Comunicado importante para os brasileiros que utilizam PIX
O Banco Central está analisando a possibilidade de permitir parcelamentos, pagamentos sem a necessidade de usar o aplicativo do banco e transferências automáticas.
O Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, está prestes a receber uma série de aprimoramentos significativos. De acordo com informações do Banco Central, várias novidades estão programadas para serem lançadas em fevereiro de 2025, com o objetivo de tornar as transações ainda mais práticas, seguras e abrangentes.
Pix por Aproximação: Agilidade e Conveniência
Uma das principais novidades que chegará em 2025 é o Pix por aproximação. Semelhante ao uso de cartões de crédito ou débito, esta modalidade permitirá que os usuários efetuem pagamentos apenas aproximando seus smartphones de uma maquininha de cobrança habilitada para NFC (Near Field Communication).
A grande vantagem desta funcionalidade é a rapidez e a praticidade. Não será mais necessário acessar o aplicativo bancário, tornando a transação muito mais ágil. De acordo com Angelo Russomanno, diretor de pagamentos para pessoa jurÃdica do Itaú Unibanco, “toda a experiência passará dos atuais 36 segundos para apenas 6 segundos”.
O Itaú Unibanco, inclusive, já planeja disponibilizar esta modalidade de pagamento nas máquinas da Rede a partir de outubro deste ano, antecipando o lançamento oficial.
Pix Recorrente e Parcelado: Flexibilidade e Controle
Outra novidade que está sendo estudada pelo Banco Central é o Pix parcelado. Esta funcionalidade permitirá que os usuários dividam seus pagamentos em várias parcelas, oferecendo maior flexibilidade financeira.
Além disso, o Pix recorrente, que já está sendo oferecido por algumas instituições financeiras, como o Itaú Unibanco, possibilitará o agendamento automático de pagamentos recorrentes, como contas de água, luz e gás. Esta modalidade será oficialmente lançada em junho de 2025.
Pix Automático: Simplificando Pagamentos Recorrentes
O Pix automático, previsto para chegar oficialmente em junho de 2025, funcionará como um débito automático para pagamentos recorrentes. Essa categoria promete simplificar o gerenciamento de contas mensais, poupando tempo e esforço para os usuários.
Embora o lançamento oficial esteja agendado para 2025, o Banco Central esclareceu que não há impedimentos para que as instituições financeiras ofereçam essas funcionalidades antes da data prevista, incentivando a inovação e a competição no mercado.
Crescimento Exponencial e Desafios de Segurança
O sucesso do Pix é inegável. Em 2023, foram realizadas 42 bilhões de transações via Pix, um aumento impressionante de 75% em relação ao ano anterior. Com um valor médio de R$ 420 por transação, o serviço já superou, em número de operações, cartões de crédito e débito, boletos, transferências e cheques.
No entanto, esse crescimento exponencial também trouxe desafios relacionados à segurança. Estima-se que cerca de 4 milhões de golpes envolvendo o Pix ocorreram nos últimos dois anos. Para combater esse problema, o Banco Central planeja lançar, a partir de novembro, um sistema de detecção de transações atÃpicas ou incompatÃveis com o perfil do cliente, amparado por inteligência artificial.
Além disso, será exigido o cadastro prévio do celular ou computador pessoal para transações acima de R$ 200, ou que ultrapassem o limite diário de R$ 1.000, visando impedir a atuação de golpistas mesmo que tenham acesso a login e senha do correntista.
Pix Internacional: Integrando-se ao Mundo
Outra iniciativa em desenvolvimento no Banco Central é o Pix internacional. O objetivo é integrar o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos a sistemas globais semelhantes, facilitando transações internacionais.
O Banco de Compensações Internacionais (BIS), uma espécie de banco central dos bancos centrais, está desenvolvendo um programa para conectar vários sistemas de pagamento instantâneo pelo mundo. Segundo o BIS, esses sistemas já estão disponÃveis em cerca de 70 paÃses.
Pix Saque e Pix Troco: Ampliando o Acesso
Para aumentar ainda mais a capilaridade dos pontos de saque, principalmente em municÃpios com baixa presença de instituições financeiras, o Banco Central criou o Pix saque e o Pix troco.
O Pix saque permite que o usuário faça um Pix para uma empresa, que entrega de volta dinheiro fÃsico, como em uma retirada em um caixa eletrônico. Já no Pix troco, é possÃvel fazer um pagamento acima do valor de compra, recebendo a diferença em papel-moeda.
Portabilidade de Chaves Pix
Desde o lançamento do Pix, foram realizadas aproximadamente 35 milhões de portabilidades de chaves entre instituições. Segundo o Banco Central, os usuários têm preferência por chaves aleatórias (371 milhões), seguidas por celular (144 milhões) e CPF (137 milhões de chaves).