Na última semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresentou o aguardado e polêmico pacote de cortes de gastos. Este pacote, que promete alterar regras trabalhistas, previdenciárias e sociais, inclui mudanças significativas para diversos benefícios. Entre os programas afetados, está o Benefício de Prestação Continuada (BPC), administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Este benefício garante um salário mínimo mensal para idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência física e/ou intelectual, desde que atendam a critérios de renda. Mas, com as novas mudanças propostas, será mais difícil para muitos brasileiros garantir o acesso ao BPC em 2025.
O Benefício de Prestação Continuada é uma assistência destinada a pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Para ser beneficiário do BPC, o cidadão precisa atender a alguns requisitos específicos, como:
Esses critérios, que hoje são fundamentais para a concessão do benefício, não sofrerão grandes alterações em termos de valor do salário mínimo, mas o governo introduziu mudanças significativas na forma de calcular a renda familiar. A principal modificação impacta a inclusão de familiares na contagem da renda per capita, o que pode dificultar o acesso ao BPC.
Uma das principais alterações propostas pelo pacote de cortes de gastos é como a renda familiar será apurada para a concessão do BPC. Atualmente, o cálculo da renda per capita considera apenas os membros da família que residem na mesma casa. Ou seja, se um familiar já recebe o benefício, o valor não é considerado para calcular a renda da casa. Essa regra, no entanto, será alterada.
A partir de 2025, a proposta é que o valor recebido por um familiar, mesmo que não resida sob o mesmo teto, seja somado à renda familiar no momento da análise do BPC. Ou seja, se um parente, como um filho ou irmão, mora em outro endereço, mas contribui financeiramente para a casa, essa ajuda será considerada para o cálculo da renda familiar.
O impacto disso é grande: pessoas que dependem da ajuda de parentes poderão ter o benefício negado, caso a soma das rendas ultrapasse os 25% do salário mínimo por pessoa.
Imagine um cenário para entender como essas mudanças afetarão a análise do BPC. Suponha que uma pessoa solicite o benefício, mas receba apoio financeiro de seus pais, filhos ou outros parentes que não moram na mesma casa. Conforme a nova regra, o valor que esse parente envia será somado à renda da pessoa que solicita o benefício.
Esse total será dividido pelo número de membros da família (incluindo os parentes que ajudam financeiramente), e, se o valor exceder 25% do salário mínimo por pessoa, a solicitação será negada.
Por exemplo, se um solicitante tem uma renda mensal de R$ 400, e seus pais lhe enviam R$ 600 por mês, a renda total da família (no caso, só do solicitante e seus pais) será de R$ 1.000. Se o número de membros da casa for de 3, a renda per capita seria de R$ 333,33, que está dentro do limite de 25% do salário mínimo. Porém, se os pais morarem em outro lugar, o valor enviado por eles será somado à renda total, podendo ultrapassar o limite de R$ 353 por pessoa.
Com essas mudanças, pode-se afirmar que será mais difícil para muitas pessoas, especialmente aquelas que dependem do apoio de familiares que não moram sob o mesmo teto, obter a concessão do BPC em 2025. A flexibilização no cálculo da renda pode excluir uma grande parte dos brasileiros em situação de vulnerabilidade social que não atendem aos novos critérios estabelecidos.
Além dessas mudanças no cálculo da renda per capita, o governo já realizou um bloqueio de mais de 300 mil benefícios do BPC em 2024. Esse bloqueio afetou cidadãos cujos dados estavam desatualizados no Cadastro Único (CadÚnico) há mais de 48 meses ou que nem sequer haviam realizado a inscrição no sistema.
Vale destacar que o INSS é o responsável pelo pagamento do benefício, mas a atualização e o desbloqueio de benefícios são realizados pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Para reverter o bloqueio, os beneficiários precisam atualizar o CadÚnico ou regularizar sua situação junto aos órgãos responsáveis.
Caso você tenha sido afetado pelo bloqueio, não se desespere! O processo de desbloqueio é simples e pode ser feito diretamente pelo cidadão. O primeiro passo é atualizar o CadÚnico, o que pode ser feito em centros de atendimento da Caixa Econômica Federal, ou até mesmo pelo aplicativo de serviços do governo.
O INSS informou que, até o momento, mais de 118 mil solicitações de desbloqueio foram recebidas pela Central 135. Caso você tenha sido afetado pelo bloqueio, é importante agir rapidamente para regularizar sua situação e continuar recebendo o benefício.
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