Saúde

Compra de remédios no mercado? Proposta promete mexer com a inflação

Proposta que chegou ao governo federal prevê a disponibilização de remédios para vende em supermercados

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) publicou um novo comunicado na quarta-feira (22) reforçando uma proposta feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ideia é que o governo federal passe a permitir a venda de remédios em supermercados.

É isso mesmo que você acabou de ler. A proposta geral da Abras é que pessoas de todas as idades e classes sociais passem a ter o direito de comprar remédios em supermercados. A medida, segundo a Abras, teria potencial de reduzir o preço dos alimentos e a inflação.

No documento apresentado, a Associação afirma que a venda de remédios sem receita nos supermercados poderia reduzir os preços em 35%.

“As propostas que apresentamos têm o potencial de gerar um impacto significativo, não só no controle da inflação, mas também na criação de empregos e no fortalecimento de uma economia mais justa e sustentável”, disse o presidente da Abras, João Galassi.

“Estamos confiantes de que, com o apoio do Governo Federal, essas medidas serão implementadas de forma eficaz e trarão benefícios diretos para as famílias, especialmente para aquelas de baixa renda”, seguiu ele. 

Corrida do governo federal

Em sua primeira reunião ministerial do ano, realizada ainda na semana passada, o presidente Lula deixou claro que a prioridade para todos os Ministérios é criar mecanismos para reduzir os preços dos alimentos no supermercado.

Na quarta-feira (22), o ministro chefe da casa civil, Rui Costa, anunciou que o governo deverá implementar um conjunto de intervenções para reduzir os preços desses alimentos. Em dezembro, por exemplo, a alta levou alimentos e bebidas a liderarem a inflação.

No final do ano passado, esse aumento da inflação levou alimentos e bebidas a uma alta de 1,18% em seus valores, de acordo com o IPCA medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Compra de remédios no mercado? Proposta promete mexer com a inflação
Lula estuda maneiras de baratear os preços dos alimentos. Imagem: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Remédios para idosos

Para boa parte dos idosos brasileiros, a ideia de vender remédios em supermercados pode ser um bom indicativo de que ao menos uma parte dos medicamentos que são usados podem ter uma redução significativa de preços.

Mas é preciso ter calma diante dessa situação. Como dito, essa não é uma proposta do governo federal, mas de uma associação que representa os supermercados. O tema ainda será debatido dentro do poder executivo, e pode ser aprovado ou não 

Remédios mais baratos

Atualmente, já existem alguns programas de barateamento dos preços dos remédios. No Farmácia Popular, por exemplo, é possível comprar medicamentos e insumos gratuitamente, ou com descontos consideráveis.

De acordo com o Ministério da Saúde, não é necessário realizar nenhum tipo de inscrição para fazer parte do Farmácia Popular. Seja do Bolsa Família ou não, o fato é que o cidadão precisa apenas localizar uma farmácia que tenha convênio com o sistema e solicitar o remédio de acordo com as regras do programa.

É importante que o cidadão leve consigo os seus documentos pessoais, como RG e CPF, e também tenha em mãos a receita médica assinada por um profissional médico seja da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) ou mesmo da rede privada.

Mudanças no Farmácia Popular

Ainda em 2023,  o governo federal decidiu aplicar uma série de novidades no projeto.

A principal mudança foi a liberação de todos os remédios para os usuários do Bolsa Família. Antes, estes cidadãos poderiam pegar alguns remédios de maneira gratuita, e outros com descontos. Agora, todas as medicações estarão disponíveis gratuitamente para os mais de 20 milhões de usuários que fazem parte do programa.

Outro ponto de mudança é a liberação de novos remédios gratuitos para mulheres. Antes, este grupo da sociedade podia pegar medicamentos para tratamento da osteoporose, além de contraceptivos com descontos. Agora, estes insumos podem ser retirados de maneira completamente gratuita.

Aecio de Paula

Formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em Direitos Humanos com foco em discurso de defesa das minorias sociais em processos eleitorais internacionais.

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