mergulhar na biologia dos fios, conversar com especialistas e separar os mitos das verdades.

O que se sabe, de fato? 

O crescimento do cabelo acontece na raiz, dentro do couro cabeludo, e não nas pontas. Segundo dermatologistas, o folículo piloso, estrutura responsável pela produção do fio, é o único ponto onde ocorre o crescimento capilar. Portanto, cortar as pontas não interfere biologicamente na velocidade do crescimento.

De acordo com dermatologistas, a média de crescimento capilar é de cerca de 1 a 1,5 cm por mês, independentemente do corte. Esse ritmo pode variar por fatores como genética, hormônios, alimentação e saúde geral do organismo.

Então por que dizem que cortar o cabelo ajuda? 

Apesar de não acelerar o crescimento em si, cortar o cabelo pode dar a impressão de que os fios crescem mais saudáveis e até mais rápido. Isso acontece por alguns motivos:

  • Evita a quebra das pontas: 

Fios com pontas duplas ou ressecadas se partem com mais facilidade, o que faz o cabelo “encurtar” na prática. Cortando regularmente, evita-se essa quebra.

  • Melhora o aspecto do cabelo: 

Com as pontas mais uniformes, o fio parece mais cheio, alinhado e bonito, dando a sensação de que está crescendo melhor.

  • Facilita os cuidados: 

Fios danificados dificultam a escovação e o penteado, o que pode levar a mais quebra. Cortar ajuda a manter a saúde geral do cabelo.

Cortar pouco ou muito: existe um parâmetro ideal? 

Não há um número mágico, mas os especialistas recomendam um corte leve a cada 8 a 12 semanas, especialmente para quem está deixando o cabelo crescer. 

O objetivo não é cortar o comprimento, mas manter as pontas saudáveis e prevenir danos maiores.

Para quem faz uso de química (alisamentos, tinturas, descolorações), a manutenção deve ser ainda mais cuidadosa, já que esses procedimentos deixam os fios mais frágeis. 

Nesses casos, a regularidade do corte ajuda a preservar a integridade do cabelo ao longo do tempo.

Cortar o cabelo faz ele crescer mais rápido? O que dizem os especialistas
Existem vários mitos envolvendo a prática do corte de cabelo. Imagem: Shutterstock

Mitos comuns sobre corte de cabelo

Este não é, no entanto, o único mito que costuma circular com força nas redes sociais. Quando o assunto é corte de cabelo, muitos “especialistas” acabam divulgando informações erradas. Veja abaixo as mais famosas: 

“Se raspar a cabeça, o cabelo cresce mais forte”

Falso. O fio novo que nasce após a raspagem pode parecer mais grosso, mas é apenas a impressão causada pela extremidade ainda reta e curta.

“Cortar na lua cheia faz crescer mais rápido”

Não há comprovação científica de que fases da lua influenciem o crescimento do cabelo. É uma crença popular sem base biológica.

“Cabelo cresce mais rápido no verão”

Verdade parcial. A circulação sanguínea tende a aumentar com o calor, o que pode estimular ligeiramente os folículos. Mas o efeito é discreto e não depende de corte.

O que realmente ajuda o cabelo a crescer? 

Se a sua meta é ter fios longos, foque em cuidados que agem de dentro para fora:

  • Tenha uma alimentação rica em proteínas, ferro e vitaminas do complexo B.
  • Evite estresse excessivo e noites mal dormidas.
  • Mantenha o couro cabeludo limpo e saudável.
  • Faça check-up médico se notar queda acentuada ou estagnação no crescimento.

Cortar o cabelo não é mágica para fazê-lo crescer, mas é parte importante do processo de manter os fios saudáveis. É como podar uma planta: não acelera o crescimento, mas evita que os danos se espalhem e melhora o desenvolvimento.

Aecio de Paula

Formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em Direitos Humanos com foco em discurso de defesa das minorias sociais em processos eleitorais internacionais.

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