Bolsa Família

Bolsa Família: onde se cadastrar para receber o benefício em março

Pagamentos de março do Bolsa Família estão se aproximando. Veja o que fazer para receber o saldo

Dentro de mais alguns dias, o governo federal deverá retomar oficialmente os pagamentos do Bolsa Família. O maior programa de transferência de renda do país volta a realizar liberações a partir do próximo dia 18 de março.

Assim como aconteceu nos meses anteriores, os pagamentos deverão acontecer de maneira escalonada. Para saber o dia exato da sua liberação, o cidadão vai precisar se basear no final do seu Número de Identificação Social (NIS).

Confira o calendário detalhado de pagamentos:

  • 18 de março – NIS final 1
  • 19 de março – NIS final 2
  • 20 de março – NIS final 3
  • 21 de março – NIS final 4
  • 24 de março – NIS final 5
  • 25 de março – NIS final 6
  • 26 de março – NIS final 7
  • 27 de março – NIS final 8
  • 28 de março – NIS final 9
  • 31 de março – NIS final 0

Quem pode receber

Antes de saber como se cadastrar no Bolsa Família de março, é importante entender quem são as pessoas que podem receber de fato o programa social. 

Para ser elegível ao programa, a família deve ter renda mensal de até R$ 218 por pessoa. O cálculo é simples: soma-se toda a renda familiar e divide-se pelo número de integrantes. Além disso, os beneficiários devem cumprir algumas regras gerais como:

  • Manter crianças e adolescentes na escola;
  • Realizar o acompanhamento pré-natal, no caso de gestantes;
  • Manter as carteiras de vacinação atualizadas.

Como se cadastrar no Bolsa Família de março

Agora que você já sabe quais famílias têm direito ao Bolsa Família de março, vamos entender como se cadastrar para receber o benefício. 

Mas antes de mais nada, é importante lembrar que não existe um sistema direto de inscrição no Bolsa Família. 

O primeiro passo para ingressar no programa social é estar inscrito no Cadúnico do governo federal. A inscrição é feita nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) de cada município.

É importante lembrar que estar no CadÚnico não garante a entrada automática no programa, apenas permite que a inscrição seja avaliada pelo governo.

Bolsa Família: onde se cadastrar para receber o benefício em março
Inscrição pode ser feita nos chamados CRAS. Imagem: Governo do Ceará

Os valores do Bolsa Família de março

Um dos pontos que não vai passar por alteração nos pagamentos de março do Bolsa Família é a questão do valor do programa social. Assim como aconteceu nos meses anteriores, os patamares pagos partirão de uma base de R$ 600 por grupo familiar.

Esse valor, no entanto, pode ser elevado a depender da quantidade de benefícios internos e que cada cidadão tem direito. Não existe um limite. Você pode ir acumulando os adicionais e somando com o valor regular.

Abaixo, você pode conferir a lista completa de adicionais do Bolsa Família que estão programados para o mês de março:

  • Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
  • Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
  • Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
  • Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos;
  • Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz);
  • Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago em casos específicos para garantir valores anteriores ao programa Auxílio Brasil até maio de 2025.

Valor de março também pode cair

Mas é preciso lembrar que os valores do Bolsa Família de março também podem cair para algumas famílias. Isso normalmente acontece por causa da chamada regra de proteção, que todos os meses atingem novas famílias.

Pelas regras gerais do Bolsa Família, existem três ações que podem ser tomadas quando uma determinada família conta com um aumento de sua renda per capita. Veja abaixo:

  • quando a renda é elevada para um valor menor do que R$ 218

Quando a renda per capita da sua família sobe, mas fica abaixo dos R$ 218, nada ocorre. Neste caso, não há nenhum impedimento para que o cidadão siga recebendo o Bolsa Família normalmente. O valor não é reduzido, e a família segue dentro do sistema de recebimento.

  • quando a renda é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 759

Quando a renda per capita de uma família é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 759, o cenário muda um pouco. Neste caso, o cidadão entra na Regra de Proteção. Ele vai seguir recebendo o valor do Bolsa Família de forma reduzida por mais dois anos. Caso a renda volte a cair, ele volta a receber o patamar natural.

  • quando a renda é elevada para mais de R$ 759

Quando a renda per capita da família sobe para algo além de meio salário mínimo, o cidadão é automaticamente retirado do programa social. Neste caso, o Governo Federal passa a considerar que o cidadão não precisa mais receber o dinheiro do Bolsa Família, e precisa ceder a vaga para um outro usuário que esteja passando por mais necessidades.

Aecio de Paula

Formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em Direitos Humanos com foco em discurso de defesa das minorias sociais em processos eleitorais internacionais.

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