A primeira semana de dezembro de 2025 começa sob forte atenção de meteorologistas e órgãos de monitoramento climático. A presença combinada de um cavado atmosférico e a formação de um ciclone extratropical deve desencadear mudanças expressivas no tempo, abrindo o mês com um cenário marcado por extremos. A previsão inclui chuva volumosa, temporais, granizo, vento forte e também ondas de calor em diversas regiões do Brasil, um mosaico climático que exige cuidado redobrado.
As projeções indicam volumes de chuva acima da média em grandes áreas do Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto a Região Sul deve enfrentar chuvas abaixo do normal, mesmo com a passagem do ciclone. Em alguns pontos, especialmente no Norte e Sudeste, a chuva pode superar os 150 mm, com risco de alagamentos, enxurradas e quedas de barreira.
Região Sudeste
A formação do ciclone extratropical impactará fortemente o Sudeste entre terça e quarta-feira, trazendo alto risco de tempestades e queda de granizo. Os maiores acumulados devem ocorrer no centro-norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, onde a chuva pode ultrapassar 150 mm, aumentando o risco de alagamentos e deslizamentos. Em São Paulo, Rio de Janeiro e no sul mineiro, os volumes devem variar entre 40 e 60 mm, favorecendo a reposição de umidade do solo.
Região Sul
A Região Sul permanece sob instabilidade, especialmente no Rio Grande do Sul, onde são previstas pancadas moderadas a fortes. A chuva avança ao longo dos dias para Santa Catarina e Paraná, acompanhada de queda de granizo e rajadas de vento que podem ultrapassar 100 km/h.
Há possibilidade de um novo ciclone extratropical na terça-feira. Apesar disso, os acumulados previstos são baixos, variando de 20 a 30 mm, o que pode agravar a restrição hídrica. A partir de quarta-feira, o calor retorna com força.
Região Centro-Oeste
A semana começa com forte calor na região, com termômetros podendo atingir de 38°C a 40°C em Mato Grosso do Sul, Goiás e sul do Mato Grosso. A partir de terça-feira, o ciclone ajuda a criar um corredor de umidade, intensificando as chuvas. São esperados até 80 mm em Mato Grosso e Goiás, com tempestades que podem incluir granizo e rajadas de vento acima de 100 km/h em Mato Grosso do Sul.
Região Nordeste
A Região Nordeste terá um comportamento contrastante. O sul do Maranhão, Piauí e Bahia devem receber entre 40 e 60 mm de chuva, enquanto o resto da região terá tempo firme, calor e baixa umidade. O centro-norte do Piauí pode registrar máximas próximas de 40°C, elevando os riscos de incêndios florestais. O corredor de umidade associado ao ciclone mantém boas condições de chuva na área do Matopiba.
Região Norte
A Região Norte experimentará um dos cenários mais críticos, com chuva moderada a forte no Amazonas, Acre e Rondônia. Haverá instabilidades persistentes no Tocantins e sul do Pará. Os acumulados podem superar 100 mm em cinco dias em pontos de Rondônia e Tocantins. O calor pode chegar a 40°C no norte do Pará e Amapá.

Imagem: Freepik
O que explica esse cenário?
A combinação de fenômenos como o La Niña ativo (embora enfraquecido), corredores de umidade frequentes, a Oscilação Madden–Julian (MJO) e a Oscilação Antártica (AAO) cria condições favoráveis para episódios de chuva forte. A presença do ciclone extratropical amplifica o risco de ventos intensos, queda de granizo e tempestades severas.
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Perguntas frequentes
Quais os principais riscos associados ao ciclone extratropical?
Os principais riscos são rajadas de vento muito fortes (acima de 100 km/h), que podem causar destelhamentos e queda de árvores, além de intensificar as chuvas e o risco de granizo.
O calor intenso em algumas regiões pode agravar os temporais?
Sim. O ar quente e úmido serve como “combustível” para a formação de nuvens de tempestade mais intensas, podendo resultar em chuvas mais fortes, granizo e ventos severos.
Como os produtores rurais podem se proteger?
É recomendado monitorar os alertas meteorológicos, proteger máquinas e equipamentos, abrigar animais e, se possível, adiar operações de campo em dias com previsão de tempestades severas.
Onde obter informações atualizadas e confiáveis?
Consulte os boletins do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e da Defesa Civil do seu estado para obter alertas e informações em tempo real.
















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