Os idosos encontra-se cada vez mais vulnerável aos crescentes esquemas de fraude bancária. Com o avanço da tecnologia e a proliferação de canais digitais, os criminosos estão adotando táticas sofisticadas para enganar e roubar os idosos. Este artigo visa alertar e educar essa parcela da sociedade sobre os momentos de maior risco e as melhores práticas para se proteger contra esses crimes financeiros.
De acordo com o relatório “Fraud Report idwall Financeiro” de 2024, da empresa idwall especializada em verificação de identidade e prevenção a fraudes, existem certos períodos do dia e da semana em que os golpistas intensificam suas atividades criminosas. A madrugada de segunda-feira e a noite de terça-feira são apontados como os horários e dias preferidos pelos estelionatários para tentativas de fraudes bancárias.
Esses dados contrastam com o ano anterior, quando as fraudes eram mais frequentes nas madrugadas de terça e sábado. Essa mudança de padrão ressalta a necessidade constante de estar atento, independentemente do dia ou horário.
Os golpes financeiros representam uma ameaça significativa, sendo 2,4 vezes mais comuns do que outros tipos de fraude, conforme revelado pela idwall. Dados alarmantes da Serasa indicam que quatro em cada dez brasileiros sofreram golpes financeiros neste ano, com uma perda média de R$ 2.288 para as vítimas afetadas.
As fraudes mais comuns envolvem cartões de crédito, pagamentos de boletos ou Pix falsos, e comunicações fraudulentas. Esses crimes exploram a confiança e a vulnerabilidade dos idosos, causando danos financeiros e emocionais substanciais.
Além dos golpes financeiros, o relatório da idwall também aborda as fraudes documentais, que se concentram principalmente na adulteração de carteiras de identidade. Segundo o estudo, a foto e os furos feitos na carteira de identidade foram os elementos mais adulterados, representando 90% das fraudes cometidas em documentos de identidade.
Essas informações foram coletadas com base na prestação de serviços de verificação documental a clientes do setor financeiro, incluindo instituições renomadas como os bancos Itaú e Safra.
Em relação aos golpes que envolvem serviços que exigem selfies, como a prova de vida, houve um aumento preocupante de 40,3% nos casos em que o cliente usa fotos de documento para comprovar que está vivo. Essa etapa geralmente ocorre em processos como abertura de conta, contratação de crédito ou outros serviços junto às instituições financeiras.
Por outro lado, o uso de fotos de tela caiu para 43,8%, indicando uma mudança nas táticas dos criminosos.
Embora a taxa de fraudes geral tenha apresentado uma queda de 40% entre 2024 e 2023, segundo a idwall, as fraudes de alta e média complexidade aumentaram em 19% e 16%, respectivamente. Isso sugere que os golpistas estão se tornando mais sofisticados em suas abordagens.
Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), afirma que “os golpistas migraram para a ponta mais frágil do sistema, que é a pessoa física”. Isso ocorre porque os bancos têm investido fortemente em cibe segurança, com um investimento previsto de R$ 4,7 bilhões em 2024, tornando os sistemas bancários mais robustos.
Os criminosos atuam de forma geral com esquemas simples, mas que podem ser reproduzidos em larga escala no meio digital. Eles também utilizam técnicas de engenharia social, como ligações de falsas centrais telefônicas, mensagens enganosas por email, redes sociais ou WhatsApp, além de sites fraudulentos.
No Brasil, oito em cada dez transações bancárias são feitas por meio de aplicativos de banco em celular, internet banking ou aplicativos de mensagens como o WhatsApp, de acordo com a Febraban. Entre 2019 e 2023, as transações feitas por meio de smartphones cresceram 251%.
Nesse cenário, Alexandre Nery, gerente executivo da Serasa, afirma que “hoje o foco de segurança é na esfera de dispositivos [celulares], que são quase como uma identidade”. Ele ressalta a importância da proteção em camadas, que consiste em combinar diversas tecnologias de proteção, como uso de biometria, verificação de documentos e checagem de outros dados.
Para evitar cair em fraudes bancárias, os idosos devem adotar algumas práticas de segurança essenciais. É fundamental desconfiar de qualquer ligação que peça informações pessoais ou bancárias, bem como verificar a autenticidade de mensagens e ligações que prometem grandes negócios ou que tenham caráter de urgência.
Erros ortográficos, endereços diferentes dos canais oficiais e solicitações incomuns são indicativos comuns de fraude. Além disso, não é recomendado baixar aplicativos de fora das lojas oficiais da Apple e do Android.
Para se prevenir do risco de ter a identidade clonada na internet, é recomendado restringir a circulação de imagens e áudios pessoais. Uma opção é tornar a conta privada e limitar a visualização de posts a amigos. A outra é evitar publicar informações sensíveis.
Veja mais dicas para aumentar a segurança dos idosos:
Alguns clientes do Nubank relataram tentativas de golpes a partir de ligações telefônicas, em que o identificador de chamadas mostrava o número oficial da empresa. No entanto, os telefonemas eram feitos de outras linhas que não as da instituição. Os cibercriminosos, nesses casos, usam máscaras para adulterar o número apresentado pelo identificador.
Além disso, alguns golpes são aplicados por meio de vírus, como o que é usado no golpe conhecido como “mão fantasma”.
Outro golpe comum neste ano desvia o dinheiro do Pix pelo celular quando o cliente vai realizar uma transferência bancária. Esse vírus já fez mais de 6.300 vítimas no Brasil desde janeiro deste ano, segundo dados da Kaspersky, empresa de segurança online.
A ação dos golpistas ocorre por meio do sistema ATS (sigla em inglês para automated transfer system), após o consumidor baixar algum aplicativo que esteja infectado com o trojan, um tipo de vírus também conhecido como cavalo de Troia.
Os cibercriminosos entram no celular da vítima quando ela baixa algum aplicativo infectado ou clica em links duvidosos. Apps de jogos, por exemplo, estão entre os que foram identificados como vetores do novo vírus que faz a transferência do valor do Pix do cliente.
Estelionatários, depois de invadir contas em redes sociais, usam inteligência artificial (IA) para clonar traços e voz da vítima e publicar vídeos falsos a fim de aplicar novos golpes. Essa tecnologia ficou conhecida nos últimos anos como deepfake e está mais acessível a cada dia com a popularização de IAs generativas, aquelas como o ChatGPT.
Os criminosos usam como isca investimentos com retornos financeiros incríveis ou venda de móveis a preços impraticáveis e certificam a oferta com a credibilidade da pessoa, cujo perfil fora roubado. Hoje, bastam cinco minutos de áudio para copiar uma voz com qualidade aceitável.
O golpe mais comum no Brasil é também o mais simples: sites e mensagens falsas que induzem a vítima a fazer pagamentos a criminosos. Essa prática é chamada de phishing, em referência ao verbo pescar em inglês, já que há o uso de uma isca.
Os criminosos usam assuntos do momento como o Bolsa Família, o programa de refinanciamento de dívidas Desenrola Brasil, Imposto de Renda ou oportunidades de emprego, a exemplo do Concurso Nacional Unificado que o governo irá realizar.
Mesmo que a pessoa não faça uma transferência na ocasião, pode ceder informações sensíveis. Nas mãos de criminosos, esses dados permitem a criação de contas laranja e a aplicação de golpes em conhecidos da vítima.
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