Confusão mental em idosos: As estratégias para reconhecer e tratar os sintomas

Em um país cada vez mais envelhecido como o Brasil, é natural que alguns temas relacionados aos idosos comecem a chamar mais atenção das famílias brasileiras. 

Um dos temas que mais vêm chamando a atenção é a questão da confusão mental. Esse é um tipo de problema que precisa ser reconhecido de maneira precoce para que você consiga buscar tratamento adequado, melhorar significativamente a qualidade de vida dos idosos e até prevenir complicações mais graves.

O que é a confusão mental em idosos

De uma maneira geral, pode-se afirmar que a confusão mental é um estado de desorientação e de dificuldade para entender o que está acontecendo ao seu redor.

Entre os idosos, esse é um tipo de quadro que pode se manifestar por meio de esquecimentos frequentes, desorganização de pensamentos, e até mesmo perda da capacidade de realizar atividades simples que ele estava acostumado a fazer.

Especialistas alertam que a confusão mental não deve ser vista como uma parte normal da velhice. Mesmo os idosos que passam por esse tipo de situação precisam ser atendidos com cuidado porque eles também podem ser curados.

Quais são os sintomas

Existem vários sintomas que podem ajudar a identificar uma confusão mental entre os idosos. Veja algumas delas:

• Desorientação no tempo e no espaço: o idoso pode não saber em que dia da semana está ou onde se encontra.
• Esquecimentos frequentes: problemas com memória, como esquecer nomes, tarefas ou eventos recentes.
• Dificuldade de comunicação: o idoso pode ter problemas para encontrar palavras ou se expressar claramente.
• Alterações no comportamento: mudanças repentinas de humor ou agitação sem motivo aparente.
• Desorganização: o idoso pode deixar de realizar tarefas diárias ou mostrar confusão em realizar atividades que antes eram simples.

O que pode causar a confusão mental

Especialistas também alertam que a confusão mental pode ter diversas causas, que podem variar de acordo com as condições físicas e até mesmo emocionais. 

Algumas das principais causas incluem:

1. Delirium: Uma condição aguda que causa desorientação e confusão mental temporária. Frequentemente associada a hospitalizações, infecções ou efeitos colaterais de medicamentos.
2. Demência: A demência, incluindo o Alzheimer, é uma das causas mais comuns de confusão mental crônica. Ela envolve um declínio progressivo da função cognitiva e pode afetar a memória, o julgamento e as habilidades de pensamento.
3. Depressão: Muitas vezes negligenciada em idosos, a depressão pode causar sintomas de confusão, falta de motivação e alterações no comportamento.
4. Uso de medicamentos: Alguns medicamentos podem causar efeitos colaterais que afetam a clareza mental. É importante revisar os remédios prescritos regularmente.
5. Problemas de saúde não diagnosticados: Condições como infecções, problemas cardíacos ou desequilíbrios hormonais também podem desencadear episódios de confusão.

Como identificar confusão mental em idosos

Segundo especialistas, ao perceber algum sinal de confusão mental, a família deve procurar imediatamente ajuda médica. Isso deve acontecer sobretudo se a confusão é persistente.

Nesse sentido, é muito importante que os cuidadores e os próprios familiares observem o comportamento do idoso e registrem qualquer tipo de alteração. Esse tipo de registro pode ajudar o próprio médico a realizar um diagnóstico mais preciso.

Qual é o tratamento

Sim, existe tratamento para confusão mental. Mas é importante destacar que esses tratamentos só podem ser feitos sobre avaliação médica profissional.

Em alguns casos, é comum:

1. Tratamento de condições médicas subjacentes: Se a confusão é causada por uma infecção ou desequilíbrio físico, o tratamento adequado dessa condição pode resolver o problema.
2. Medicação: Em casos de demência, medicamentos como os inibidores da acetilcolinesterase podem ser prescritos para retardar o progresso da doença.
3. Apoio psicológico: Quando a confusão mental é causada por depressão ou ansiedade, o tratamento psicológico, como terapia cognitivo-comportamental, pode ser eficaz.
4. Alterações no estilo de vida: Manter uma rotina regular, estimular a mente com atividades cognitivas e garantir um ambiente seguro e tranquilo podem ajudar a minimizar os sintomas.
5. Revisão de medicamentos: Em casos onde os medicamentos são os culpados, ajustar a dosagem ou trocar de remédio pode fazer uma grande diferença. É fundamental consultar um médico ou farmacêutico.