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Banco Central anuncia que nova ferramenta vai seguir dinheiro roubado em golpe do Pix

Confira os detalhes dessa nova ferramenta, suas implicações e como os usuários podem se proteger de fraudes.

Banco Central do Brasil está implementando uma nova ferramenta que promete revolucionar como os usuários podem recuperar valores perdidos em fraudes envolvendo o sistema de pagamentos instantâneos, o Pix.

Com um histórico de apenas 31% de pedidos de devolução aceitos, a expectativa é que a nova abordagem melhore significativamente essa taxa, permitindo um rastreamento mais eficaz do dinheiro desviado.

Confira os detalhes dessa nova ferramenta, suas implicações e como os usuários podem se proteger de fraudes.

O cenário atual das devoluções no Pix

Nos últimos anos, o Pix se tornou um dos métodos de pagamento mais populares no Brasil, mas também atraiu a atenção de golpistas. Dados recentes indicam que, de um total de R$ 6,98 bilhões em pedidos de devolução, menos de 7% foram efetivamente recuperados.

Isso levanta questões sobre a eficácia do sistema atual de devolução, conhecido como Mecanismo Especial de Devolução (MED).

Desafios do mecanismo atual

O MED enfrenta desafios significativos, principalmente devido à forma como os golpistas operam. Muitas vezes, os valores desviados são rapidamente transferidos para várias contas, dificultando o rastreamento.

O Banco Central atualmente só consegue rastrear a primeira conta para onde o dinheiro foi enviado, o que limita a recuperação dos valores.

A necessidade de mudanças

Diante desse cenário, a necessidade de uma atualização no sistema se torna evidente. A nova ferramenta, prevista para ser lançada em 2026, promete permitir um rastreamento mais profundo, abrangendo até cinco níveis de transferências.

Essa mudança é essencial para combater a pulverização dos valores, uma tática comum entre os golpistas.

Logo do Banco Central do Brasil na fachada da agência, destacando a nova ferramenta para rastrear dinheiro roubado em golpes do Pix.
Banco Central anuncia uma nova ferramenta que permitirá rastrear e identificar o destino do dinheiro roubado em golpes relacionados ao Pix, aumentando a segurança financeira no Brasil. Imagem: Agência Brasil

O que esperar do MED 2.0

O MED 2.0, como está sendo chamado, é uma resposta direta às limitações do sistema atual. A nova ferramenta permitirá que o Banco Central rastreie o dinheiro ao longo de várias contas, aumentando as chances de recuperação dos valores desviados.

Funcionalidades do MED 2.0

  • Rastreamento Avançado: O sistema será capaz de seguir o dinheiro através de múltiplas transferências, permitindo uma análise mais abrangente das contas envolvidas.
  • Autoatendimento: Os usuários poderão contestar transações diretamente pelo aplicativo do banco, tornando o processo mais ágil e acessível.
  • Notificações em Tempo Real: O sistema informará os usuários sobre o status de suas contestações, aumentando a transparência do processo.

Expectativas de recuperação

Especialistas acreditam que, com a implementação do MED 2.0, a taxa de solicitações aceitas pode aumentar para até 80%. No entanto, ainda haverá desafios, pois os golpistas continuam a desenvolver novas táticas para ocultar seus rastros.

Como funciona o processo de contestação

Para aqueles que se tornam vítimas de fraudes, o processo de contestação é fundamental. O Banco Central estabelece diretrizes claras para que os usuários possam solicitar a devolução de valores.

Passos para contestação

  1. Acesso ao Extrato: O usuário deve acessar o extrato da conta ou do Pix para selecionar a transação que deseja contestar.
  2. Identificação do Tipo de Golpe: O sistema solicitará que o usuário identifique o tipo de fraude sofrida, com opções como:
    • Transação realizada sob engano.
    • Transferência não autorizada.
    • Ameaça ou coação para realizar a transação.
  3. Documentação: O envio de documentação adicional pode ajudar a comprovar a fraude e acelerar o processo de devolução.

Prazos e expectativas

Após registrar a contestação, o usuário receberá um número de protocolo e informações sobre o prazo máximo para resposta. O Banco Central se compromete a devolver o dinheiro em até 11 dias, caso a solicitação seja considerada procedente.

Ademais, a nova ferramenta do Banco Central representa um passo significativo na luta contra fraudes no sistema Pix. Com melhorias no rastreamento e um processo de contestação mais acessível, as chances de recuperação de valores perdidos aumentam.

No entanto, a responsabilidade também recai sobre os usuários, que devem se educar e adotar práticas seguras. Como você se prepara para proteger suas finanças em um mundo digital em constante mudança?

Igor Macedo

Graduado. Especialista de conteúdo de Benefícios Sociais, com milhares de textos publicados. Revisor grupo Sena Online

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