Aposentadoria vendida? Esquema com ‘idosos de aluguel’ cai na mira da PF
Esquema desmantelado pela PF chamou a atenção da população pela maneira como a aposentadoria era fraudada
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A PolÃcia Federal (PF) deflagrou, na manhã dessa quinta-feira (6) a segunda fase da operação Melhor Idade. Como o próprio termo já indica, toda a história envolve a indicação de idosos na concessão de aposentadorias do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
De acordo com a PF, a investigação gira em torno de um suposto esquema de fraudes envolvendo benefÃcios assistenciais destinados a idosos. A ação ocorreu em parceria com o Núcleo de Inteligência Previdenciária.
Como funcionava o esquema de idosos falsos
Segundo a investigação da PolÃcia Federal, a organização criminosa estava estruturada em diferentes nÃveis. Mas o que chama atenção mesmo é que esse grupo criminoso era especializado em:
- Falsificação de documentos públicos;
- Abertura de contas bancárias com identidades falsas;
- Obtenção indevida de benefÃcios previdenciários;
- Realização de empréstimos consignados fraudulentos.
Para dar credibilidade aos golpes, os chamados idosos de aluguel acabavam cedendo as suas caracterÃsticas biométricas, como impressões digitais e fotos para criar identidades falsas a partir dessas informações
Em um dos casos, por exemplo, a polÃcia identificou que um mesmo idoso chegou a figurar em mais de 30 registros pessoais diferentes.
PrejuÃzo ocasionados pelo golpe
De acordo com a PF, o grupo já teria causado um rombo de R$ 23 milhões aos cofres públicos. Além disso, a operação teria impedido que outros R$ 35 milhões fosse desviados, caso o esquema continuasse.
Alguns dados importantes revelados pela investigação são:
- 21 “idosos de aluguel” foram identificados;
- Cerca de 285 CPFs e tÃtulos eleitorais falsos foram criados;
- Aproximadamente 259 BenefÃcios de Prestação Continuada ao Idoso foram concedidos irregularmente, cada um equivalente a um salário mÃnimo por mês.
O que acontece agora?
Para desmantelar toda ação criminosa, a Justiça Federal aplicou uma série de medidas para conter o esquema, incluindo:
- Mandados de busca e apreensão;
- Cancelamento de CPFs falsos;
- Bloqueio de contas bancárias ligadas ao esquema;
- Suspensão dos benefÃcios fraudulentos;
- Sequestro de bens dos envolvidos;
- Prisão de suspeitos em alguns casos.
Especificamente na operação dessa quinta-feira (16) novos investigados foram alvos de mandados de busca nos estados do PiauÃ, São Paulo, Goiás, além do Distrito Federal. Apenas uma pessoa foi presa.Â
A primeira fase da operação aconteceu ainda no dia 23 de janeiro. Na ocasião, três suspeitos foram detidos e diversos materiais foram apreendidos, incluindo celulares, cartões de benefÃcios, extratos bancários e anotações.
Reconheça as principais formas de golpe
Antes de mais nada, é importante conhecer os golpes mais comuns que estão circulando nas redes sociais e nas plataformas digitais. Veja abaixo alguns exemplos:
- Falsas ofertas: Promoções muito boas para ser verdade, como descontos irrealistas ou prêmios gratuitos.
- Mensagens de urgência: Golpistas se passam por familiares ou amigos pedindo dinheiro para emergências fictÃcias.
- Links suspeitos: Links enviados por e-mail ou mensagem que podem conter vÃrus ou direcionar para páginas falsas.
Diante dessas informações, é importante conversar com o seu idoso para explicar essa situação e alertar para que eles fiquem atentos ao receber mensagens inesperadas.
Informações pessoais
Outra dica fundamental é nunca compartilhar informações pessoais, como CPF, números de contas bancárias, ou códigos de segurança, seja por e-mail, troca de mensagens ou telefone.
Empresas sérias não costumam solicitar dados sensÃveis dessa maneira. Reforce com o seu idoso a necessidade de consultar familiares antes de fornecer qualquer tipo de informação para terceiros, sobretudo de forma online.
Autenticidade dos perfis
Uma outra dica importante é ensinar o idoso a verificar a credibilidade dos perfis em redes sociais e as mensagens recebidas. Nesse sentido, veja algumas dicas importantes abaixo:
- Conferir se o perfil é verificado (marcado com um selo azul, no caso de empresas ou figuras públicas).
- Desconfiar de mensagens mal escritas ou enviadas fora do horário comercial.
- Confirmar diretamente com a pessoa ou instituição se a mensagem é verdadeira.