O governo federal acaba de anunciar mudanças significativas no Benefício de Prestação Continuada (BPC), um programa que oferece suporte financeiro a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. Essas alterações visam aprimorar o monitoramento e a concessão do benefício, mas também podem trazer desafios para os beneficiários atuais e futuros.
Em um movimento para reforçar a integridade do programa, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), em conjunto com o Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), implementou duas portarias fundamentais. Essas medidas têm como objetivo principal garantir que o BPC alcance aqueles que realmente necessitam desse auxílio financeiro.
A primeira portaria estabelece novos prazos para a suspensão e o corte do benefício nos casos em que as informações cadastrais no Cadastro Único de Benefícios Sociais (CadÚnico) estejam desatualizadas por mais de quatro anos. A segunda portaria introduz regras específicas sobre a concessão, solicitação, manutenção e revisão do BPC.
Uma das alterações mais importantes é a exigência do registro biométrico para todos os solicitantes do BPC ou seus responsáveis legais, a partir de 1º de setembro de 2024. Esse registro deverá ser realizado nos cadastros da Carteira de Identidade Nacional (CIN), do título eleitoral ou da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O INSS intensificará o monitoramento do programa, realizando análises mensais para verificar a manutenção dos critérios de renda do grupo familiar e o acúmulo do benefício com outras rendas. Esse processo envolverá o cruzamento de informações com bases de dados de órgãos da Administração Pública.
O MDS implementará um banco de dados específico para auxiliar no monitoramento contínuo das ações e na revisão do BPC. Esse recurso será fundamental para o planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações relacionadas ao benefício.
Com base em estudos que indiquem maior probabilidade de identificação de irregularidades, o MDS e o INSS poderão indicar grupos prioritários para a revisão da renda per capita familiar dos beneficiários do BPC.
A notificação dos beneficiários será realizada por meio da rede bancária, principalmente para aqueles que estão fora do CadÚnico. O INSS também poderá comunicar os beneficiários por meio do aplicativo Meu INSS, SMS, edital, carta ou pela Central 135.
Se o beneficiário ou o responsável familiar não completar a inscrição ou atualização cadastral dentro do prazo de 45 dias (para municípios com até 50 mil habitantes) ou 90 dias (para municípios com mais de 50 mil habitantes), o pagamento será interrompido.
Mensalmente, o INSS enviará ao MDS uma lista com benefícios que se encontram com bloqueio cautelar. Após a confirmação de que a renda excedeu o limite legal, o benefício será suspenso. Contudo, os beneficiários terão um prazo de 30 dias para realizar a inscrição ou atualização no Cadastro Único e solicitar a reativação do BPC. Eles terão direito ao pagamento de todos os valores devidos durante o período em que o benefício esteve suspenso.
O INSS encaminhará a relação dos beneficiários às gestões municipais e distrital para que sejam realizadas ações prévias, mobilizando os beneficiários sobre a necessidade de inscrição ou atualização no Cadastro Único e priorizando o atendimento quando necessário.
Essas mudanças no BPC podem ter um impacto significativo na vida dos beneficiários, especialmente aqueles que enfrentam dificuldades para manter suas informações cadastrais atualizadas ou para cumprir os novos requisitos. É necessário que os beneficiários estejam atentos às notificações e prazos estabelecidos pelo INSS e busquem orientação adequada caso enfrentem desafios.
Segundo o advogado especializado em Direito Previdenciário, Eduardo Dutra, as novas regras visam garantir que o benefício seja destinado apenas para quem realmente precisa, mas podem resultar em um aumento da burocracia. Isso pode levar os beneficiários a terem que provar constantemente sua condição e a necessidade do benefício.
Dutra alerta para o risco de bloqueios indevidos, situação em que os beneficiários ou suas famílias terão que procurar o INSS para entender o que está pendente ou, até mesmo, buscar assistência jurídica para contestar a decisão administrativa ou judicialmente.
Diante das novas regras, é fundamental que os beneficiários do BPC mantenham suas informações cadastrais atualizadas no CadÚnico e realizem o registro biométrico conforme solicitado. Essas medidas são essenciais para garantir a continuidade do recebimento do benefício e evitar interrupções indesejadas.
Os municípios e o Distrito Federal desempenharão um papel na mobilização dos beneficiários e no atendimento prioritário durante esse período de transição. É importante que os beneficiários estejam atentos às ações promovidas pelas gestões locais e busquem orientação adequada caso tenham dúvidas ou enfrentem dificuldades.
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