Perceber um aumento na queda de cabelo pode ser preocupante e gerar muitas dúvidas. Embora a perda diária de fios seja natural, um volume acentuado pode indicar um desequilíbrio no organismo. Uma das causas mais comuns, especialmente entre as mulheres, é a queda de cabelo hormonal. Descubra os sinais da queda hormonal e como diferenciar essa condição de outras causas.
Sinais mais comuns da queda de cabelo hormonal
A queda de origem hormonal costuma apresentar padrões característicos. Fique atenta a estes sintomas:
- Afinamento difuso no topo da cabeça: O cabelo na parte superior e na coroa da cabeça torna-se visivelmente mais ralo, muitas vezes com o alargamento da risca central.
- Perda de volume geral: O rabo de cavalo fica mais fino e o cabelo parece ter menos densidade de forma geral.
- Aumento da oleosidade: Desequilíbrios hormonais, principalmente o aumento de andrógenos, podem estimular as glândulas sebáceas, resultando em cabelos e pele mais oleosos.
- Surgimento de acne adulta: O mesmo desequilíbrio que afeta os cabelos pode causar espinhas, principalmente na região do queixo e mandíbula.
- Irregularidades no ciclo menstrual: Alterações hormonais frequentemente impactam a regularidade da menstruação, sendo um sinal importante a ser observado.
- Crescimento de pelos indesejados: O aumento de pelos em áreas como rosto, peito e abdômen (hirsutismo) pode estar associado a condições como a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
Principais causas hormonais de queda capilar
Diversas condições e fases da vida podem desencadear flutuações hormonais que impactam diretamente a saúde dos folículos capilares. As principais são:
- Distúrbios da Tireoide: Tanto o hipotireoidismo (baixa produção hormonal) quanto o hipertireoidismo (produção excessiva) afetam o metabolismo e o ciclo de crescimento dos fios, levando a uma perda difusa.
- Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): Esta condição eleva os níveis de hormônios masculinos (andrógenos) no corpo feminino, o que pode acelerar o afinamento e a queda dos fios, seguindo um padrão similar ao da calvície masculina.
- Menopausa e Perimenopausa: A diminuição do estrogênio, um hormônio feminino protetor dos cabelos, durante essa fase pode deixar os folículos mais suscetíveis à ação dos andrógenos, resultando em afinamento capilar.
- Pós-parto: Após o parto, os níveis de estrogênio caem drasticamente, fazendo com que muitos fios que estavam em fase de crescimento entrem simultaneamente na fase de queda. Essa condição é conhecida como eflúvio telógeno.
- Estresse Crônico: Níveis elevados e constantes de cortisol, o “hormônio do estresse”, podem interromper o ciclo de crescimento capilar e levar a uma queda acentuada alguns meses após o período de estresse.
- Uso ou interrupção de pílulas anticoncepcionais: As flutuações hormonais causadas ao iniciar, trocar ou parar o uso de contraceptivos orais podem desencadear uma perda temporária de cabelo em algumas mulheres.
Diferença entre queda hormonal e outros tipos
Saber como saber a causa da queda é fundamental. A perda hormonal geralmente se manifesta como um afinamento gradual no topo do couro cabeludo. Em contraste, outras condições apresentam sinais distintos:
- Eflúvio Telógeno: Caracteriza-se por uma queda intensa e repentina de cabelo por todo o couro cabeludo, geralmente três meses após um gatilho como uma cirurgia, doença, estresse agudo ou deficiência nutricional.
- Alopecia Areata: É uma condição autoimune que causa perda de cabelo em áreas circulares e bem definidas, podendo ocorrer no couro cabeludo e em outras partes do corpo.
- Deficiências Nutricionais: A falta de ferro, zinco, vitamina D e outras vitaminas essenciais pode causar uma queda difusa, mas geralmente não segue o padrão de afinamento no topo da cabeça.
Quando procurar um especialista?
É hora de buscar ajuda profissional se você notar:
- Queda de cabelo súbita ou em grande quantidade.
- Perda de cabelo acompanhada de outros sintomas como cansaço excessivo, alterações de peso, acne severa ou irregularidade menstrual.
- Falhas visíveis no couro cabeludo ou afinamento que não melhora.
- Coceira, dor ou vermelhidão no couro cabeludo.
Um dermatologista ou tricologista é o especialista mais indicado para diagnosticar e tratar problemas capilares, podendo trabalhar em conjunto com um endocrinologista se a causa for hormonal.
Exames indicados para avaliação
Para confirmar o diagnóstico, o médico pode solicitar exames de sangue para verificar os níveis hormonais e descartar outras causas. Os mais comuns incluem:
- Dosagens hormonais (TSH, T4 livre, testosterona total e livre, DHEA-S, prolactina).
- Hemograma completo.
- Dosagem de ferritina (para verificar as reservas de ferro).
- Níveis de Vitamina D, Vitamina B12 e Zinco.
Possíveis tratamentos em 2025
O tratamento hormonal para queda de cabelo foca em corrigir o desequilíbrio subjacente e estimular o crescimento de novos fios. As abordagens para a queda de cabelo feminina são cada vez mais personalizadas e podem incluir:
- Tratamento da causa base: Regular os hormônios da tireoide, tratar a SOP ou ajustar a terapia hormonal na menopausa é o passo principal.
- Medicamentos tópicos: Soluções como o Minoxidil ajudam a aumentar a circulação no couro cabeludo e a prolongar a fase de crescimento dos fios.
- Medicamentos orais: Antiandrogênicos como a espironolactona podem ser prescritos para mulheres para bloquear a ação dos hormônios masculinos nos folículos capilares.
- Terapias complementares: A LEDterapia (fotobioestimulação) utiliza luzes de baixa intensidade para estimular a atividade celular nos folículos, promovendo o crescimento.
- Suplementação: Caso seja identificada alguma deficiência nutricional, a suplementação de vitaminas e minerais será indicada.
Cuidados diários para fortalecer os fios
Além do tratamento médico, algumas mudanças no estilo de vida podem fazer a diferença:
- Alimentação balanceada: Consuma alimentos ricos em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
- Gerenciamento do estresse: Pratique atividades como meditação, ioga ou exercícios físicos para controlar os níveis de cortisol.
- Cuidado ao manusear os fios: Evite penteados muito apertados, uso excessivo de calor e tratamentos químicos agressivos.
- Higiene do couro cabeludo: Mantenha o couro cabeludo limpo para evitar o acúmulo de oleosidade e o surgimento de dermatites.
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Perguntas frequentes
1. Homens também podem ter queda de cabelo hormonal?
Sim. Embora a calvície masculina esteja mais ligada à genética e à sensibilidade ao hormônio DHT, desequilíbrios hormonais, como problemas na tireoide, também podem causar perda de cabelo em homens.
2. A queda de cabelo hormonal é sempre permanente?
Não necessariamente. Quando a causa hormonal subjacente é tratada corretamente, como no pós-parto ou ao controlar um distúrbio da tireoide, o cabelo pode voltar a crescer normalmente.
3. Suplementos de biotina funcionam para queda hormonal?
A biotina só é eficaz se houver uma deficiência comprovada dessa vitamina, o que é raro. Para a queda de origem hormonal, ela não trata a causa raiz do problema e seu efeito é limitado.
4. Lavar o cabelo todos os dias piora a queda?
Não. Os fios que caem durante a lavagem já estavam na fase de queda. Manter o couro cabeludo limpo é saudável e pode prevenir problemas que agravam a perda capilar, como a dermatite seborreica.
5. Quanto tempo leva para o tratamento hormonal fazer efeito?
Os resultados variam, mas geralmente são necessários de 3 a 6 meses de tratamento consistente para começar a observar uma redução na queda e o crescimento de novos fios.
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